Encontrado em hotel

Oficial queniano enviado para negociar ajuda ao Haiti morre nos EUA

Quênia fechou acordo para envio de tropas para combater a crime no país caribenho

Brasil de Fato | Curitiba (PR) |
Policial haitiano aponta a arma para manifestantes que pedem a saída do primeiro ministro - Richard PIERRIN / AFP

Um oficial queniano que esteve em Washington para negociações sobre uma força de segurança internacional planejada para ajudar a polícia haitiana a combater quadrilhas morreu em seu quarto de hotel, segundo a polícia dos Estados Unidos.

Walter Nyankieya Nyamato foi encontrado morto na terça-feira (13). O fato foi comunicado pelas autoridades na quinta-feira (15). A causa da morte não foi divulgada.

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Nyamato fazia parte de uma delegação oficial do Quénia, estava na capital dos EUA para conversações sobre uma força planejada para ajudar a polícia desarmada do Haiti.

Delegações do Quênia, Haiti e Estados Unidos estiveram reunidas entre segunda (13) e quarta-feira (14) em Washington para discutir a Missão Multinacional de Suporte à Polícia Nacional do Haiti, aprovada em outubro pelo Conselho de Segurança da ONU.

A subsecretária de Estado de Assuntos Políticos estadunidense, Victoria Nuland, encerrou as sessões e os participantes estabeleceram um prazo para a chegada da missão ao Haiti, informa nota do governo haitiano que não divulgou o cronograma por questões estratégicas.

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Na quarta-feira (14), foram discutidos os termos do acordo de reciprocidade entre Haiti e Quênia, exigido pelo Tribunal Constitucional do país africano, que havia barrado o envio das tropas ao final de janeiro. A decisão final sobre o texto deve ocorrer no início da próxima semana, bem como sua assinatura por ambas as partes.

O Quênia concordou em liderar essa missão, composta por entre 2.500 e 2.600 soldados e que deveria acontecer "durante o primeiro trimestre de 2024". Ratificado pelo Parlamento queniano em 16 de novembro, o plano gerou protestos no país africano.

Edição: Raquel Setz