Camelôs

Paes anuncia retirada de ambulantes da Uruguaiana e movimento de trabalhadores reage: 'Marginaliza a categoria'

Movimento Unido dos Camelôs reagiu à notícia por meio de nota de repúdio em que aponta "marginalização da categoria"

Brasil de Fato | Rio de Janeiro (RJ) |
Uruguaiana
Na postagem, Paes disse que o local é ponto de venda de mercadorias roubadas, como celulares - Divulgação

O prefeito Eduardo Paes (PSD) publicou em suas redes sociais, nesta quarta-feira (28), que será proibido que ambulantes ocupem a Rua Uruguaiana, no Centro do Rio. Através da postagem, ele informou que a decisão foi tomada junto ao governador Cláudio Castro (PL). A medida vai valer nas próximas semanas. Na publicação na rede X, antigo Twitter, ele disse que o local é ponto de venda de mercadorias roubadas, como celulares.

"Nas próximas semanas não será mais permitida a instalação de qualquer barraca ou ponto de comércio no espaço público. Não custa lembrar que temos fartas provas para mostrar que boa parte dos celulares roubados na cidade são comercializados ali", diz um dos trechos da publicação.

Sem dar mais detalhes, Paes ainda afirmou que o secretário municipal de Ordem Pública, Brenno Carnevale, será o "responsável por implementar as medidas necessárias para cumprir as determinações do prefeito e do governador".

O Movimento Unido dos Camelôs (MUCA) reagiu à notícia por meio de uma nota de repúdio. No texto, o movimento argumenta que considera a medida uma ação eleitoreira que não leva em consideração a diversidade e a realidade dos trabalhadores informais. 

"É lamentável que a gestão municipal opte por estigmatizar todos os camelôs da região, sem distinção e numa promoção que visa marginalizar a categoria na totalidade (...) Ao invés de promover a exclusão, acreditamos que as autoridades deveriam buscar soluções mais inclusivas e que atendam às necessidades de todos os envolvidos. A simples remoção dos camelôs acusados de irregularidades não resolve o problema subjacente e apenas transfere essa situação para outras áreas", disse o movimento, em trecho da nota. 

Fonte: BdF Rio de Janeiro

Edição: Mariana Pitasse