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Seis dias após vendaval, 14 mil imóveis seguem sem luz em São Paulo

Enel descumpre própria previsão de reestabelecer fornecimento para todas residências da capital até terça (7)

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Pelo menos 300 árvores caíram por conta do vendaval que atingiu a capital paulista na sexta-feira (3) - Reprodução/X

Moradores da região metropolitana de São Paulo (SP) ainda relatam falta de energia, seis dias após o vendaval que atingiu a capital paulista, na sexta-feira (3). Segundo a própria Enel, companhia responsável pela distribuição de energia na região, são 14 mil casas sem luz.

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O número foi apresentado pelo próprio presidente da Enel, Max Lins, em entrevista à Rede Globo. Segundo Lins, ainda nesta quarta (8) tudo estará restabelecido. Este é o segundo prazo que a Enel promete. Anteriormente, a empresa havia dito que na terça-feira a situação estaria normalizada.

Na noite de terça-feira (7), moradores realizaram uma manifestação na Avenida Giovanni Gronchi, no Jardim Colombo, na zona Sul de São Paulo. O grupo ateou fogo em objetos e realizou o bloqueio da via. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) um policial militar foi ferido por uma bala.

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Também na terça, o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) protestaram dentro do prédio da Enel, no bairro do Morumbi, na capital paulista. Os manifestantes reivindicam a restauração imediata da energia elétrica.

Para sindicalista Ikaro Chaves, engenheiro eletricista e ex-empregado da Eletrobras “evidentemente o sistema elétrico não estava preparado, seja do ponto de vista preventivo, ou seja para evitar que esses eventos climáticos levassem a interrupções dessa montante seja do ponto de vista da recuperação do sistema, que efetivamente não é normal que nenhuma unidade consumidora fique por cinco dias sem energia elétrica”, afirmou em entrevista ao programa Bem Viver desta quarta-feira (8).

A energia em São Paulo foi privatizada pelo governador Mario Covas, no final da década de 1990. Em 2018, a Enel comprou ações da Eletropaulo e assumiu completamente a responsabilidade pela distribuição de energia. 

Desde então, a empresa demitiu 36% de seus funcionários. Em 2019, eram 23.835 funcionários, entre próprios e terceirizados que vinham da antiga Eletropaulo. Em 30 de setembro de 2023, atuavam 15.366 colaboradores. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e foram divulgados primeiramente pela CNN Brasil.

Ikaro Chaves é objetivo ao afirmar que ações preventivas de podas de árvores, por exemplo, é uma atribuição da distribuidora.

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“A responsabilidade por prevenir que isso tivesse acontecido, seja implantando redes subterrâneas, que é um investimento mais alto, seja cuidando da poda das árvores, a responsabilidade é da distribuidora. Então, a distribuidora deveria ter feito, aliás, isso é feito corriqueiramente”.

Chaves pondera que não devemos analisar apenas a situação da Enel. Para ele, “esse não é um problema de São Paulo, é um problema do Brasil. A repercussão toda que existe agora é porque é em São Paulo”.

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“O que há é uma degradação no sistema elétrico brasileiro.  E essa degradação está relacionada com um processo que vem desde os anos 1990, mas que vem se acelerando nos últimos anos, com um processo de privatização, de mercantilização e de fragmentação do setor elétrico”.

Em nota, a Enel afirmou que "devido à complexidade do trabalho para reconstrução da rede atingida por queda de árvores de grande porte e galhos, a recuperação ocorre de forma gradual". A empresa disse, ainda, que "em atuação conjunta com Corpo de Bombeiros, Prefeitura e outras autoridades, a companhia tem priorizado os casos mais críticos, como serviços essenciais e a conexão das escolas onde seriam aplicadas as provas do Enem".


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Edição: Vivian Virissimo