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Após 130 dias, CPI do MST acaba sem relatório final

Lira não prorroga comissão e frustra presidente e relator da comissão

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Ricardo Salles [à esquerda] e Zucco [à direita] estiveram entre os principais articuladores da criação da CPI - Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A edição do Diário Oficial desta quarta-feira (27) marcou o fim da CPI do MST na Câmara dos Deputados. Presidente e relator da comissão, os deputados federais Zucco (Republicanos-RS) e Ricardo Salles (PL-SP), respectivamente, aguardavam a publicação de um ato do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), prorrogando os trabalhos do grupo.

O pedido de prorrogação foi protocolado na presidência da Casa na última quinta-feira (21) por Salles. Lira, que já havia adiado o fim da comissão em 10 dias –  a previsão inicial era de encerramento no dia 14 de setembro – não acatou o pedido do relator da CPI.

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Com o fim determinado, a CPI do MST ficou sem um relatório final votado e aprovado pelos deputados e frustra Salles e Zucco, que contavam com o espaço para criminalizar o movimento.

Nos bastidores, parlamentares de oposição e governistas ainda agem com cautela. Uma edição extra do Diário Oficial pode determinar mais um adiamento da CPI. Zucco e Salles convocaram uma coletiva de imprensa para a tarde desta quinta-feira.

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Na outra ponta, o MST também convocou uma coletiva de imprensa para falar sobre o fim desta CPI, que é a quinta comissão instalada para investigar o movimento, desde 2004.

Edição: Thalita Pires