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Início Internacional

GUERRA NA UCRÂNIA

Planos de paz do Sul Global são relevantes, mas só serão levados a sério se a China aderir

Professores ouvidos pelo Brasil de Fato destacam que Pequim tem subido o tom das críticas à diplomacia dos EUA

07.jun.2023 às 06h23
Botucatu (SP)
Julio Adamor

Enquanto os planos de paz não saem do papel, a guerra segue fazendo estragos: o último foi o rompimento de uma barragem, causando enchentes e a evacuação em massa de bairros sob risco - Sergiy Dollar/AFP

Por mais que Brasil e Indonésia estejam se colocando como possíveis mediadores para encerrar a guerra entre Ucrânia e Rússia, o fator fundamental para que um plano de paz possa prosperar é o posicionamento chinês. É essa a opinião de Bruno Hendler, professor de Relações Internacionais na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Além da proposta de um "clube da paz" apresentada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Indonésia apresentou sua visão para encerrar o conflito recentemente: um cessar-fogo seguido pela criação de uma zona desmilitarizada ao redor das fronteiras atuais

"A adesão da China a uma proposta de paz certamente ganharia a cara de uma proposta chinesa, mas a diferença é que ganharia um peso maior para a resolução do conflito", avalia o acadêmico. "Só um país do tamanho e do poder da China pode engrossar esse caldo".

Hendler acha que, por mais que a China não seja mais um país em desenvolvimento, uma vez que já subiu vários degraus na economia mundial, sua experiência histórica a aproxima do Sul Global, no sentido de ter sofrido nas mãos do imperialismo ocidental. Ele lembra que essa é uma guerra do Ocidente desenvolvido, do Atlântico Norte, contra a Rússia, e que 70% dos países do mundo não condenaram e não aplicaram sanções contra a Rússia. De modo que a China desponta como maior expoente desse grande bloco não alinhado.

O professor recorda ainda que, um mês antes de a guerra começar, China e Rússia deram uma exibição de unidade planejada, classificando como "sem limites" a parceria entre os dois países, numa reunião de cúpula que demonstrou o aprofundamento de sua relação bilateral. "Esse é um ponto bem importante pra ver como a China está neutra, condena a guerra, mas tem feito críticas duríssimas à política externa dos EUA, inclusive à violação de direitos humanos".

Existe atualmente um "antagonismo mais deliberado, uma China com Xi Jinping no terceiro mandato que se permite divergir dos EUA de maneira mais explícita", avalia Paulo Velasco, professor de Política Internacional da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). "Nada que indique um conflito, porque isso não interessa a nenhum dos lados, mas existe uma tensão maior".

:: Relações entre China e EUA estão em 'pior momento' da história, diz chanceler chinês ::

Velasco avalia que a Indonésia é um "ator de grande peso" no cenário internacional, por isso não surpreende que busque se colocar como potencial mediador. Segundo ele, inclusive, a Indonésia pulou à frente do Brasil na última reunião de cúpula do G7, no Japão, quando seu presidente, Joko Widodo, reuniu-se com o líder da Ucrânia, Volodimir Zelensky — diferentemente de Lula, que não conversou em particular com Zelensky. Outro ator de destaque no momento, segundo ele, é a Turquia, que ajudou a destravar a venda de grãos a partir dos portos ucranianos e tem um presidente recém reeleito, Recep Tayyip Erdogan, que quer ganhar visibilidade.

Sobre o plano de paz apresentado pela Indonésia no último fim de semana, o professor da UERJ diz que o fato de desagradar ao Ocidente não se deve à proposta de cessar-fogo, nem de criação de uma zona desmilitarizada nem à participação da ONU, porque esses procedimentos são "quase um padrão", e sim pela lógica dos referendos que teriam de ser realizados para decidir sobre os territórios de Donbass, no leste da Ucrânia. "Para a Ucrânia é inadmissível fazer referendos que possam comprometer a soberania sobre qualquer parte do território ucraniano", explica. "Um referendo poderia trazer um resultado incômodo para a Ucrânia. E tem também a Crimeia, que foi anexada pela Rússia em 2014 e a Ucrânia quer reaver o controle soberano".

Bruno Hendler lembra que, em negociações desse tipo, costuma-se dizer que uma proposta de mediação tem maior chance de sucesso quando os dois lados têm algo a perder. "Então, o fato de que só um dos lados está insatisfeito, a Ucrânia, passa a impressão de que a proposta não vai adiante". Independentemente do teor, o professor acha que a Ucrânia não vai levar proposta alguma a sério no momento porque está em vias de lançar uma contraofensiva. E esse movimento será importante para o país ter um poder de barganha maior na hora de, aí sim, negociar um acordo de paz.

Sobre o passo dado pela Indonésia ao propor o acordo de paz, Hendler acha que o país do leste asiático busca sua tradição na Conferência de Bandung, em 1955, quando a Indonésia, sediando o evento que buscava mapear o futuro de uma nova força política global, colocou-se como um dos protagonistas do movimento dos países não alinhados. Ele acha que o Brasil "tem tudo para capitalizar, ganhar capital político e diplomático, ao entrar nessa proposta da Indonésia". E que a Índia tem papel importante a desempenhar nesse contexto. Mas a participação da China seria essencial, como já foi dito.

Editado por: Thales Schmidt
Tags: brasilestados unidosguerrarússiaucrânia
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