Ataque a civis

Bombardeios ucranianos em Donetsk deixam 27 civis mortos; Rússia acusa Kiev de 'terrorismo'

Kremlin afirma que ataque contra região anexada foi um 'ato terrorista bárbaro contra a população civil da Rússia'

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Ucrânia dispara contra posições russas, na região de Donetsk, em 20 de janeiro de 2024 - Roman Pilipey/AFP

A região de Donetsk, que fica no leste da Ucrânia e foi anexada pela Rússia em 2022, foi alvo de intensos bombardeios no último domingo (21). Os ataques atingiram um mercado local, deixando 27 pessoas mortas e 25 feridos. 

Este mercado está localizado na periferia sudoeste de Donetsk, a cerca de dez quilômetros da linha de frente do conflito entre as forças russas e ucranianas.

As autoridades de Donetsk, nomeadas por Moscou, acusaram o exército ucraniano de lançar um ataque de artilharia no mercado da cidade. Os militares ucranianos negaram as acusações, afirmando que "não realizaram trabalhos de combate com armas destrutivas".  

As autoridades da autoproclamada República Popular de Donetsk anunciaram um dia de luto nesta segunda-feira (22) pelas vítimas do ataque. "Amanhã, 22 de janeiro, é declarado um dia de luto na República Popular de Donetsk pelas vítimas do bárbaro ato de agressão contra a população civil da região por parte do regime de Kiev", declarou na véspera o chefe de Donetsk, Denis Pushilin.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, classificou o ataque como "um ato terrorista bárbaro contra a população civil da Rússia". O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, também se pronunciou nesta segunda-feira (22), afirmando que Moscou condena veementemente os ataques de Kiev a Donetsk.

"O regime de Kiev continua a mostrar a sua face bestial, no sentido de que ataca infraestruturas civis. Ataca pessoas, a população civil. O ataque que aconteceu no dia anterior em centros comerciais em Donetsk é um ato monstruoso de terrorismo, porque são usadas armas indiscriminadas, o que resultou na morte de tantas pessoas", disse Peskov. 

Segundo o porta-voz, o Ministério da Defesa, os sistemas de defesa aérea e outros departamentos relevantes "estão tomando as medidas necessárias para proteger contra este tipo de ataques terroristas".

A Rússia solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU em 22 de janeiro para discutir o ataque das Forças Armadas Ucranianas a Donetsk. 

Edição: Lucas Estanislau