CAOS NO DF

AGU pede prisão de Anderson Torres e outros agentes públicos por cenas de golpismo no DF

Secretário de Segurança Pública do DF e ex-ministro de Bolsonaro é apontado como responsável por ataques no DF

Brasil de Fato | Brasília (DF) |

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Jair Bolsonaro e Anderson Torres em encontro durante gestão do ex-capitão à frente da Presidência - Reprodução

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu a prisão de Anderson Torres, demitido neste domingo (8) da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) pelo governador Ibaneis Rocha (MDB).

A petição foi endereçada ao Supremo Tribunal Federal (STF) e é assinada por Jorge Messias, advogado-geral da União. Outros agentes públicos envolvidos nos atentados por ação ou omissão também são alvo do pedido de prisão.

Além disso, a AGU solicitou a imediata desocupação de todos os prédios públicos federais em todo o país, e a dissolução dos atos antidemocráticos realizados nas imediações de quartéis e outras unidades militares.

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O pedido foi divulgado após as cenas em Brasília (DF), com a invasão de prédios do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto.

Entre as inúmeras imagens nas redes sociais de bolsonaristas, uma chama a atenção: policiais militares do Distrito Federal escoltaram e conduziram os golpistas até a Praça dos Três Poderes.

Por causa das cenas, Torres foi demitido por Ibaneis. Então secretário de segurança do DF, ele é ex-ministro da Justiça do Jair Bolsonaro (PL) e está em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está o ex-presidente da República.

Plataformas são acionadas

Com o objetivo de buscar futura responsabilização dos manifestantes radicais, a AGU também pediu ao STF que determine às plataformas de mídias e de redes sociais a interrupção da monetização de perfis e transmissão das mídias sociais que possam promover, de algum modo, atos de invasão e depredação de prédios públicos.

A AGU ainda solicitou que as empresas de telecomunicações, em especial as provedoras de serviço móvel pessoal, que guardem por 90 dias registros de conexão suficientes para definição ou identificação de geolocalização dos usuários que se encontram nas imediações da Praça dos Três Poderes e no Quartel General do Exército no DF.

Edição: Vivian Virissimo