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Na Turquia, oposição a Erdogan acusa agência estatal de 'distorcer resultados'

Atual presidente Recep Tayyip Erdogan disputa eleições presidenciais com Kemal Kilicdaroglu

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Em Istambul, eleitores aguardam o resultado das eleições presidenciais - OZAN KOSE / AFP

Com 50% das seções de voto apuradas na Turquia, os candidatos à vice-presidência da oposição União pelo Trabalho e Liberdade, liderada por Kemal Kilicdaroglu, do Partido Republicano do Povo (CHP), Mansur Yavas e Ekrem İmamoglu, acusaram a agência de notícias estatal Anadolu de transmitir resultados distorcidos da eleição realizada neste domingo (14), segundo o jornal britânico The Guardian

Em coletiva de imprensa na capital turca, em Ancara, Yavas e İmamoglu declararam que apesar do que estava sendo transmitido pela agência, a oposição estava na liderança. 

Até o momento, o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, apresenta 51,8% dos votos e Kilicdaroglu, 42,3%. Já o nacionalista Sinan Ogan, 5,3%, segundo a contagem de votos transmitida pela Anadolu

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Por sua vez, o Partido Republicano do Povo (CHP) faz uma contagem paralela com seus próprios observadores nas urnas eleitorais, segundo o The Guardian. 

“De acordo com nossos resultados, com 23,87% dos votos contados, Kemal Kilicdaroglu está à frente”, disse Yavas, que também é prefeito de Ancara, acrescentando: “Esses dados vêm de toda a Turquia e posso dizer que estamos à frente emIstambul e Ancara", indicou o jornal britânico.

Ainda segundo o The Guardian, a agência de notícias privada Anka, também apresenta Kılıcdaroglu à frente na apuração das seções, afirmando que o líder da oposição está "a caminho de superar 50% dos votos e ser declarado presidente na noite deste domingo". 

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Diante do resultado das contagens vindas da oposição, Kilicdaroglu publicou em suas redes sociais: "Estamos à frente". 

Por sua vez, o Guardian afirmou que Omer Celik, porta-voz do partido AKP (Partido da Justiça e Desenvolvimento), de Erdogan, respondeu a acusação da oposição, afirmando que esta era "uma tentativa de assassinar a vontade nacional”.

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