Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Direitos Direitos Humanos

NEMUS

MPF recomenda que empresa de NFTs interrompa atividades em terra indígena da Amazônia

Investigação do BdF revelou que a Nemus violou direito à consulta de indígenas em território ancestralmente ocupado

23.dez.2022 às 12h35
Lábrea (AM)
Murilo Pajolla

Avatares observam família Apurinã em ambiente virtual criado por empresa que vende NFTs - Divulgação/Nemus

O Ministério Público Federal (MPF) do Amazonas recomendou na última segunda-feira (19) que a empresa Nemus, que comercializa NFTs (sigla em inglês para Tokens Não Fungíveis), interrompa a venda, negociação ou qualquer outra forma de comercialização de títulos incidentes sobre a terra indígena Baixo Seruini/Baixo Tumiã, no município de Pauini (AM). 

A empresa foi orientada a não efetuar "contato e/ou cooptação de lideranças indígenas ou tradicionais sem o regular procedimento da Convenção nº 169 da OIT, nem qualquer outro ato que impacte diretamente no território", conforme a recomendação assinada pelo procurador da República no Amazonas, Fernando Merloto Soave.

Entenda: Empresa que faz NFTs para "preservar a Amazônia" viola direitos indígenas com aval da Funai

Uma investigação exclusiva do Brasil de Fato revelou em agosto deste ano que a produção e a venda de ativos digitais pela Nemus é feita sem consentimento coletivo dos Apurinã e viola o direito à consulta livre, prévia e informada, nos moldes previstos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e referendados pela legislação brasileira. 

Os NFTs vendidos pela empresa são títulos de propriedade digitais lastreados em porções reais do território indígena e supostamente atrelados a projetos de conservação ambiental. No site oficial, a Nemus anuncia uma "experiência NFT colecionável projetada para conservar e proteger a Floresta Amazônica".


Acima, área aproximada da Terra Indígena Baixo Tumiã/Baixo Seruiní; abaixo, área dos NFTs anunciados pela Nemus / Reprodução

A região correspondente aos NFTs produzidos pela Nemus é considerada o "berço" dos indígenas Apurinã e está situada em uma das porções mais ambientalmente preservadas da Amazônia. Embora seja um território ancestralmente ocupado, o processo de regularização na Funai está paralisado desde 2018. 

O MPF estipulou prazo de dez dias para que a Nemus informe quais providências foram tomadas para acatar a recomendação. Caso contrário, "medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis" poderão ser tomadas.

O pedido de posicionamento enviado pelo Brasil de Fato à assessoria de imprensa da Nemus foi respondido pelo fundador da empresa, Flávio de Meira Penna. "Estamos totalmente alinhados em fazer um trabalho para melhorar a situação das comunidades ribeirinhas e comunidades indígenas. Somos uma Fundação, então precisamos que as comunidades locais definam o que elas querem e precisam", afirmou.    

Consulta prévia não está condicionada à demarcação, diz MPF

Na recomendação emitida nesta segunda-feira (9), o MPF afirmou que o cumprimento dos direitos dos indígenas não está condicionado à conclusão do processo de demarcação. A empresa já havia informado ao MPF que não pretendia efetuar consulta prévia aos Apurinã, por eles não habitarem uma Terra Indígena regularizada. 

"A despeito de a empresa NEMUS alegar em sua manifestação que a área territorial que se diz proprietária não está inserida na área de uma terra indígena devidamente demarcada pelo Governo Federal e que por isso entende desnecessária a consulta prevista na Convenção 169 da OIT, o território de uso tradicional por povos indígenas é dotado de garantia constitucional", diz o MPF. 


Família Apurinã navega pelo rio Seruiní, que dá nome à Terra Indígena / Acervo pessoal

Recomendação atinge Funai 

As terras Apurinã das quais a Nemus se diz proprietária pertenciam à Madeireira Nacional SA, a Manasa, cuja entrada no território foi franqueada pela Funai da ditadura militar na década de 70. Hoje, terras pertencentes à Manasa na região estão sob embargo judicial e incluídas em processos que apuram desmatamento ilegal e grilagem de terras, conforme escreveu o MPF na recomendação. 

A recomendação também sugere à Funai que não autorize o ingresso ou passagem de não indígenas no território, caso não haja consentimento dos Apurinã. 

Em agosto, o Brasil de Fato mostrou que a Funai autorizou a entrada de funcionários da Nemus no território, descumprindo o protocolo de saúde vigente durante a pandemia de covid-19.

Leia mais: Funai nega, mas permitiu que empresa de NFTs violasse isolamento de indígenas na pandemia

"Se a gente aceitar esse pessoal [da Nemus], a demarcação será parada, e nós não temos outra chance. Se a gente não aceitar [a Nemus], o processo de demarcação continua. E a demarcação dessa terra é o que nós queremos", afirmou Melquisedeque Lopes Soares Apurinã, morador da terra indígena, em entrevista concedida em agosto deste ano.

Editado por: Vivian Virissimo
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

RAÍZES

Maciel Melo e Santanna O Cantador fecham o sábado da Feira do MST: ‘Estar aqui é voltar às origens’

AUDIOVISUAL NA LUTA

Mostra de Cinema da Terra discute produção de alimentos saudáveis, tecnologia e violência no campo em feira do MST

Perseguição

Glauber Braga visitará todos estados do país para apresentar a defesa de seu mandato

DIRETO DE BRASÍLIA

Ministros de Lula destacam papel da Feira da Reforma Agrária na formação de consciência política

Futuro

MST mira em energia solar, plantio de 10 milhões de árvores ao ano e parceria com China para máquinas e fertilizantes orgânicos

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.