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Anderson Torres afirma que voltará ao país para se entregar à Justiça

Ex-secretário de Segurança do DF teve prisão decretada por Alexandre de Moraes nesta terça (10)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Torres estava na Flórida durante os atos democráticos, mesmo estado em que Bolsonaro está hospedado - EVARISTO SA / AFP

O ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal (DF) e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro (PL), Anderson Torres, anunciou na noite desta terça-feira (10), em sua conta no Twitter, que voltará ao Brasil para se entregar à Justiça. 

Em duas postagens publicadas na sequência, ele afirma que está certo de que "a verdade prevalecerá". "Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na justiça brasileira e na força das instituições", escreveu.

Torres teve sua prisão determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes também nesta terça. A justificativa para a prisão é omissão no episódio dos ataques terroristas de bolsonaristas em Brasília no último domingo (8).

De acordo com reportagem do g1, que teve acesso à decisão de Moraes, os fatos que indicam a omissão e conivência de Torres são:

- ausência de policiamento necessário na Praça dos Três Poderes, em especial do Comando de Choque da Polícia Militar do Distrito Federal;

- autorização para que mais de 100 ônibus ingressassem livremente em Brasília, sem qualquer acompanhamento policial, mesmo sendo fato notório que praticariam atos violentos e antidemocráticos;

- a "total inércia" ao não desmontarem o acampamento criminoso na frente do QG do Exército, "mesmo quando patente que o local estava infestado de terroristas".

Torres, que foi exonerado ainda no domingo pelo então governador Ibaneis Rocha (MDB), estava nos Estados Unidos quando os ataques às sedes dos três Poderes aconteceram.

O ministro do STF atendeu pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que solicitou a prisão em flagrante de todos os agentes públicos que participaram ou se omitiram durante os episódios de vandalismo bolsonarista no último domingo.

Edição: Thalita Pires