Cooperação

Lula recebe o presidente da Argentina em Brasília

Fernández tem expectativa de receber apoio financeiro brasileiro ou do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics

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Presidente Lula em reunião com o Presidente da Argentina, Alberto Fernández, durante reunião em Buenos Aires - Foto: Ricardo Stuckert

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, recebe nesta segunda-feira (26/06) o mandatário da Argentina, Alberto Fernández, na capital brasileira. O encontro marca os 200 anos de relações diplomáticas entre os países.

A gestão de Fernández enfrenta uma grave crise econômica com altas taxas de inflação e escassez de reservas para pagar um empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Para melhorar o desempenho econômico, Fernández tem expectativa de receber apoio financeiro brasileiro ou do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), chefiado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Lula e Fernández se reunirão no Palácio do Planalto às 12h e posteriormente terão um almoço no Palácio Itamaraty. O líder argentino também deve ter encontros com autoridades do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na semana passada, durante evento na França, Lula criticou o FMI por ter emprestado US$ 44 bilhões ao governo argentino durante a Presidência de Mauricio Macri (2015-2019) e destacou a importância do banco do Brics.

O presidente brasileiro, junto com outros cinco líderes sul-americanos, assinaram uma carta na quinta-feira passada (22/06) endereçada a Joe Biden, mandatário dos Estados Unidos. O documento foi montado pelo governo argentino e ganhou apoio dos mandatários.

Além de Lula, assinaram: Andrés Manuel López Obrador (México), Gustavo Petro (Colômbia), Gabriel Boric (Chile), Luis Arce (Bolívia) e Mario Abdo Benítez (Paraguai).

A carta afirma que o excesso de endividamento da Argentina é causado por um "empréstimo excepcional" concedido pelo FMI a Macri, além de ressaltar o "trabalho" do governo argentino para honrar seus compromissos sobre a dívida, apesar dos efeitos da pandemia de covid-19, da guerra na Ucrânia e da pior estiagem econômica na história do país.

Fernández, agradeceu a seus colegas pelo apoio: "é mais um sinal da força que temos como região se trabalhamos juntos".

(*) Com Ansa.