CENTRAL DO BRASIL

Morador de Ramallah vive apreensão com incursão do exército israelense na Cisjordânia

'É muito grande e a preocupação com os ataques dos colonos israelenses e do exército', disse Rafael Oliveira

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |

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Membros do Exército de Israel na região da Cisjordânia, que pertence aos palestinos - AFP

O conflito entre Israel e o Hamas entrou nesta sexta (13) no sétimo dia, com mais de 2.800 vítimas fatais: 1.300 do lado israelense, e quase 1.800 do lado palestino. Segundo o Hamas, 13 reféns foram mortos pelos ataques aéreos de Israel. A faixa de Gaza continua bloqueada, e a população está sem acesso a energia elétrica, combustível, água e comida. 

O programa alimentar mundial da ONU alertou que as reservas de alimento estão acabando em Gaza e a organização de direitos humanos Human Rights Watch alega que Israel fez uso de armas de fósforo branco nos ataques à Gaza e a áreas rurais na fronteira do Líbano.

De acordo com uma convenção internacional, o fósforo branco é considerado uma arma incendiária que pode ser usado em campo de batalha em certas condições, mas o uso é proibido no caso de ataques contra alvos militares que estão no meio de civis. O exército de Israel afirmou que não tem conhecimento de que este tipo de armamento está sendo usado. 

Para falar sobre os conflios no Oriente Médio, o programa Central do Brasil desta sexta-feira (13) conversou com Raffael Oliveira que mora em Ramallah, capital da Cisjordânia, é pós-doutorando, doutor em antropologia e professor no conservatório Al Kamadjati. 

Segundo ele, há uma intensificação do controle militar Israelense na Cisjordânia dificultando a mobilidade entre cidades. Também grupos de colonos israelenses têm atuado em ataques contra a população palestina basicamente todos os dias.

“A gente tem escutado também falar da incursão dos exércitos israelenses na Cisjordânia, em função de uma tentativa de suprimir qualquer tipo de relevante que possa eventualmente acontecer a partir desse espaço, é muito grande e a preocupação com os ataques dos colonos e do exército.”

Para além dos conflitos, ele afirma que a Palestina é um espaço bastante rico e de convivência harmoniosa. “É um espaço de uma expressão artística fenomenal. É um lugar como qualquer outro, com suas características locais, com suas expressões de religiosidade, com as pessoas se relacionando, com as suas contradições, com os seus conservadorismos e com as parcelas de populações progressistas.”

Assista agora ao programa completo:


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