Guerra

Paranaense é o quarto voluntário brasileiro a morrer lutando pela Ucrânia

Estudante de 25 anos já havia se engajado em trabalhos sociais na África

São Paulo |
Soldados ucranianos disparam projétil em direção a posições russas nos arredores de Bakhmut, leste da Ucrânia, em 30 de dezembro de 2022. - Sameer Al-Doumy/AFP

O brasileiro Antônio Hashitani, de 25 anos, morreu combatendo como voluntário na guerra da Ucrânia. A informação foi confirmada pelo Itamaraty na última segunda-feira (7). 

Hashitani era estudante de medicina da Pontifícia Universidade Católica (PUC-PR) e se voluntariou para lutar ao lado das tropas ucranianas contra a Rússia pelo grupo paramilitar Legião Internacional, criado pela Ucrânia para angariar voluntários estrangeiros a lutar pelo país. 

Anteriormente, ele havia viajado para a África para atuar em projetos humanitários no Malauí e na Tanzânia. Familiares contam que ele sonhava em construir uma escola em comunidade na região.


Foto de arquivo de Antônio Hashitani foi compartilhada por amigos do jovem brasileiros nas redes sociais / Reprodução Facebook

O jovem brasileiro morreu enquanto combatia na cidade ucraniana de Bakhmut, um dos epicentros do conflito. Estimativas dão conta de que 30 a 40 brasileiros se alistaram para lutar na guerra ao lado da Ucrânia. 

No total, o número de mortes entre brasileiros voluntários na guerra chega a quatro. Além de Antônio Hashitani, Thalita do Valle, Douglas Búrigo e André Hack foram os brasileiros que faleceram em combate. 

O Ministério das Relações Exteriores afirmou que está em contato com os familiares de Antônio Hashitani para prestar assistência. O translado do corpo e o atestado de óbito será providenciado pela embaixada brasileira em Kiev.

Thalita atuava como atiradora de elite e anteriormente compunha as fileiras de forças curdas que lutaram contra o Estado Islâmico no Iraque e na Síria. Ela morreu na Ucrânia no mesmo batalhão de Douglas Búrigo, durante bombardeio com mísseis na cidade de Kharkiv em julho de 2022. Já André Hack, de 44 anos, também participava da Legião Internacional de voluntários estrangeiros e foi morto em junho de 2022.  

Edição: Rodrigo Durão Coelho