Um terremoto de magnitude 6,3 na escala Richter causou destruição e mortes no Afeganistão neste sábado (7). Segundo as autoridades locais, já foram registradas mais de 2 mil mortes e 9,2 mil pessoas ficaram feridas.
O tremor foi registrado a cerca de 40 quilômetros a noroeste de Herat, capital da província de mesmo nome, que é a terceira maior do país. O cismo chegou também às províncias vizinhas de Badghis e Farah. Pelo menos seis aldeias foram destruídas e mais de 1,3 mil casas foram derrubadas.
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O primeiro terremoto foi seguido por outros de menor magnitude, mas que também causaram estragos. Embora não seja considerada de grau alto, a força registrada no fenômeno pode levar a consequências dramáticas para construções mais precárias.
Operações de resgate em todo o país estão em andamento, inclusive com ajuda da própria população. Neste domingo (8), imagens registraram pessoas tentando cavar a terra com as próprias mãos. Algumas chegaram a ficar presas em escombros de edifícios que ainda desabavam horas depois do terremoto.
O porta voz do Talibã, Suhail Shaheen, disse à rede de notícias árabe Al Jazeera, que há necessidade urgente de tendas, itens médicos e alimentares nas áreas atingidas. A agência publicou depoimentos de trabalhadores locais que relatam falta de equipamentos apropriados para as buscas.
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Um voluntário que não quis se identificar lamentou a situação, “A tragédia é muito grande, não podemos defini-la para vocês em palavras simples. As pessoas ainda estão presas nos escombros, estão vivas, mas não conseguimos alcançá-las.”
Entidades internacionais, como a Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS), enviaram cerca de treze ambulâncias às regiões atingidas. Os Médicos Sem Fronteiras montaram tendas médicas em Herat e já atenderam centenas de pessoas.
As consequências já superam o estrago registrado em um terremoto que atingiu o leste do Afeganistão em 2022. Na ocasião, pelo menos mil pessoas morreram e cerca de 1,5 mil ficaram feridas. O desastre era considerado, até agora, o mais mortal já registrado no país.
Edição: José Eduardo Bernardes
