Entrevista

Com disputa crescente entre China e EUA, Brasil deve investir em 'equilíbrio', diz pesquisadora

Viagem de Lula à China pode ser usada para avaliar propostas das duas maiores economias do mundo, afirma professora

São Paulo (SP) |

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Lula entrega as credenciais para o embaixador da China no Brasil, Zhu Qingqiao - Sérgio Lima / AFP

Para conseguir barganhar com as duas potências que dominam a geopolítica mundial, Estados Unidos e China, o Brasil precisa entender o que cada uma delas coloca na mesa. Essa é a avaliação da professora da Universidade Federal do ABC (UFABC), Ana Tereza Marra, que destaca a viagem de Lula para Pequim como um dos elementos dessa negociação.

Durante a semana que começa nesta segunda-feira (27), uma agenda extensa de reuniões e fóruns tem início no país asiático, mesmo depois da decisão de adiamento da viagem, após Lula apresentar um quadro de pneumonia leve. O presidente brasileiro deve encontrar Xi Jinping pessoalmente somente em abril, segundo informações do jornal O Globo. 

A programação preparada para a ida de Lula à China contrastou com a agenda enxuta que Lula teve nos Estados Unidos, de onde voltou sem acordos substanciais e anúncios de parceria — embora a visita à Casa Branca tenha rendido uma "aproximação política" com os estadunidenses.

"Eu acho que é importante para a própria política externa brasileira, para o caminho que o Brasil quer trilhar, que ele tenha subsídios de negociação, então essa visita para a China é uma tentativa de entender como que a gente pode utilizar o que a China coloca à mesa para negociar com os EUA e vice-versa", diz a coordenadora do Grupo de China do Observatório de Política Externa Brasileira (OPEB), Ana Tereza Marra.

Em entrevista ao Brasil de Fato, Marra avalia a posição do Brasil na arena internacional, as tratativas do governo Lula com Pequim e Washington e também os limites e possibilidades da relação com a China.

Confira a íntegra da entrevista.

Brasil de Fato: Lula esteve só um dia nos EUA e visitou a Casa Branca, mas voltou sem grandes anúncios ou parcerias. Com a China, foi diferente: foram preparados vários dias de agenda. Qual é a sua avaliação diante desse cenário, considerando que ele contrasta fortemente com a visita de Lula aos EUA?

Realmente existe essa diferença na quantidade de dias e na densidade de temas que foram tratados e que vão ser tratados, como que foi com os EUA e como que vai ser com a China.

Eu vejo que a viagem para os EUA teve um papel de limpar o clima que tinha ficado ainda do ano passado, dos últimos 2 anos do governo Bolsonaro. Nesse sentido, a viagem para a China também tem um pouco esse objetivo, de limpar o clima dessas relações desbalanceadas que tinham ficado. Com os EUA, acho que tinha dois temas importantes que foram tratados: a agenda da democracia, sob a qual Lula e Biden convergiam e convergem na agenda - os dois sofreram com seus antecessores, o Trump e Bolsonaro. Então esse encontro teve esse papel importante de reafirmação da democracia para Brasil e EUA.

E trataram de assuntos relacionados ao meio ambiente. Teve aquela proposta que é considerada por muitos insuficiente, dos EUA contribuírem para o Fundo Amazônia, mas só US$ 50 milhões, só quando tiver o dinheiro, que não é agora. No geral, a análise que se fez, é que foi uma viagem que limpa um pouco esse clima, mas que não trouxe resultados, naquele momento, concretos, em relação aos EUA. Mas, ao mesmo tempo, as relações com os EUA estão em um momento de partida, no sentido de que é possível ir construindo as coisas para o futuro.

Então depois tivemos o enviado presidencial especial para o clima dos EUA [John] Kerry, que veio visitar o Brasil, a gente teve [a visita] da representante de Comércio dos EUA, que é essa tentativa de construir uma base para adensar as relações no futuro. Então a gente não teve esses resultados concretos, mas a aproximação política está acontecendo, com os EUA.

Com a China, a gente tem a viagem de um lado, que tem um caráter parecido, que é de limpar a agenda, limpar o clima passado, mas com a China espera-se que a gente tenha resultados um pouco mais concretos porque é da própria natureza das relações e do que as relações têm sido nos últimos, apesar de todo o atropelo da gestão do Bolsonaro.

Porque as relações Brasil e China, nos últimos anos e em termos comerciais e de investimento, elas alcançaram uma concretude cada vez maior. A China continuou sendo a primeira parceira comercial do Brasil mesmo no governo Bolsonaro, o Brasil foi um dos países que mais recebeu investimentos da China nos últimos anos, também durante o governo Bolsonaro. Porque a China é bastante pragmática em suas relações, ela não deixou de aproveitar uma oportunidade por conta do governo Bolsonaro e porque a China, na realidade, e aí é o que muda em relação aos EUA, ela tem, em termos concretos, muito mais para oferecer ao Brasil agora em relação ao que os EUA têm.

Os EUA querem investir no clima, mas depende do Congresso aprovar os recursos e aí pode ser que invista e pode ser que não invista. Eles fizeram aquela Lei dos Chips, que é essa coisa deles tentarem mudar as cadeias de fornecimento global de semicondutores e trazer a produção para os EUA e países aliados dos EUA; eles têm dinheiro para investir em outros países, mas ao mesmo tempo que existe isso, os EUA acenam para o Brasil, ao mesmo tempo que não tem nada concreto.

O que existe é um momento de aproximação política e pode ser que as coisas se concretizem no futuro e pode ser que não.

A China, pela própria natureza de seu governo e das relações Brasil e China nos últimos anos, consegue tornar as coisas concretas de uma forma mais rápida. Se a gente for analisar depois da visita, provavelmente alguns acordos vão ser anunciados. Existe expectativa de um acordo na área espacial, com a retomada da produção de satélites de sensoriamento remoto da parceria Brasil e China. Espera-se que seja anunciado um anúncio da BYD, a empresa chinesa, na fábrica da Ford na Bahia, para construir motores de caminhões e carros elétricos.

A natureza das relações econômicas que o Brasil tem neste momento com a China, e que tem com os EUA, dá essa vantagem de que nas relações entre Brasil e China acontece muito mais coisa, então tem muito mais alternativas e formas de tornar concreto os resultados quando a gente fala nessas visitas.

E tem o fato também de que a China é muito longe, na China a ideia é aproveitar essa visita para tentar fazer um conjunto de coisas porque não vai voltar com a mesma facilidade que você pode voltar para os EUA, então tem um cuidado muito maior para preparar essa visita.

O mundo vive hoje essa disputa entre China e EUA e nessa disputa o Brasil pretende se colocar ao que tudo parece e provavelmente seja o caminho mais adequado, como o país que não vai fazer uma escolha por EUA ou China, mas que vai fazer escolhas específicas baseada no interesse de desenvolvimento do país.

Nesse sentido eu acho que a viagem à China é um elemento importante na relação dos EUA com o Brasil. Por que? Porque o Brasil vai jogar muito nessa barganha, o que eu consigo de um, o que eu consigo de outro, quais são as vantagens que eu posso tirar dessas disputas.

Eu acho que é importante para a própria política externa brasileira, para o caminho que o Brasil quer trilhar, que ele tenha subsídios de negociação, então essa visita para a China é uma tentativa de entender como que a gente pode utilizar o que a China coloca à mesa para negociar com os EUA e depois vice-versa: o que a gente pode conseguir com os EUA e o que a gente pode conseguir com a China, como você tenta achar um equilíbrio e tirar as melhores vantagens para os objetivos que você têm enquanto país.

Pensando que o Brasil acaba de vir do governo Bolsonaro e de um alinhamento quase que automático com os EUA, a tradição diplomática que talvez o Brasil tenda a recuperar é dessa neutralidade de conseguir barganhar com os dois lados. Quais são as possibilidades dessa postura hoje com o acirramento dessa disputa [entre China e EUA]? O Brasil parece procurar as ofertas dos dois lados, mas é crível essa estratégia? Ela é a postura histórica do Itamaraty, mas como pensar a aplicabilidade dela hoje nesse cenário cada vez mais complexo e de aumento dos atritos?

Essa é a questão de um milhão de dólares. Por que qual é o limite dessa postura de não alinhamento? Qual é o limite dessa tentativa de equilibrar e barganhar com um lado e o outro?

A realidade é que isso vai ser estabelecido na prática. Mas atualmente eu acho que a América Latina não está no nível de pressão por parte dos EUA como ela esteve durante alguns momentos do governo Trump. Em alguns momentos do governo Trump, por exemplo, com relação ao próprio 5G, a pressão sobre a América Latina e o Brasil foi muito maior para que a região atuasse junto aos EUA para conter a China do que é no dia de hoje, então acho que existe um espaço que pode ser explorado para construir projetos em conjunto tanto com a China quanto em conjunto com os EUA. É um espaço que, na prática, você vai encontrar como fazer isso, mas acho que existe condições para isso.

Observando tanto do lado da China quanto dos EUA, o que a China busca é pragmatismo mais do que alinhamento, quem busca o alinhamento do Brasil são os EUA. A China busca que o Brasil seja pragmático e abrace as oportunidades. E os EUA exigem mais uma tomada de posição, mas mesmo essa exigência hoje não é a todo custo.

Acho que a política do Biden para a América Latina, em termos de pressão e em termos de construir alternativas para a América Latina com relação à China, isso basicamente é muito difícil de você conseguir determinar concretamente.

O Trump além da pressão, em alguns momentos, ele acenou com uma instituição norte-americana que poderia financiar algumas coisas aqui na América Latina, tentando dar alguma concretude como alternativa à China.

O Biden não faz isso. Enquanto as cartas não estiverem na mesa, os EUA não estiverem dispostos a pagar, em termos políticos e econômicos, para que os países da região atuem na contenção da China, existe espaço para que a gente possa, mesmo diante desse cenário de disputa, buscar parcerias com a China que sejam do nosso interesse.

A gente pode dizer de alguma maneira que os EUA ainda não colocaram as cartas na mesa? Porque existe essa Lei dos Chips e o anúncio de um pequeno investimento no Fundo da Amazônia. Mas dá para dizer que os EUA ainda estão escondendo a mão?

Eu acho que o foco dos EUA têm sido a Europa em primeiro lugar. Óbvio, tem o interesse de conter a China na região, mas não apresentou as alternativas concretas. Porque por mais que a América Latina tenha essa proximidade geográfica com os EUA, o que em termos de projeção de poder geopolítico, militar, é algo extremamente relevante, que a gente tenha todo o histórico da região com os EUA, se você pegar os países, hoje uma parte importante deles têm a China como o principal parceiro comercial, como o país que mais investe, que traz mais empresas; eles vão na China e a China fala sobre projetos de cooperação, projetos de financiamento, investimento.

Por isso quando eu digo que as cartas não estão na mesa é no sentido de que não existe essa alternativa concreta por parte dos EUA. O que existe é um discurso, uma pressão política muito grande, mas que não veio acompanhada, pelos EUA, nem dos meios de coerção, no sentido de achar uma forma de punição para os países que não vão seguir essa política e nem dos prêmios para os países que vão seguir essa política.

O que eu vou pagar para esses países? O que eu vou dar? Não veio acompanhado disso, então eu acho que enquanto não existir esse tipo de coisa vai ser difícil a gente pensar que os países não vão acreditar que vão poder explorar os dois lados, que é a perspectiva de vários países do mundo em desenvolvimento e da América Latina, de que é possível evitar um dos lados nessa disputa entre China e EUA.

E essa ação dos EUA até o momento é o que leva a pensar isso, porque eles não vieram nem com a cenourinha e nem com o chicotinho de forma real. A pressão não chegou naquele nível em que você não consegue mais contornar.

O Brasil tem dificuldades orçamentárias de bancar alguns objetivos do governo, como a reindustrialização e a retomada de órgãos públicos. A China tem um megaprojeto de infraestrutura, a Nova Rota da Seda, além de grande influência no Banco dos Brics, o NBD. Essa viagem à China pode ter esse caráter de conseguir recursos necessários para a retomada do PIB brasileiro?

A Rota da Seda, para a China, é uma espécie de marca, é como se fosse um selinho de legitimidade. Para o país entrar na Rota da Seda não é um processo formal, aquela coisa super carregada, é assinar um memorando de entendimento que o país faz parte da Rota da Seda, e aí a China pode dizer que tem um projeto com centenas de países do mundo. Então isso para ela é importante, porque traz status internacional, é como se esses países apoiassem a China e dessem legitimidade a seu processo de desenvolvimento.

O Brasil já recebe praticamente metade dos investimentos da China na região. Então qual é a questão para o Brasil? Para o Brasil estar ou não estar dentro desse projeto, tudo indica até o momento que não vai alterar, em termos econômicos os interesses da China aqui, é como eu falei, a China é muito pragmática, o que ela tiver oportunidade de investir, o que for oportunidade, ela provavelmente vai fazer, independente do Brasil fazer parte ou não desse projeto.

Da perspectiva do Brasil, o que a gente tem que pensar é o seguinte: qual é a vantagem que a gente tem de entrar na Rota da Seda? Vamos ganhar mais investimento? Vamos ganhar mais dinheiro com isso? Aparentemente não, aparentemente o padrão da relação econômica já está estabelecido e ele vai continuar dessa forma. Então entrar na Rota da Seda, teria que pensar o que a mais poderia acontecer.

A gente tem vários países da região que fazem parte da Rota da Seda, a Argentina aderiu recentemente. Será que é possível pensar adicionalmente alguma coisa que pudesse auxiliar, por exemplo, a integração física da região, o investimento aqui?

Pensar na possível adesão do Brasil passa por pensar quais seriam as vantagens que a gente já não têm e teria para entrar, essa é uma coisa.

A segunda coisa é o lado político, dentro desse discurso que a gente está falando dos EUA, é óbvio que os EUA não querem que os países da região entrem na Rota da Seda, seria algo em termos políticos que os EUA provavelmente não gostariam.

Agora, o Brasil precisa agradar os EUA? Obviamente não, a gente é um país soberano e toma as decisões que forem interessantes para nosso desenvolvimento, mas são coisas para serem pensadas, no sentido de fazer uma escolha que, talvez, te indisponha com outros países, e aí ela tem que ser feita tendo em mente o que você vai ganhar com ela. Essa é a discussão que o governo precisa fazer para ter a dimensão se quer ou não participar desse projeto. Em termos concretos, como eu falei, nada indica que o Brasil não estar nesse projeto esteja de alguma forma fazendo com que o país tenha sido preterido em algum momento pelos chineses.

Ano passado, a China comprou mais de US$ 30 bilhões de soja do Brasil. Se formos pensar como essa soja é produzida, ela está ligada ao latifúndio no Brasil, violações dos direitos humanos e violência contra povos indígenas. E quando temos uma viagem bilateral, uma das coisas que são discutidas é a expansão da atividade comercial, nunca a diminuição. Que mecanismos podemos ter para que o fortalecimento da parceria não torne o Brasil uma zona de sacrifício do crescimento econômico chinês?

Essa é uma pergunda que realmente precisa ser feita. Primeiro que a soja brasileira é muito importante para a China, eu não sei se todo mundo tem essa dimensão, mas a China escolheu não produzir soja, ela produz muito pouco porque soja é uma atividade que gasta muita água, uma atividade muito intensa, então ela escolheu dentro do seu plano de segurança alimentar que esse seja o produto que ela importa do exterior. E o Brasil é o maior exportador de soja para a China, então o Brasil é importante para a segurança alimentar chinesa.

Como o Brasil não vira essa zona de sacrifício? Eu acho que isso vai passar por duas coisas, principalmente: uma são os investimentos, no futuro previsível, o Brasil não vai parar de vender soja para a China e nem a China vai parar de comprar, isso não existe, têm interesse dos nossos exportadores e têm interesse dos importadores deles, e essa é uma atividade econômica essencial para o resultado da nossa balança comercial, então não se trata disso, obviamente. Pensando que o padrão comercial não vai se alterar, que é um padrão estrutural.

Uma forma de tentar mais qualidade para as relações econômicas é atrair investimentos chineses para o Brasil que sejam direcionados para setores de interesse estratégico do governo. O governo tem que ter claro que setores são esses e que projetos quer propor para a China financiar. Essa discussão dos investimentos com a China, que é da nossa necessidade de receber investimentos, mas também do fato de que qualitativamente é aí que está a mudança nas relações, porque comercialmente esse padrão que a gente tem dificilmente vai se alterar.

Esse é um aspecto, olhar para os investimentos e para aquilo que de qualidade os investimentos podem dar para as relações econômicas, e aí o que se busca, e essa é a meta do governo Lula, são investimentos que vão auxiliar a reindustrialização do país, por exemplo, no setor automotivo, investimentos que ajudem na transição energética, que podem ser voltados para outras energias, como solar e energia eólica, o próprio investimento no setor, e o Brasil já sinalizou que quer fazer parte da cadeia de fornecimento de semicondutores, o Lula está tentando reavivar a Ceitec, que Bolsonaro tentou liquidar. Então acho que esse é um caminho.

Para isso, a gente tem que ter claro quais são esses setores estratégicos e a gente tem que ter projetos para propor nesses setores. Esse é um aspecto importante, é óbvio que a China não vai chegar aqui com os projetos prontos e vai fazer o que é a decisão do Brasil fazer. O Brasil tem que ver se a China, de alguma forma, pode investir, pode financiar, a gente só vai saber isso se a gente tiver projetos.

E isso passa pela recuperação do próprio BNDES, que é um importante ator que fomenta projetos, financiamento. A parceria que o BNDES tem que desenvolver com o NBD, o Novo Banco de Desenvolvimento, do Brics, essa também pode ser uma fonte para captar projetos e recursos.

O Brasil e a China têm um Fundo de Cooperação para Expansão e Capacidade Produtiva, que foi criado em 2015 com um valor de US$ 20 bilhões e esse fundo não entrou em funcionamento até hoje. Isso é outra coisa que precisa ser operacionalizada, esses mecanismos que foram criados ao longo do tempo e que foram abandonados nos últimos, não foram colocados em funcionamento. Desses US$ 20 bilhões, US$ 15 bilhões viriam do CLAIFUND, que é da China, e US$ 5 bilhões do BNDES. Para cada três dólares colocados pela China, um dólar colocado pelo Brasil.

Um segundo aspecto, que eu acho que é algo que o Brasil deveria tentar é buscar que a China invista aqui em projetos de conservação, em projetos ambientais que podem ser compensatórios para essa atividade, da soja, que é uma atividade degradante para o meio ambiente, para as comunidades. Então tanto em termos ambientais quanto em termos de direitos humanos, é uma atividade muito difícil, e acho que o Brasil deveria buscar com a China a criação de algum fundo, algum tipo de investimento especificamente que pudesse ser compensatório para essa situação.

Então talvez o caminho passasse para essas duas coisas: investimento e a atuação em projetos de meio ambiente.

Edição: Patrícia de Matos