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Sem citar nomes, FHC defende "voto pró-democracia" nas eleições

Ex-presidente pede que eleitores votem em quem tem "compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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FHC e Lula se encontraram em maio do ano passado; agora, tucano defende pautas caras a Lula, mas não cita o nome do petista - Ricardo Stuckert / Instituto Lula

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu um "voto pró-democracia" nas eleições. Sem citar o nome de qualquer candidato, ele falou sobre a disputa pelo Planalto em três postagens no Twitter no fim da manhã desta quinta-feira (22).

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Nas mensagens, FHC citou pautas que fazem parte da agenda de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de outras candidaturas de esquerda ou centro-esquerda, como defesa de direitos igualitários e a preservação do meio ambiente.

"Como é do conhecimento público, tenho idade avançada e, embora não apresente nenhum problema grave de saúde, já não tenho mais energia para participar ativamente do debate político pré-eleitoral", disse o tucano.

"Peço aos eleitores que votem no dia 2 de outubro em quem tem compromisso com o combate à pobreza e à desigualdade, defende direitos iguais para todos independentemente da raça, gênero e orientação sexual, se orgulha da diversidade cultural da nação brasileira, valoriza a educação e a ciência e está empenhado na preservação de nosso patrimônio ambiental, no fortalecimento das instituições que asseguram nossas liberdades e no restabelecimento do papel histórico do Brasil no cenário internacional", complementou.

PSDB apoia Simone Tebet

O PSDB, partido pelo qual Fernando Henrique foi eleito presidente para dois mandatos (em 1994 e 1998) compõe a chapa de Simone Tebet (MDB) na disputa eleitoral. Esta é a primeira vez desde a redemocratização que o partido não tem candidatura própria na disputa para a presidência. 

Os tucanos chegaram a anunciar o nome do ex-governador paulista Joao Doria, vencedor das prévias do partido, para a corrida ao planalto. Porém, com resistências internas no PSDB e sem conseguir decolar como alternativa de "terceira via", ele renunciou à candidatura em maio deste ano.

Edição: Rodrigo Durão Coelho