abraço de pressão

Professores e estudantes cobram qualidade na educação em ato no MEC, em Brasília

Manifestação aconteceu nesta quarta (09) em Brasília

Brasil de Fato | Brasília (DF)  |
Manifestantes promovem 'abraço de pressão' no prédio do MEC - Brasil de Fato DF

Professores, estudantes e militantes da causa pela educação de todo o país participaram nesta quarta-feira (9) de um grande ato em favor da educação pública em frente ao prédio do Ministério da Educação (MEC), em Brasília. Dentre as diversas reivindicações, os manifestantes entoaram frases a favor da desmilitarização das escolas e pela revogação do Novo Ensino Médio. O ato contou ainda com um "abraço de pressão" ao prédio do MEC.

O ato foi chamado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e contou com a participação dos representantes da UNE (União Nacional do Estudantes), UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas),  ANPG (Associação Nacional de Pós-Graduandos) e CUT (Central Única dos Trabalhadores).

"Esse abraço de pressão é um ato importante, sobretudo para a revogação do Novo Ensino Médio, que só trouxe prejuízos para a educação pública", afirmou o presidente da CNTE, Heleno Araújo, durante o ato. 


Dirigentes da ANPG, UBES, CNTE e UNE em frente ao MEC / Brasil de Fato dF

"Esse ato é importante nessa nossa luta pela renovação do novo ensino médio, pois entendemos que a escola precisa fazer sentido e ser condizente com a situação de desigualdade que hoje temos no Brasil", afirmou Jade Beatriz, presidente da UBES. "E a escola pública precisa cumprir o papel de combater essas desigualdades sociais e garantir que a gente acesso à educação de qualidade e acesso ao ensino superior. E o Novo Ensino Médio impede que isso aconteça na prática, pela falta das matérias de base".

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Ao falar especificamente sobre as dificuldades criadas para os alunos de escolas públicas pelo Novo Ensino Médio, a presidente da UNE, Manuella Mirella, destacou a necessidade de se revogar e pensar em melhorias. "Precisa reformar e também precisamos fazer uma discussão sobre qual ensino médio a gente quer, com uma reforma na estrutura que existe hoje como forma de garantir que o mais pobre consiga entrar na universidade e conseguir a democratização de uma educação pública de qualidade", defendeu. 

Os dirigentes da CNTE, UNE, UBES e ANPG e outros membros do Fórum Popular de Educação também foram recebidos no Ministério da Educação, onde entregaram uma pauta de reivindicações para a educação pública. De acordo com o presidente do CNTE, a pauta inclui a revogação do Novo Ensino Médio e o respeito ao Piso Salarial dos professores que vem sendo descumprido por muitos estados e municípios brasileiros. 

A agenda pela educação pública em Brasília contou ainda com uma manifestação no estacionamento do Anexo II da Câmara dos Deputados para pressionar o legislativo sobre as reivindicações. O ato ocorreu antes da comemoração do Dia Nacional do Estudante, 11 de agosto. Nesta data UNE, UBES e ANPG farão atos em todo o Brasil, defendendo sobretudo a revogação do Novo Ensino Médio. Em Brasília, o ato será em frente ao Museu Nacional.

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Distrito Federal

O ato desta quarta-feira na frente do MEC contou com a participação de muitos professores do Distrito Federal, que se uniram ao movimento nacional. "A revogação do Novo Ensino Médio, o respeito ao Piso Nacional da Educação e a desmilitarização das escolas são pautas que unem educadores e estudantes de escolas públicas de todo país", justificou Luciana Custódio, diretora do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro). 

O presidente da Comissão de Educação da Câmara Legislativo do DF, deputado Gabriel Magno (PT), também esteve presente e destacou a importância de se discutir a desmilitarização das escolas no âmbito do Distrito Federal. "É lamentável essa postura do [governador] Ibaneis de manter com as escolas militarizadas, mesmo após o aceno importante do MEC, de desmobilizar a estrutura no governo federal dessas escolas, pois não há nada que comprovam que são melhores. É apenas ideológico", afirmou Magno.

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Fonte: BdF Distrito Federal

Edição: Flávia Quirino