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Educação

Governo do PR fecha escolas EJA, do Campo e dificulta acesso à educação

Desde 2019, foram encerradas oferta EJA Médio e Fundamental em 81 locais; em 2024, mais escolas devem ser fechadas

07.dez.2023 às 17h21
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas

Política educacional do governo Ratinho Júnior dificulta acesso ao ensino por adultos e jovens do campo - ASCOM/APP Sindicato

O Governador Ratinho Júnior (PSD) tem adotado uma política de fechamento de Escolas do Campo e de Educação de Jovens e Adultos (EJA). São estas unidades de ensino que recebem, principalmente, alunos trabalhadores ou mesmo crianças e adolescentes que não têm acesso às escolas das cidades.

Segundo levantamento da o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP Sindicato), que representa os professores da rede pública, desde 2019, acabou oferta de EJA Ensino Médio em 27 escolas. Na EJA Ensino Fundamental, o corte foi o dobro, sendo encerrado em 54 locais. Para o próximo ano, há mais escolas a serem fechadas.

:: Professores denunciam boicote a turmas do EJA em escola da Zona Leste de Porto Alegre ::

Já na educação do campo, a Articulação Paranaense por uma Educação do Campo, das Águas e das Florestas (APEC) aponta que pelo menos 14 escolas de comunidades rurais em todo o estado correm risco de fechar.

Sem diálogo

Josiane Saravel, 44 anos, é aluna do CEEBJA Professora Maria do Carmo Bocati, em Cambé, uma das escolas a serem fechadas no final deste ano. Prestes a terminar o ensino fundamental, ela conta que foi surpreendida com a notícia. O sonho de terminar os estudos, agora, ficou mais longe.

“Nestas escolas temos professores mais qualificados, salas que atendem às nossas necessidades. Tudo isso estava me animando muito, porque meu sonho é terminar os estudos para conseguir melhor colocação no trabalho. Mas agora ficou na vontade, vai ficando mais difícil", disse.

Josiane, assim como outros estudantes, tem se mobilizado contra o fechamento. Em novembro, ela fez uma fala na Câmara Municipal de Cambé pedindo ajuda aos vereadores.


Josiane, assim como outros estudantes, tem se mobilizado contra o fechamento / Arquivo pessoal

Já para Neci Dias de Almeida, mãe do Erick Douglas, que cursa o ensino médio em uma das escolas de EJA que serão fechadas, a tristeza é maior ainda porque o filho tem necessidades especiais e conseguiu se adaptar somente nesta modalidade de ensino.

“Eu tenho filho que é especial, já entrou em várias outras escolas e não se deu bem porque sofria agressão de alunos que são mais novos. O único lugar que ele se adaptou foi no EJA. Ele ia terminar os estudos no ano que vem. Mas se fechar não vai mais conseguir. Então, a gente se sente sem valor porque o Ratinho Júnior tinha que pensar nos outros, gastam milhões por aí e o que custa manter o Ceebja?", questionou. 

Leia também: Governo do Paraná descumpre recomendação do MP e segue com prática antissindical na consulta das escolas cívico militares

O que mais revolta a mãe de Erick é que nenhum representante do governo dialogou com a comunidade escolar. “Eu acho que o Ratinho tinha que pôr a mão na consciência e ver que ele foi eleito por nós, ele tinha que ouvir as pessoas para depois falar vamos fechar, entendeu?", disse. 

Estudo dificultado para filhos de agricultores

A mesma falta de diálogo por parte do governo com a comunidade escolar e também o sentimento de desesperança é apontado por alunos das Escolas do Campo ameaçadas de fechamento pela gestão Ratinho Jr.

Estudante de uma escola do campo de Cascavel, que não quis ser identificada, diz que está sem saber o que fazer sobre seu futuro. “Apenas recebemos um aviso e aí a gente que se vire. Não tem como se deslocar para tão longe. O que fica de impressão é que o nosso destino, aqui onde moramos e já ajudamos em casa, é não estudar”, lamentou.

Para Edna Rinaldi Brito, que é mãe de aluno e presidente da Associação de Pais e Mestres do Colégio Estadual do Campo Madre Cândida, em Arapuã, o processo tem sido antidemocrático e, por isso, a comunidade tem se mobilizado contra o fechamento.

“Para vocês terem uma ideia, fui receber a notícia do fechamento em uma reunião do Conselho Escolar que eu posso participar. E foi sem nenhuma consulta à comunidade”, contou.

Para Edna, fechar escolas do Campo é tirar as oportunidades de estudo para crianças e jovens: “Para toda a comunidade ficará muito difícil se fechar o colégio, porque o ensino médio fica na sede do município a 20 km. Temos aqui muitos filhos de agricultores que têm de tirar leite antes de ir para escola. Assim, o que acontece é a desvalorização de todo o nosso contexto.”


Colégio Estadual do Campo Madre Cândida, em Arapuã / Divulgação

Otimizar recursos

A APP e a APEC se reuniram, na segunda-feira (4), com representantes da Secretaria da Educação do Paraná (Seed) para reivindicar a manutenção das atividades das escolas do campo ameaçadas de fechamento. A justificativa dada pelo governo foi que a ação tem como objetivo otimizar recursos para atender regiões onde houve aumento populacional.

A secretária Educacional da APP-Sindicato, Vanda Santana, no entanto, defendeu a mudança desse método, que se limita aos números e não respeita as particularidades e necessidades da educação do campo.

“A sala de aula do campo e a sala de aula urbana são totalmente diferentes, não tem como comparar. Nosso pleito aqui é que, além da otimização de recursos, a Seed considere outros elementos específicos dos estudantes e das comunidades do campo”, disse.

Sobre o fechamento de escolas EJA, em nota ao Brasil de Fato Paraná, a Seed informou: “as definições sobre as possíveis realocações dos estudantes de EJA estão em fase de discussão e planejamento escolar para 2024. A secretaria ressalta que as mudanças envolvem casos onde as aulas são ministradas à noite, com compartilhamento de prédios com escolas municipais, podendo ser ofertadas em colégios estaduais próximos. A decisão de realocação considera critérios como frequência escolar, taxa de evasão, taxa de desistência, área de abrangência, deslocamento dos estudantes e a disponibilidade de transporte público na região da escola.”

Editado por: Lia Bianchini
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