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Início Internacional

MAR PARA BOLÍVIA

Corte de Haia decide que Bolívia e Chile têm direito igual sobre rio que dá saída ao mar

Acesso ao mar é demanda histórica da Bolívia e foi determinante para ruptura de relações diplomáticas com Chile em 1978

01.dez.2022 às 14h57
São Paulo (SP)
Michele de Mello

Rio Silala, que deu origem ao processo judicial, nasce na Bolívia e atravessa o Chile até desaguar no Oceano Pacífico - Aizar Raldes / AFP

Bolívia e Chile estão mais próximos de retomar suas relações diplomáticas. Nesta quinta-feira (1º), a Corte Internacional de Justiça (CIJ) determinou que as águas do rio Silala, que nasce no território boliviano e atravessa o Chile, deve ser considerado um curso de águas internacionais e, portanto, ambas nações devem acordar o uso equitativo da via fluvial. 

"Ambas as partes também acordam que têm direito equitativo e razoável das águas do rio Silala, segundo o direito internacional constitudinário. Não compete à Corte tratar uma diferença de opiniões sobre possíveis usos futuros das águas", declarou a juíza Joan Donoghue.

A decisão coloca fim a seis anos de litígio entre Chile e Bolívia. O processo foi iniciado pela parte chilena, em 2016, durante a gestão de Michelle Bachelet, que reivindicava o controle total do Estado chileno sobre o rio. Em 2018, a Bolívia, sob governo de Evo Morales, ingressou com um novo pedido requerindo que as águas do Silala fossem consideradas de curso internacional e que seu uso por parte do Chile não prejudicasse a parte boliviana, mas que no entanto a própria Corte regulamentasse o uso do afluente. 

"A estratégia de defesa da Bolívia prevaleceu. A partir desta sentença, a Bolívia exercerá os direitos que possui sobre as águas do Silala", declarou o chanceler boliviano Rogelio Mayta. 

Ainda que o caso tenha sido aberto na CIJ em 2016, a tensão entre os dois países pelo uso das águas do Silala e o acesso ao Oceano Pacífico para a Bolívia remontam ao século 19.

Em 1879, após uma guerra contra o Chile, a Bolívia não perdeu só seu acesso ao mar, 120 mil quilômetros quadrados de territórios ricos em minérios e 400 quilômetros de costa, mas também a oportunidade de exportar cobre, lítio, prata e outros recursos de grande valor no mercado mundial.

Essa condição, que deixa o país cercado, causou perdas econômicas que atualmente chegam a 2% do Produto Interno Bruto (PIB), segundo estudos citados por especialistas do Banco Central da Bolívia.

Já em 1978, Chile e Bolívia romperam relações diplomáticas devido à disputa pelo acesso ao mar. Em 2013, o governo de Evo Morales abriu um processo no Tribunal de Haia contra o Chile, exigindo direito de acesso ao mar, e reivindicando o controle das terras anexadas após a Guerra do Pacífico. Cinco anos mais tarde, em outubro de 2018, a Corte decidiu que o Estado chileno não tinha obrigação de oferecer uma saída marítima para a Bolívia, mas sugeriram o diálogo.

"Bolívia resolveu a controvérsia com um povo irmão graças ao trabalho baseado em estudos científicos e nossa estratégia de relações internacionais. Continuaremos este trabalho em benefício dos povos", disse o presidente Luis Arce.  

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Já o presidente Gabriel Boric destacou que a decisão reconhece o direito chileno sobre o rio.

"Se confirma nossa pretensão, que era caracterizar o caráter jurídico das águas do rio Silala para desfazer qualquer disputa entre Estados vizinhos. Também é muito importante que a decisão reconhece que o uso feito pelo Chile das águas do Silala estão de acordo com o direito internacional e que não devemos nenhuma compensação ao Estado boliviano", destacou Boric. 

O presidente chileno também tentou diminuir as polêmicas. "Obtivemos a certeza jurídica que buscávamos e os assuntos em disputa estão resolvidos sob direito internacional", disse.


Presidente chileno Gabriel Boric celebrou a decisão do Tribunal de Haia que reconhece o rio Silala como um curso de águas internacionais / Marcelo Segura / AFP

Agenda comum

Desde que assumiu a presidência do Chile, Gabriel Boric manifestou o interesse em resolver as polêmicas com a Bolívia para restabelecer a diplomacia com o país vizinho. Durante a 60ª Cúpula do Mercosul, realizada em junho no Uruguai, a chanceler chilena, Antonia Urrejola, e seu homólogo boliviano, Rogelio Mayta, assinaram um memorando para retomar a comissão bilateral que discutia a normalização das relações diplomáticas entre os dois países em cima de uma agenda de 13 pontos criada ainda nos governos antecessores de Michelle Bachelet e Evo Morales, que inclui segurança fronteiriça, integração física, livre trânsito e controle de atividades ilícitas.

Leia também: Com "produção, inclusão e sustentabilidade", Cepal aprova plano econômico para América Latina

Já neste ano, no dia 23 de março, considerado o Dia do Mar na Bolívia, Arce reiterou que o "direito ao mar é irrenunciável", mas destacou que a decisão da Corte de Haia não deveria ser considerada uma derrota. "[A decisão] abre um novo cenário para o diálogo bilateral, no qual o ciclo de enfrentamentos foi superado e se inicia uma fase de aproximação baseado na integração de povos irmãos."

"A vontade do nosso país é seguir trabalhando com a República irmã da Bolívia, após resolver essa questão, com espírito de boa vizinhança, colaboração e integração. Queremos focar no que nos une e não no que nos separe, potencializando nossa cooperação pelo desenvolvimento dos nossos países e povos", disse Boric nesta quinta, após a decisão do Tribunal de Haia.

Editado por: Glauco Faria
Tags: bolíviachile
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