O assessor especial do governo dos Estados Unidos para o clima, John Kerry, tem um encontro com a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), nesta segunda-feira (27), para discutir mudanças climáticas e combate ao desmatamento. Kerry desembarcou em Brasília na madrugada deste domingo (26) para reuniões com autoridades brasileiras.
O encontro ocorre depois que o presidente dos Estados Unidos Joe Biden demonstrou interesse em colaborar com o Fundo Amazônia, durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no início de fevereiro. A previsão é de um repasse de US$ 50 milhões (R$ 270 milhões), segundo o jornal Folha de S. Paulo.
O fundo, que tem a função de captar doações para ações na Amazônia Legal, estava paralisado desde abril de 2019 por decisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Além de se reunir com a ministra Marina Silva, John Kerry deve encontrar o vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin (PSB), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), a ministra dos povos indígenas, Sônia Guajajara (PSOL), e o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante (PT).
Brasil participa da 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU
O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Sílvio Almeida, participa da 52ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), que começa nesta segunda-feira (27), em Genebra, na Suíça, e vai até a próxima sexta-feira (3). A fala do ministro durante a reunião deve ser transmitida ao vivo pela ONU às 11h (horário de Brasília).
Na reunião, Almeida deve buscar o retorno do Brasil ao conselho da ONU para o mandato que começa em 2024 e termina em 2026. O ministro também tem como objetivo recolocar o país no rol das agendas que atuam em defesa dos direitos humanos, das quais o Brasil se distanciou durante o governo Bolsonaro.
Até sexta-feira, o ministro terá reuniões com os chefes de delegações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e com a chanceler do Chile, Antonia Urrejola Noguera. Silvio Almeida também participará do evento "Perspectivas brasileiras sobre os desafios dos direitos humanos: sustentando o multilateralismo e a cooperação internacional".
Roberto Jefferson pede para ser julgado por lesão corporal
Na última quinta-feira (23), a defesa de Roberto Jefferson pediu à juíza federal Abby Magalhães, da 1ª Vara Federal de Três Rios (RJ), que o ex-deputado federal seja julgado por lesão corporal leve e não por tentativa de homicídio contra quatro policiais federais.
Em outubro do ano passado, Roberto Jefferson jogou três granadas e atirou contra agentes da Polícia Federal que tinham ido até sua casa para cumprir um mandado de prisão a pedido do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Desde então, ele foi acusado de tentativa de homicídio, resistência ao cumprimento de ordem legal e posse de arma de fogo e artefatos explosivos sem autorização.
Segundo a defesa de Jefferson, no entanto, não houve intenção de matar. "Os laudos estão em total consonância com o interrogatório prestado pelo ora defendente em sede policial, que da mesma forma relata que jamais teve a intenção de ferir as vítimas, quanto mais ceifar suas vidas. Ressalta-se que as lesões corporais sofridas pelas vítimas foram de natureza leve, não causando perigo de vida."
Além do pedido, o documento também contém críticas a Alexandre de Moraes. "É absolutamente inacreditável o que está ocorrendo em face do sr. Roberto Jefferson mediante a atuação completamente ilegal do ministro Alexandre de Moraes", afirma a peça assinada pelos advogados João Pedro Barreto, Juliana David e Fernanda Carvalho.
Ministros votam a favor de queixa-crime de Tabata contra Eduardo Bolsonaro
Os ministros Alexandre de Moraes e Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram a favor de uma queixa-crime apresentada pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O restante do julgamento ocorre na próxima sexta-feira (3), quando oito ministros ainda irão votar.
Em 2021, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro acusou Amaral de "atender ao lobby de seu mentor-patrocinador Jorge Paulo Lemann, um dos donos da produtora de absorventes P&G, do que realmente conseguir um benefício ao público". Também disse que a deputada agia de "maneira quase infantil". Na ocasião, Tabata Amaral criticou o veto do então presidente Bolsonaro ao projeto de lei que previa a distribuição de absorventes em espaços públicos.
Em seu voto, Moraes afirmou que Eduardo Bolsonaro fez declarações que ultrapassaram a imunidade parlamentar. "O deputado federal, nas publicações em referência, na plataforma digital Twitter, extrapolou da sua imunidade parlamentar para proferir declarações abertamente misóginas e em descompasso com os princípios consagrados na Constituição Federal, cuja ilicitude deverá ser devidamente apreciada por esta Suprema Corte", disse o ministro.
Dino fala em "atos preparatórios para a execução de um tiro no dia da posse de Lula"
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou que a Polícia Federal encontrou informações sobre uma suposta tentativa de atentado contra o presidente Lula (PT), durante a posse, no dia 1º de janeiro.
Em entrevista ao Estadão, o ministro informou que a troca de mensagens foi feita com um dos envolvidos na tentativa de atentado a bomba no Aeroporto de Brasília, em dezembro do ano passado. No dia 24 daquele mês, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu o bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa. Segundo as investigações, ele e outros bolsonaristas colocaram uma bomba em um caminhão de combustível próximo ao aeroporto da capital federal.
"Esse cidadão que está preso, da bomba, do aeroporto, no dia 24, ele estava fazendo treino e obtendo instruções de como dar um tiro de fuzil de longa distância. Ele estava obtendo informações. Há um diálogo dele em que ele procura informações de qual o melhor fuzil, qual a melhor mira para tantos metros de distância", disse Dino.
Em determinado momento, Dino é questionado sobre o fato de as mensagens não citarem o presidente. O ministro afirma então que as mensagens de dias anteriores dão a entender que se tratava de um plano contra Lula.
"Mas dias antes ele dá a entender, né? Porque pergunta: 'Qual o fuzil que é mais adequado para tal distância?'; 'E a tal mira?' Aí o instrutor diz: 'Não, essa mira é melhor'. Ou seja, havia atos preparatórios para a execução de um tiro que ia ser um tiro no dia da posse de Lula", disse o ministro.
Edição: Nicolau Soares