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RJ: Mães enfrentam filas de madrugada na porta das creches e não conseguem vagas para os filhos

Trabalhadoras tentam oportunidades em cidades vizinhas mas se deparam com filas de espera que superam 300 crianças

25.jan.2023 às 13h00
Rio de Janeiro (RJ)
Clivia Mesquita
Congresso aprecia projetos que promovem melhorias para creches e alimentação escolar, mas prioriza temas como Escola sem Partido

Congresso aprecia projetos que promovem melhorias para creches e alimentação escolar, mas prioriza temas como Escola sem Partido - Marcello Casal Jr./Arquivo ABr

Nas primeiras horas desta quarta-feira (25), famílias madrugaram na porta da Escola Municipal Professor Djair Cabral Malheiros, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro, para tentar a sorte por uma vaga de desistência na creche pública. A unidade na região do Morro do Castro, bairro limítrofe com Niterói, oferece além de creche, educação especial e pré-escola. 

Leia mais: RJ: Usuários dos trens devem ativar Bilhete Único Intermunicipal para garantir a tarifa social

Segundo mães ouvidas pela reportagem, cerca de 50 responsáveis estavam na escola aguardando atendimento para vagas remanescentes nesta manhã (25). Para muitas famílias, a iniciativa de madrugar na fila representa a última esperança dos filhos terem acesso à educação infantil neste ano letivo, direito que deveria ser garantido através das gestões municipais.

"Fui orientada a ir para fila de madrugada para ver se consigo uma vaga de algum desistente para creche do município de São Gonçalo, sendo que a moça já me disse 'olha, vou ser honesta, é muito difícil conseguir. Quando sobra vaga, é uma ou duas'. Quer dizer, uma humilhação muito grande", contou Anelise Wolke Evangelista ao Brasil de Fato.

A mãe do bebê Miguel, de 3 anos, compartilhou na última semana sua frustração nas redes sociais. Diante da falta de vagas em uma creche na cidade de Niterói, onde mora, ela desabafou nas redes sociais: "Me sinto humilhada e sem esperança", escreveu, junto com a imagem mostrando a posição 298º na fila de espera por uma vaga no maternal. 

"Ano passado não tinha vaga para ele por conta da idade mínima, paguei uma escolinha e foi ótimo para ele. Mas esse ano as coisas apertaram muito e não vai dar", disse a dona de casa.

A procura por vagas na Escola Municipal Professor Djair Cabral Malheiros, em São Gonçalo, é alta porque a unidade também recebe crianças do município vizinho, Niterói, como é o caso do filho da Anelise. Ela e o marido se organizaram para comparecer na unidade escolar às 5h e conseguiram uma vaga de desistência para Miguel.

Tatiane Santos também conseguiu uma vaga para a neta de 3 anos que ficou na lista de espera. Isso porque ela saiu de casa às 4h da manhã e foi a quarta da fila na porta da unidade escolar. Algumas famílias chegaram a passar a noite na calçada. O ano letivo em São Gonçalo começa no próximo dia 6 de fevereiro.

A secretaria de Educação de Niterói não respondeu ao Brasil de Fato sobre a quantidade de vagas disponíveis em creches para crianças menos de 5 anos, as localidades das escolas e a defasagem no sistema de educação infantil até o fechamento desta reportagem.

Já a assessoria de comunicação da prefeitura de São Gonçalo informou que ofereceu 3.793 vagas na pré-matrícula de novos alunos na Educação Infantil, "entre Unidades Municipais de Educação Infantil (Umei), escolas municipais e creches conveniadas".

Descaso

A dificuldade em conseguir uma vaga para João Pedro, de 1 ano e 9 meses, em uma creche na capital fluminense tem impacto no orçamento familiar da Thaiana Figueredo. Moradora de Pilares, na zona norte do Rio, ela foi demitida logo após a licença maternidade e atualmente apenas o marido está empregado.

Ela reclama que em nenhuma das cinco opções de escola selecionadas no momento da pré-matrícula havia vaga. Já na lista de espera, a falta de informação sobre a posição das crianças aumenta a incerteza e o sentimento de frustração de Thaiana.

"No dia do resultado [19 de dezembro] ele não foi contemplado para nenhuma vaga. Não me falam em que lugar da lista de espera ele está, o 1746 [central de atendimento ao cidadão da prefeitura do Rio] também nada fala", afirma a mãe do bebê João Pedro que pretende buscar a Defensoria Pública.

Mesmo com as contas da casa, um bebê e um adolescente de 14 anos, Thaiana chegou a pesquisar o valor de uma creche particular, porém seria inviável desembolsar cerca de R$ 1.200 por mês. Além da questão financeira, ela percebe que o desenvolvimento do filho não seria o mesmo se tivesse acompanhamento. 

"Essa vaga é muito importante porque preciso voltar para o mercado de trabalho. Não posso deixar de trabalhar, minha renda vai contribuir dentro de casa. Mas se ele não consegue a creche, eu não consigo emprego. Já dispensei 3 vagas na minha área porque não tenho com quem deixar meu bebê. É desesperador. Vejo meu filho não desenvolvendo a parte motora, a fala, porque ele não faz nenhuma atividade. Nós brincamos, ensinamos, mas não somos especializados", relata Thaiana.

A assessoria da Secretaria Municipal de Educação do Rio (SME) não respondeu sobre a dificuldade de acessar a lista de espera das creches. 

Direitos

Assim como as mães, pais e responsáveis apresentados nesta reportagem, outras famílias também se desdobram para conseguir uma vaga em creche públicas. Uma opção é recorrer à Defensoria Pública do Rio de Janeiro (DPRJ), pois é direito de toda criança a matrícula nas creches.

O órgão público registrou um total de 2.244 agendamentos sobre vagas em creche no ano passado. É possível agendar um atendimento através do número 129, pelo aplicativo Defensoria RJ, disponível gratuitamente para download, ou através do site na área "Atendimento-On-line".

O defensor público Rodrigo Azambuja, coordenador de Infância e Juventude da DPRJ, vai além e recomenda que o responsável denuncie a omissão do poder público ao Conselho Tutelar que "nos termos do art. 101 do Estatuto da Criança e do Adolescente, pode requisitar a oferta do serviço de creche. Caso não seja providenciado, a pessoa deverá buscar atendimento da Defensoria Pública, para que a questão seja levada ao Poder Judiciário".

Editado por: Mariana Pitasse
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