Paralisação

Greve no Metrô de SP continua nesta sexta-feira (24)

Linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, além da linha 15-prata do monotrilho, amanheceram paralisadas

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Estação Palmeiras-Barra Funda, linha 3 do Metrô, fechada durante a greve do Metrô em São Paulo - Fernando Frazão/Agência Brasil

A greve no Metrô de São Paulo continua nesta sexta-feira (24), de acordo com decisão tomada pelos metroviários em assembleia da categoria realizada na noite de quinta. As linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, além da linha 15-prata do monotrilho amanheceram paralisadas em São Paulo e não havia circulação de trens até as 6h. Os trens das linhas 4-amarela e 5-lilás operam normalmente no período.

O Sindicato dos Metroviários havia decidido que daria prazo até as 23h desta quinta pra que o Metrô respondesse sobre a proposta do Ministério Público do Trabalho (MPT) apresentada em audiência de conciliação realizada no Tribunal Regional do Trabalho na tarde do primeiro dia da paralisação. O órgão propôs abono de R$ 2,5 mil por ano entre 2020 e 2022 e que não houvesse desconto de dias parados nem punições.

Sem oferecer proposta na reunião, a direção do Metrô não respondeu sobre a proposição do MPT até o prazo estabelecido e os metroviários decidiram manter a greve. Mas, na madrugada, a companhia enviou proposta, que será analisada em assembleia às 7h.

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"O governo estadual e o metrô devem três PRs (Participação nos Resultados) aos metroviários, referentes aos anos de 2020, 2021 e 2022. Alegam não ter verbas para pagar essas pendências. No entanto, há dinheiro para patrocinar aumento de 50% para os salários do governador Tarcísio e seus secretários. Há muito dinheiro para manter os lucros da CCR, que recebe R$ 6,32 por passageiro, enquanto a tarifa é de R$ 4,40", alegam os trabalhadores em nota divulgada pelo sindicato após a decisão.

Os metroviários criticaram a postura do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). "O governador também mostrou-se um homem sem palavra. Assumiu publicamente que iria liberar as catracas para a população. Mas, ao mesmo tempo, acionou a Justiça para impedir as catracas livres", diz a nota. "O problema não é falta de dinheiro. É falta de compromisso com os trabalhadores e a população. Tarcísio prioriza os grandes empresários."

O Metrô informou que vai seguir com um plano de contingência, mas não há previsão para o início da operação parcial de alguns trechos. O rodízio de veículos segue suspenso na capital paulista.

Edição: Glauco Faria