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Início Internacional

Copa Feminina

Com histórico de invasão e guerra, EUA e Vietnã se enfrentam na Copa do Mundo

Para historiador da USP, memória do conflito deve ser mais viva para as atletas vietnamitas

21.jul.2023 às 10h28
São Paulo
Leandro Barbosa

Nguyen Thi Bich Thuy, do Vietnã, comemora após um gol durante a partida de futebol feminino entre Vietnã e Filipinas no 32º Jogos do Sudeste Asiático (SEA Games) - NHAC NGUYEN / AFP

Nesta sexta-feira (21), o Vietnã enfrenta os EUA na Copa do Mundo Feminina da FIFA. O jogo, que será transmitido às 22h, trará consigo a lembrança de uma guerra vencida pelos vietnamitas após um conflito que deixou milhões de mortos. A Guerra do Vietnã foi um dos conflitos mais sangrentos e quentes da chamada Guerra Fria.

De um lado, as estadunidenses entram em campo como uma das seleções favoritas e buscando seu quinto título na competição. Do outro, a seleção vietnamita encara sua primeira Copa e pisa no campo vislumbrando um sonho que se torna realidade. Se um comparativo é possível entre a história que se fez e a que está sendo escrita, é que em ambos os momentos os países se enfrentaram com uma imensa disparidade entre si. 

“Nessa disputa, entre essas duas seleções com contextos tão díspares, o que a gente pode pensar é que o futebol é um esporte em que é possível que ocorram as chamadas zebras. Em que equipes bem preparadas, mais desenvolvidas, às vezes, perdem de equipes com menos experiência”, afirma Ruth Santana, jogadora de várzea e pesquisadora de futebol de mulheres. 

Santana lembra que as vietnamitas entram em campo representando a realidade de muitas outras mulheres que jogam futebol: falta de investimento. Uma seleção que começou a encontrar seu lugar ao sol no final da década de 1990, mas que as atletas ainda enfrentam realidades já vistas no Brasil, como a dupla jornada de trabalho.

“A falta de profissionalização das atletas acaba levando elas à jornadas duplas de trabalho, onde exercem outra atividade para além do futebol”, explica Ruth. “Essa falta de apoio das confederações, como, por exemplo, não ter acesso a material e espaço de treino, academia, equipe de nutricionista, fisioterapeuta, enfim, coisas que o esporte de alto rendimento exige, nos lembra do que a seleção brasileira já viveu e o que tantas outras profissionais ainda vivem”, afirma. 

Primeira vez na Copa

As mulheres conquistaram o feito de fazer o futebol de seu país ser representado, pela primeira vez, na maior competição da modalidade no mundo.  E a expectativa, ao menos para o padre vietnamita, Tran Dinh Khac, assessor eclesial da pastoral do Migrante Diocese Santa Cruz de Corumbá (MS), é de ver o "time vencer essa luta".

Khac, de 34 anos, conta que o futebol tem se popularizado cada vez no Vietnã, embora “não seja como no Brasil”, afirma. Para ele, o jogo é simbólico pela lembrança. “Os dois times em campo trazem à memória, principalmente dos mais velhos, da guerra. Nem tanto pela vitória, mas pelo sofrimento que ela causou”. Contudo, afirma o padre, as mulheres em campo trarão alegria ao povo vietnamita.

Para o historiador e professor da Universidade de São Paulo (USP) Flávio de Campos, a guerra deve ser uma lembrança mais forte para as vietnamitas do que para as atletas dos EUA.

“Parece que as atletas do Vietnã, pela própria história do país, talvez tenham um estímulo, referências históricas e culturais sobre o que transcorreu nesse conflito de tantos anos. E não imagino que as americanas acessem as informações sobre este conflito, sobre como tudo ocorreu de fato, durante a sua formação”, defende o professor.

Para Campos, o repertório sobre o conflito pode ser simplificado, no sentido de “eram os Estados Unidos brigando contra o comunismo”, diz. “E aí o comunismo passa ser a chave mágica para explicar todos os os adversários dos Estados Unidos”, afirma Campos.

Avanços

Neste ano, a Fifa aumentou o número de seleções na Copa feminina de 24 para 32, e igualou o número de participantes ao campeonato masculino. Oito países jogarão pela primeira no evento mundial, são eles: Panamá, Haiti, Portugal, Marrocos, Filipinas, Irlanda, Vietnã e Zâmbia. 

Para o jornalista e criador do podcast Copa Além da Copa, Aurélio Araújo, a alteração representa avanços.

“A participação do Vietnã nessa Copa do Mundo pode ser um um jeito de chamar atenção para a causa do futebol no Vietnã. Acredito que pode ser uma forma de atrair patrocinadores. De falarem: ‘olha, a gente precisa de investimento na nossa formação de jogadores. Nós precisamos trazer técnicos estrangeiros’. Tenho várias críticas à Fifa, mas, neste caso, acredito que a organização acertou”, afirma Araújo

A pesquisadora Ruth Santana também vê as ações como passos importantes para o futebol feminino. Para ela, estes avanços não vêm de hoje e fazem parte da luta das mulheres por igualdade no campo e pela democratização do esporte. Situação, explica, que torna possível o interesse de mais 75 mil pessoas no futebol feminino – número de torcedores presentes no jogo entre Austrália e Irlanda. 

“Ter a participação de mais seleções é dar visibilidade para as atletas que serão vistas mundialmente. É dar oportunidade de investimentos e patrocínios”, afirma a jogadora.

Editado por: Thales Schmidt
Tags: copa do mundoCopa do Mundo Feminina
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