Operação Lesa Pátria

PF cumpre 32 mandados de prisão contra golpistas envolvidos em atos de 8 de janeiro

A corporação também realiza 46 mandados de busca e apreensão; SP e MG são os focos

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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As determinações autorizadas pelo STF visam bolsonaristas que participaram efetivamente, financiaram e foram os autores intelectuais dos atos golpistas - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta sexta-feira (17), a oitava fase da Operação Lesa Pátria, que investiga os responsáveis pelos atos criminosos de 8 de janeiro, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília. 

No total, a PF cumpre 32 mandados de prisão no Distrito Federal e em nove estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia e Rio Grande do Sul. A corporação também cumpre outros 46 mandados de busca e apreensão. 

São Paulo e Minas Gerais são os estados com mais mandados autorizados. No primeiro, são 13 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão preventiva, já em Minas são 9 de busca e 8 de prisão. 

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Vidro partido na Praça dos Três Poderes, em Brasília: resultado dos ataques terroristas de bolsonaristas no dia 8 de janeiro / Marcelo Camargo/ABr

As determinações autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) visam bolsonaristas que participaram efetivamente, financiaram e foram os autores intelectuais dos atos. Eles são acusados dos seguintes crimes: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime e destruição de bem especialmente protegido. 

Um dia antes, nesta quinta-feira (16), o STF comunicou a conclusão da análise das prisões preventivas de todos os detidos nos dias posteriores ao 8 de janeiro. Como resultado, o ministro Alexandre de Moraes rejeitou as solicitações de liberdade para 86 mulheres e 208 homens, que tiveram condutas consideradas mais graves durante os atos criminosos.  

De acordo com um levantamento feito pelo STF, 45% dos presos não estão mais detidos em regime fechado e cumprem, agora, medidas cautelares em liberdade, como bloqueio das redes sociais ou uso de tornozeleira eletrônica.  

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Edição: Vivian Virissimo