Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

COMBUSTÍVEIS

Diesel passa de mais barato a mais caro do país em refinaria do RN privatizada por Bolsonaro

Planta de produção de combustíveis foi vendida pela Petrobras à 3R Petroleum, que contratou ex-presidente da estatal

14.jun.2023 às 17h55
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski

Refinaria Clara Camarão, no Rio Grande do Norte, foi vendida na gestão de Bolsonaro à 3R Petroleum - Divulgação/Petrobras

A Refinaria Clara Camarão, em Guamaré (RN), deixou de ser a fornecedora de combustíveis mais baratos do país e passou a ser a com preços mais altos horas depois de ter seu controle transferido à iniciativa privada, no último dia 7. A constatação foi feita em estudo elaborado pelo Observatório Social do Petróleo (OSP), divulgado na terça-feira (14).

A refinaria foi vendida para a empresa 3R Petroleum em janeiro de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O negócio foi fechado por 1,1 bilhão de dólares, cerca de R$ 5,5 bilhões. Envolveu não só a refinaria, mas também um conjunto de 20 concessões de campos de petróleo que compõem o chamado Polo Potiguar.

Boa parte da negociação entre a Petrobras e a 3R sobre o Polo Potiguar aconteceu enquanto a estatal era presidida pelo economista Roberto Castello Branco, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Em abril de 2022, Castello Branco foi contratado pela 3R Petroleum para presidir o conselho de administração da empresa, instância que toma as decisões mais importantes sobre os negócios da fornecedora, incluindo sua política de preços.

Leia mais: Empresa beneficiada por privatizações da Petrobras quer contratar ex-presidente da estatal

Baseada nessa política, a 3R aumentou o preço da gasolina vendida pela antiga refinaria estatal em 8,7%; o botijão de gás teve um reajuste de 5,1%; o diesel tipo S-500 subiu 18%. Os aumentos ocorreram 24 horas após a privatização. Ao todo, os preços de 24 produtos produzidos no local foram reajustados.

Até eles serem aplicados, de acordo com a OSP, a Refinaria Clara Camarão praticava preços menores do que o preço médio praticado pelas refinarias da Petrobras. Hoje, ela vende combustíveis acima dos valores cobrados pelas refinarias da estatal e o diesel mais caro do país, com uma diferença de preço que chega a 12%.

:: Governo Lula sinaliza com retomada do Polo Naval de Rio Grande ::

No caso da gasolina, a diferença é de 4% em relação ao preço médio das refinarias estatais. O gás de cozinha está 1% mais caro. Já o diesel tipo S-500, 5% mais alto.

"A refinaria começou a ser operada de forma privada na semana passada e, no primeiro dia, houve esses reajustes", descreveu Eric Gil Dantas, economista do OSP. "O que aconteceu ali é a mesma coisa que aconteceu na Bahia e no Amazonas: aumento de preços logo após a privatização, fazendo a população local pagar preços mais elevados."

Roteiro conhecido

Dantas citou Bahia e Amazonas porque lá, também durante o governo de Jair Bolsonaro, foram vendidas refinarias locais da Petrobras. A privatização da Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, foi concluída no final de 2021. A Refinaria Isaac Sabbá (Reman), de Manaus (AM), foi oficialmente transferida à iniciativa privada em dezembro de 2022.

Meses após a privatização, a Bahia passou a ter um dos combustíveis mais caros do país por conta de aumentos implementados pela nova gestão.

:: Refinaria privatizada aumenta preços mais do que Petrobras ::

Um mês após a venda, a Reman passou a vender o gás mais caro do Brasil.

Refinarias da Petrobras vendem um botijão de gás a distribuidoras por R$ 33,02, na média. A Refinaria Clara Camarão vende o gás a R$ 34,41. A Refinaria de Mataripe, antiga Rlam, cobra R$ 37,44 por botijão. A Ream, R$ 47 – 42% mais que a Petrobras.

Em relação à gasolina, a Refinaria de Mataripe vende o litro a R$ 2,76 – o preço é R$ 0,02 mais barato do que o da Petrobras. Na Clara Camarão, a gasolina custa R$ 2,91 e na Ream, R$ 2,95 – ou seja, acima do preço estatal.

:: Privatizada , Refinaria do AM vende o gás mais caro do país ::

O diesel tipo S-500 custa em Mataripe R$ 3 por litro, mesmo valor da Petrobras. A Ream vende a R$ 3,15; a Clara Camarão, a R$ 3,36.

"A estrutura de custos da Petrobras é muito mais eficiente porque é uma é uma empresa do poço ao posto. Da extração do petróleo até o refino tem uma margem muito grande. Com essa margem, há a possibilidade de cobrar preços menores", acrescentou Dantas. "Além disso, é uma empresa estatal, que tem outras pressões que não a da maximização do seu lucro. Pressão da população, dos seus objetivos sociais."

A 3R Petroleum informou em nota que "os preços dos produtos derivados produzidos pela companhia seguem parâmetros de mercado – tais como o dólar, o valor de referência internacional do petróleo, custos logísticos para recebimento de derivados na região Nordeste, entre outros".

Nesta quarta-feira, a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), esteve na 3R. Lá, pediu que a empresa mantenha preços justos em seus combustíveis. "Em que pese o respeito à autonomia da empresa e às suas decisões, eu não posso deixar de ressaltar a importância de se manter um preço justo dos combustíveis vendidos na refinaria Clara Camarão. Isso tem impacto direto na economia e na vida das pessoas", disse.

Privatização criticada

Rosangela Buzanelli, funcionária e integrante do conselho de administração da Petrobras, criticou a privatização da Refinaria Clara Camarão e de todo Polo Potiguar em artigo publicado em seu site pessoal.

Para ela, a privatização é lamentável pelo aumento dos preços e também por demissões relacionadas ao processo. Já houve 300 dispensas e mais 950 empregados receberam aviso prévio, escreveu ela, citando o Sindicato dos Petroleiros e Petroleiras do Rio Grande do Norte (Sindipetro-RN).

Buzanelli também disse que a nova gestão da Petrobras prometeu manter suas atividades no estado e buscar alternativas de realocação de petroleiros. "Mas, dependendo da realidade de cada trabalhador, as opções oferecidas poderão não atender às necessidades. A verdade é que com a privatização sempre haverá muita gente prejudicada", afirmou.

Por fim, ela lembrou que há um processo na Justiça sobre a privatização do Polo Potiguar justamente questionando eventual conflito de interesses nas decisões de Castello Branco sobre a venda. Ela ainda pediu que "os processos de privatização de ativos da estatal ocorridos entre 2016 e 2022 sejam analisados e avaliados pelo novo governo e seus agentes, evitando-se o risco de serem acusados de omissos pela história".

"O desmonte e a desverticalização da Petrobras promovidos nesses últimos sete anos são inquestionáveis, assim como as consequências lesivas para a empresa e o país", escreveu.

Editado por: Nicolau Soares
Tags: desmonte da petrobrasdireito à propriedade e à terradireitos sociais e econômicosfunção social da propriedadeplano de privatização
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Mudanças no iof

‘Não vemos problema em corrigir rota’, diz Haddad

FANFARRÃO

Trump mostra imagens do Congo para denunciar ‘genocidio’ de brancos na África do Sul

inovação

Niterói (RJ) recebe prêmio internacional por iniciativa digital de participação cidadã

GAÚCHO DO HIP HOP

Rafa Rafuagi recebe Ordem do Mérito Cultural por trajetória no hip-hop e criação de museu inédito no Brasil

Produções

Mostra Ayabá, no RJ, é ‘janela’ para filmes de mulheres em indústria dominada por homens, diz diretora

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.