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Senado aprova indicação de Flávio Dino para o Supremo Tribunal Federal

Dino recebeu 47 votos favoráveis em votação no plenário

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |

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Plenário do Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (13), a indicação de Flávio Dino para o STF - Lula Marques / Agência Brasil

O plenário do Senado aprovou a indicação de Flávio Dino para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quarta-feira (13). Ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, Dino foi indicado para vaga da ex-ministra Rosa Weber. Foram 47 votos favoráveis, 31 votos contrários e duas abstenções. 

No mesmo dia, Dino passou por uma sabatina de quase 11 horas na Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), onde somou o voto favorável de 17 dos 27 integrantes do colegiado.

Na mesma sessão, também foi sabatinado o subprocurador da República Paulo Gonet, indicado para a Procuradoria-Geral da República (PGR). Gonet obteve 23 votos favoráveis, quatro contrários e nenhuma abstenção, e teve seu nome confirmado pelo plenário do Senado por 65 votos a 11.

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Sabatina

Em uma sessão marcada por um modelo inédito, com sabatinas simultâneas de um indicado ao STF e à PGR, o governo federal mobilizou esforços, com ministros reassumindo mandato na Casa para participar da votação e garantir a aprovação de Dino. 

Na sabatina, Dino adotou um tom mais ameno e evitou cair em provocações e criar embates com parlamentares, como ocorreu em suas outras participações em comissões no Congresso.

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Perfil

Flávio Dino foi juiz federal entre 1994 e 2006 e deixou a carreira para ingressar na política. Em 2007 se elegeu deputado federal pelo PC do B e desde então já foi senador e governador do Maranhão por dois mandatos consecutivos antes de ir para o Ministério da Justiça em janeiro deste ano. 

Dino se notabilizou pelo perfil combativo e pela alta exposição, com postagens nas redes sociais e falas muitas vezes duras e até irônicas contra políticos opositores, o que causou uma rejeição maior ao seu nome por parte de alguns parlamentares.

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Edição: Vivian Virissimo