Acusação

“Foi assédio sexual": vereadora do RJ diz ter sofrido violência durante a COP27 no Egito

Tainá de Paula (PT) integra a comitiva brasileira e foi atacada por um homem dentro de uma loja próxima ao evento

São Paulo | SP |
Tainá de Paula é vereadora no Rio de Janeiro e integra a comitiva brasileira na COP27 - Foto: Divulgação/Instagram

A vereadora Tainá de Paula (PT), do Rio de Janeiro, afirma ter sido assediada sexualmente em Sharm El Sheikh, no Egito, cidade onde ocorre a COP27,  evento que a parlamentar estava participando. De acordo com o relato da brasileira, ela teria ido até um comércio local, próximo da Cúpula do Clima, quando foi atacada por um homem.

“Foi assédio sexual, ele passou a mão em mim, eu tirei a mão dele e ele me segurou, eu estava com uma pulseira e quando ele apertou acabou apertando meu braço. Ficou a marca dela”, disse Paula, em entrevista ao Brasil de Fato.

A vereadora tentou buscar auxílio da polícia local, mas não obteve socorro. “Eu tentei ajuda de um policial da rua que riu. Eu tolamente imaginei que conseguiria uma prisão em flagrante, estava com a credencial da COP.”

Em sua conta no Twitter, a vereadora publicou uma imagem em que é possível notar as marcas e culpou o presidente egípcio, Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, que comanda o país desde 2014, pela violência.

“Fui violentada nessa cidade e isso se deve ao ditador Abdul Fatah Khalil Al-Sisi, que promove violência em seu país”, escreveu Tainá de Paula. “Fui sozinha num comércio local e não cedi ao assédio que sofri numa loja, e foi isso que o sujeito fez no meu braço direito. Consegui fugir e a autoridade policial local fez pouco-caso.”

“Este país sofreu um golpe militar e há 8 anos é governado por um ditador que retira direito das mulheres, reprime imprensa e promove ódio de gênero. O estupro da ‘garota de Farshout’ de 2019 fez acender a discussão sobre um regime machista, ditatorial e cruel”, encerrou a vereadora.

"Obviamente farei em território brasileiro as denúncias formais! As mulheres continuarão dedicadas à construção de um mundo mais humano com as mulheres e com as crianças, livre de violência", afirmou ela. 

Tainá de Paula já saiu do Egito e está a caminho do Brasil. 

Edição: Rodrigo Durão Coelho