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No apagar das luzes, governo Bolsonaro recomenda ampliação de vacinação infantil contra covid

Nova norma do Ministério da Saúde recomenda imunizante da Pfizer a todas as crianças de 6 meses a 4 anos de idade

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Vacina da Pfizer foi aprovada para crianças em setembro - Edu Kapps/Prefeitura do Rio

Faltando menos de uma semana para o fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), o Ministério da Saúde enfim publicou recomendação para ampliação de vacinação de crianças contra a covid-19. A orientação, agora, é que todas as crianças com idades entre 6 meses e 4 anos sejam vacinadas com o imunizante da Pfizer.

Até a publicação da Norma Técnica 399, divulgada nesta terça-feira (27) pelo jornal Folha de S. Paulo, as vacinas para esta faixa de idade eram restritas a crianças com comorbidades. Caso houvesse sobra do imunizante nos postos de saúde no fim de cada dia de aplicação, as crianças sem comorbidades poderiam ser vacinadas (em um procedimento que ficou conhecido como "xepa da vacina"). 

O documento revela que a Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações (CGPNI) reconheceu que a incidência da doença na população menor de 5 anos é maior que em faixas etárias mais altas (compostas em sua maioria por pessoas já vacinadas), e por isso foi recomendada a mudança dos critérios de vacinação.

O site G1 destacou que a vacinação desse público contra a covid deve ser feita de maneira gradual, começando pelas faixas etárias mais baixas (ou seja, primeiro os bebês com idades entre 6 meses a 1 ano incompleto, até chegar às de 4 anos). As crianças com comorbidades seguem sendo prioridade. 

"Considerando o quantitativo de vacinas existentes, recomenda-se que todos os esforços sejam envidados para que seja garantida inicialmente a vacinação de crianças com comorbidades e a inclusão paulatina dos demais grupos etários, de acordo com a disponibilidade de vacinas nos estados, Distrito Federal e municípios", destacou a nota técnica.

Resta saber, agora, quando haverá doses disponíveis para aplicação em todo esse público. No início de novembro, o Brasil de Fato mostrou que o país sofre com uma falta crônica de doses de vacina da Covid para crianças. Integrantes do futuro governo, como o vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, afirmaram que a imunização será uma das prioridades da área da saúde a partir de janeiro.

Edição: Thalita Pires