A Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos rejeitou nesta quarta-feira (8) uma resolução em favor da retirada das tropas norte-americanas da Síria.
O documento apresentado pelo republicano Matt Gaetz teve o apoio de 103 congressistas, sendo 56 do Partido Democrata e 47 do Partido Republicano. Porém, foram mais os votos contrários, que somaram 321.
A resolução de Gaetz era acompanhada de um informe que detalhava como deveria ser o processo de retirada dos cerca de 900 soldados norte-americanos do território sírio, durante um prazo de seis 6 meses, buscando a retirada total antes do final de 2023.
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Em seu discurso para defender a resolução Gaetz enfatizou que "não há um papel para os Estados Unidos na Síria. Não somos uma potência do Oriente Médio. Tentamos construir uma democracia baseada em areia, sangue e milícias árabes. Repetidas vezes, as missões que realizamos [na Síria] não reduziram o caos. Muitas vezes, elas causaram o caos, o mesmo caos que mais tarde levou ao terrorismo".
O parlamentar republicano também ironizou, dizendo que "os Estados Unidos fizeram de tudo para que os terroristas do Estado Islâmico ganhassem força na Síria e no Iraque".
"Nós demos armas aos chamados 'rebeldes moderados', mas logo percebemos que há um paradoxo aí, porque esses rebeldes não são tão moderados", acrescentou.
As palavras de Gaetz não comoveram seus colegas a ponto de formar uma maioria a favor da resolução, cujo objetivo era pressionar o presidente Joe Biden a tomar uma decisão em favor da retirada das tropas.
"Embora a votação de hoje tenha terminado em derrota, minha luta para acabar com as guerras eternas e trazer nossas tropas para casa está apenas começando", afirmou o congressista, antes do encerramento da sessão.
