Multipolaridade

‘Peso do Brasil no cenário global deve crescer’, diz Putin em evento de think tank russo

Mandatário foi principal convidado da 20ª edição da sessão plenária do Clube Valdai sobre 'multipolaridade justa'

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O presidente da Rússia, Vladimir Putin, faz um pronunciamento em 24 de junho de 2023 em meio à rebelião dos combatentes do Wagner - Gavriil Grigorov / Sputnik / AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, realizou o principal discurso na cerimônia de abertura da 20ª edição da sessão plenária do Clube de Discussão Valdai, o principal think tank do país euroasiático.

O evento foi inaugurado nesta quinta-feira (5) e tem como tema principal a “multipolaridade justa: como garantir segurança e desenvolvimento de todos”.

Em um dos trechos mais destacáveis do seu discurso, Putin disse respeitar a diversidade e a soberania de todos os países, ressaltando a importância da América Latina, e sobretudo do Brasil, no fortalecimento do Sul Global.

“O Brasil, dentro da América Latina, se destaca porque tem uma população enorme. O crescimento da sua influência tende a ser colossal”, analisou Putin.

O líder russo também defendeu um aumento da participação da África do Sul no cenário global: “como não levar em conta sua influência no mundo?”.

Em seguida, se referiu a Brasil e África do Sul, para dizer que “seu peso na tomada de decisões deve aumentar, mas é claro que isso deve ser feito de tal forma que se chegue a um consenso sobre as mudanças, que não destrua o regime legal existente”.

“É um processo complexo, mas na minha opinião é nessa direção e nesse caminho que precisamos seguir”, completou Putin.

Em outros momentos do discurso, o mandatário russo afirmou que “os problemas globais da humanidade exigem soluções coletivas, e o egoísmo e a presunção só levarão a um beco sem saída”, que “os Estados Unidos e os seus aliados enfrentam uma crise da hegemonia militar, política, econômica, cultural e até moral”. Putin disse também que “a crise ucraniana não é um conflito territorial: "a Rússia é o maior país no mundo e não tem interesse em reivindicar nenhum território adicional”.

Com informações de Sputnik News.