Democracia

Lula e Barroso retiram últimas grades que foram colocadas em torno do STF após o 8 de janeiro

Ato simbólico ocorreu após a abertura do ano judiciário, nesta quinta (1º)

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Lula e Barroso durante a retirada das grades em torno do STF - Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Superior Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, retiraram simbolicamente as grades de proteção da Praça dos Três Poderes, na tarde desta quinta-feira (1º).

As grades estavam ao redor do prédio do STF desde os atos golpistas que culminaram na invasão e depredação dos prédios dos Três Poderes, em 8 de janeiro do ano passado. "Há um ano, ainda eram visíveis nessa casa as marcas da destruição deixadas pelos atos golpistas. Hoje, celebramos a harmonia entre as instituições e o respeito à democracia", disse Lula na ocasião.

A retirada ocorre no mesmo dia da abertura do ano judiciário. Além de Lula e Barroso, o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também participou da cerimônia.

Em seu perfil no X, antigo Twitter, Lula afirmou que "a democracia não é um pacto de silêncio. É a sociedade em movimento, em permanente busca por novos avanços e conquistas. Ela nunca estará pronta. Deve ser construída a cada dia".

"A democracia precisa ser defendida dos extremistas que tentam fazer dela um atalho para chegar ao poder, corroê-la por dentro, e sobre suas ruínas erguer as bases de um regime autoritário. Um Estado policial, com vigilância permanente sobre os cidadãos. Não permitiremos. Com equilíbrio, independência e união de todas as instituições. É assim que renascem, crescem e se fortalecem as democracias."

Antes, o presidente também escreveu sobre o equilíbrio entre os Poderes Executivos, Legislativo e Judiciário. "A relação entre os Três Poderes deve ser pautada pelo equilíbrio. O sistema de freios e contrapesos foi criado para que nenhum Poder se sobreponha ao outro. Nosso futuro será tanto melhor quanto mais baseado na cooperação entre instituições comprometidas com a paz, o crescimento econômico e a redução de todas as formas de desigualdade", disse.

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Edição: Nicolau Soares