Tragédia

Sobe para 11 o número de mortos em desabamento de prédio em Recife

Outras três pessoas, uma mulher e duas crianças, seguem desaparecidas.

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Desabamento em Recife ocorreu por volta das 6h45 desta sexta-feira (7) - Reprodução/Redes Sociais

Subiu para 11 o número de mortos em decorrência do desabamento de um prédio residencial, no bairro do Janga, em Paulista, na Grande Recife, na manhã desta sexta-feira (7). De acordo com Corpo de Bombeiros, quatro pessoas já foram resgatadas com vida dos escombros. 

As imagens de segurança de residências em frente ao Conjunto Beira Mar mostram que o desmoronamento se deu por volta das 6h35. Durante o trabalho dos bombeiros, foram encontradas mortas nos destroços quatro pessoas do sexo masculino (de 16, 18, 21, 45 anos), dois meninos de 8 e 12 anos, uma menina de 5 anos e duas mulheres, de 43 e 19 anos. Os dois últimos corpos que foram encontradas não tiveram as idades confirmadas. 

Foram encaminhados a hospitais três mulheres, sendo duas com 15 anos e uma com 65 anos, juntamente com um rapaz de 18 anos, todos eles resgatados com vida. Outras três pessoas, uma mulher e duas crianças, seguem desaparecidas. 

Em 2010, a Prefeitura de Recife já havia feito a interdição do local por risco de desabamento. O local, no entanto, foi ocupado por grupos sem-teto. No momento do desabamento, três famílias residiam no prédio. 

O prefeito de Paulista, Yves Ribeiro (MDB), destacou que os alertas de perigo de desmoronamento já haviam sido feitos há mais de 10 anos. Agora, a seguradora do espaço deve ser cobrada pelo ocorrido. 

“A gente sabe de outras cidades que tiveram prédios que caíram e pessoas perderam a vida. É preciso que isso sirva de alerta a essa seguradora para tomar as providências [adequadas] para que outras pessoas não faleçam e outras cidades não passem pelo que Paulista está vivendo agora”, disse em vídeo publicado em suas redes sociais.  

Em nota enviada à imprensa, a Prefeitura informou que a local concentra imóveis interditados, identificados como do tipo “caixão”. Esse modelo de edificação utilizam as próprias paredes como estrutura do prédio, sem o uso de vigas, por exemplo. Somente em Paulista, são cerca de 200 imóveis.  

O município ainda afirmou que tratou do assunto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante a inauguração do Instituto Federal de Pernambuco.  "Na ocasião, o prefeito Yves Ribeiro solicitou providências do Governo Federal, no sentido de encaminhar uma solução definitiva por parte da Caixa Econômica Federal e das seguradoras responsáveis pelos prédios. Foi proposta uma agenda com Lula para uma definição de solução para esse problema crônico", disse a prefeitura no comunicado. 

Edição: Thales Schmidt