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Diretor da OMS defende novos modelos de financiamento da saúde pública

Conferência Mundial da Saúde acontece na Alemanha e reúne os maiores parceiros públicos e privados da OMS

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
"Saúde não é custo, mas um investimento", disse o diretor geral da Organização Mundial da Saúde durante abertura da Conferência Mundial da Saúde, em Berlim, neste domingo (16) - OMS

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus incentivou a assinatura de um acordo global para prevenção de pandemias, na Cúpula Mundial de Saúde, que iniciou neste domingo (16), em Berlim, capital da Alemanha.

"A pandemia expôs um enorme déficit de confiança entre pessoas e governos e instituições de saúde pública, incluindo a OMS", expôs Tedros no discurso de abertura do evento.

O acordo proposto pelo organismo inclui criar um fundo para atender o Centro de Informações sobre Pandemias e Epidemias da OMS, aberto em 2021 em Berlim. 

"Levar a saúde global a outro nível", é o tema da Conferência deste ano, que terá cerca de 60 sessões com os principais parceiros públicos e privados do organismo, nos próximos três dias de encontro. "Levar a saúde global a um novo nível requer uma nova arquitetura global que seja coerente e inclusiva", ressaltou o chefe do organismo.

"É por isso que apelo a todos os países para que façam uma mudança de paradigma no sentido de promover a saúde e prevenir a doença, reconhecendo que a saúde começa não nos hospitais e clínicas, mas nas casas, nas ruas, nas escolas, nos locais de trabalho", destacou Tedros.

O diretor-geral da OMS ainda criticou a falta de coordenação para combater a pandemia. "Só poderemos enfrentar ameaças globais com responsabilidade compartilhada e compromisso com solidariedade e equidade", disse Tedros. 

O chefe da OMS afirmou ainda que a saúde não é um efeito, mas um meio de desenvolvimento, sendo ainda um direito humano essencial e não um luxo.

"A OMS criou um projeto para fornecer financiamento a organizações de base e jovens para o envolvimento da comunidade na covid-19. Por meio desse projeto, alcançamos mais de 80 milhões de pessoas em 40 países, muitas delas em ambientes vulneráveis", declarou.

Edição: Thales Schmidt