por videoconferência

Acusados de matar Bruno Pereira e Dom Phillips serão ouvidos pela Justiça nesta segunda

Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima estão em presídios federais

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Indigenista Bruno Pereira (à esquerda) e do jornalista Dom Phillips, ambos assassinados no Vale do Javari, região amazônica - Reprodução

Os três homens acusados de terem assassinado o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips vão depor à Justiça Federal nesta segunda-feira (8). O processo está em andamento em Tabatinga (AM). Os três acusados estão em presídios federais em outros estados, e serão ouvidos por videoconferência.

O depoimento faz parte do processo que vai definir se os três réus, Amarildo da Costa de Oliveira, Oseney da Costa de Oliveira e Jefferson da Silva Lima, vão a júri popular. As audiências deles chegaram a ser agendadas para o último dia 17 de abril, mas foram adiadas a pedido dos advogados de defesa, que solicitaram videoconferências reservadas para as oitivas. 

Nove testemunhas e informantes já prestaram depoimento nos cinco primeiros dias de audiências sobre o caso, em abril. 

O caso

Bruno e Dom foram mortos a tiros na manhã do dia 5 de junho de 2022, ao voltarem de uma expedição pelo Vale do Javari, no Amazonas, e tiveram os corpos queimados e enterrados. Os cadáveres só foram encontrados dez dias depois.

A região onde o crime ocorreu faz fronteira com a Colômbia e o Peru, tem a maior concentração de povos indígenas isolados do mundo e é alvo da cobiça de criminosos.

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Segundo a Procuradoria, Bruno e um dos acusados, Amarildo, haviam se desentendido em outras ocasiões por causa da pesca ilegal em território indígena, que o servidor da Funai trabalhava para coibir

"Bruno foi morto com três tiros, sendo um deles pelas costas, sem qualquer possibilidade de defesa [...] Já Dom foi assassinado apenas por estar com Bruno", afirmou o Ministério Público em nota.

Edição: Rodrigo Durão Coelho