A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta segunda-feira apoios importantes, como o do influenciador digital Casimiro, do ex-presidente José Sarney, de parte significativa da elite financeira e do PSDB de São Paulo para o segundo turno das eleições presidenciais.
O apoio do PSDB ocorre apesar de o governador paulista, Rodrigo Garcia, ter anunciado que apoiará a campanha de Bolsonaro (PL) para a reeleição.
"A manifestação da maioria do Diretório Estadual do PSDB de São Paulo tem como base a defesa da democracia, bandeira histórica do Partido desde a sua fundação", afirmou o secretário-geral do PSDB-SP, Carlos Balotta, ao jornal O Globo.
Há três semanas, a legenda havia liberado seus filiados para escolherem entre Lula e Bolsonaro. Neste sábado, o apoio ao petista foi definido em reunião do diretório estadual do partido.
Os tucanos, entretanto, seguem apoiando o bolsonarista Tarcísio de Freitas ao governo paulista, na disputa com Fernando Haddad.
Elite financeira
Ex-concorrente e agora aliada, a senadora Simone Tebet costurou desde a semana passada o apoio de parte da elite financeira à candidatura de Lula.
Entre os novos apoiadores do petista estão a herdeira do banco Itaú, Neca Setúbal, a editora Marisa Moreira Salles e o ecomista Armínio Fraga. Veja no vídeo abaixo:
Até o Sarney
No mesmo dia em que a declaração de voto em Lula do influenciador digital Casimiro se tornou o publicação brasileira com maior engajamento na história do Twitter, o ex-presidente José Sarney (1985 – 1989) também declarou apoio ao petista.
Em mensagem publicada em seu site, Sarney disse que "no próximo domingo, o eleitor decidirá se vota pelo fim da democracia ou por sua restauração. Esse voto não é para quatro anos de governo: é um voto para o destino do Brasil."
"O voto em Bolsonaro é voto contra as instituições, que terá como consequência anos de autocracia, um regime de força, construído na mentira sistemática e no abuso do poder. O voto em Lula — que já tem seu lugar na História do Brasil como quem levou o povo ao poder e como responsável por dois excelentes governos — é voto pela democracia, pela volta ao regime de alternância de poder, pela busca do Estado de Bem-Estar Social. A diferença é clara."
Leia aqui a íntegra da nota do ex-presidente.
