Mensagem

Natal sem os pobres não é o Natal de Jesus, diz Papa Francisco

"As principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis, os vulneráveis", ressaltou o pontífice

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Papa acena para multidão na bênção Urbi et Orbi, na Praça de São Pedro, no Vaticano - AFP PHOTO / VATICAN MEDIA

Na missa solene da Noite de Natal realizada neste sábado (24), na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o Papa Francisco falou sobre o sentido do Natal, condenou o consumismo da sociedade, fez um apelo à paz e também atentou para a pobreza.

"As principais vítimas da voracidade humana são sempre os frágeis, os vulneráveis", ressaltou o pontífice. "Penso sobretudo nas crianças devoradas por guerras, pobreza e injustiça. Mas é precisamente lá que vem Jesus, menino na manjedoura do descarte e da rejeição."

“Certamente não é fácil deixar o tépido calor do mundanismo para abraçar a nua beleza da gruta de Belém, mas lembremo-nos de que, sem os pobres, verdadeiramente não é Natal. Sem eles, festeja-se o Natal, mas não o de Jesus... Irmãos, irmãs, no Natal Deus é pobre: renasça a caridade”, pediu o Papa.

Ao encerrar a homilia, Francisco fez uma nova referência aos mais pobres. "Jesus, contemplamo-Vos recostado na manjedoura. Vemo-Vos tão próximo, perto de nós para sempre… Obrigado, Senhor! Vemo-Vos pobre, ensinando-nos que a verdadeira riqueza não está nas coisas, mas nas pessoas, sobretudo nos pobres: desculpai, Senhor, se não Vos reconhecemos e servimos nelas."

Mensagem de Natal

Já neste domingo (25), antes de pronunciar a bênção Urbi et Orbi (à cidade e ao mundo), o Papa, em sua tradicional mensagem de Natal, destacou conflitos armados e tragédias humanitárias que ocorrem em dez países, descrevendo-os como "cenários desta Terceira Guerra Mundial".

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"Toda guerra provoca fome e usa comida como arma, impedindo sua distribuição a populações que já estão sofrendo. Neste dia, aprendendo com o Príncipe da Paz, nos comprometamos todos – em primeiro lugar aqueles que têm responsabilidades políticas – para que a comida não seja mais que um instrumento de paz", disse.

Com informações do Vatican News

Edição: Glauco Faria