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Início Bem Viver Saúde

ENTREVISTA EXCLUSIVA

Descontinuidade de políticas de combate à dengue acentuou a epidemia, afirma especialista

Médica Eleusis Ronconi Nazareno reitera ainda a importância da vacina e de medidas de combate ao mosquito transmissor

07.mar.2024 às 17h39
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas

Professora do Departamento de Saúde Comunitária da UFPR cita como uma das causas da epidemia a descontinuidae de políticas contra dengue, em outros anos - Daniel Castellano/SMS

O Brasil enfrenta uma epidemia de dengue com 1.212.263 casos da doença e 278 mortes confirmadas em 2024, segundo dados do Ministério da Saúde.

Em coletiva à imprensa nesta terça feira, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, 5, disse que será emitida uma nova nota técnica recomendando a ampliação da faixa etária do público a ser vacinado contra a dengue. Hoje, as vacinas são dirigidas para o público até 11 anos, mas o objetivo é ampliar para 14 anos.

Para compreender o quadro atual da doença no país e suas causas, o Brasil de Fato Paraná conversou com a professora do Departamento de Saúde Comunitária da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Eleusis Ronconi Nazareno.

A acadêmica afirma que não há como avaliar a situação do país todo da mesma maneira, porém destaca que no mundo inteiro o número de casos de dengue aumentou devido a fatores como o crescimento urbano desordenado com saneamento precário e os efeitos do desequilíbrio ambiental.

Nazareno ainda explica que mesmo sendo a vacina uma medida importante, hoje o Brasil não tem condições de levá-la a toda população. Confira a entrevista:

BDF PR: A que se deve o aumento de casos de dengue em determinadas localidades do país?

Eleusis Ronconi Nazareno: O Brasil apresenta uma epidemiologia para dengue diferente conforme cada região, estado e localidade. Há que se considerar o tamanho continental do Brasil, que nos impede de falar em uma situação única para todo o país, uma vez que é equivalente a um conjunto de países de menor tamanho.

Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), a incidência global da dengue aumentou consideravelmente nas últimas duas décadas, tanto em nível global quanto na região das Américas, onde são registrados 80% dos casos mundiais. Os dados do ano de 2024 mostram que o Brasil é responsável por cerca de 81% dos casos notificados nas Américas.

Por,que o Brasil enfrenta uma epidemia de dengue e a que se deve?

Desde 1981-1982, quando se documentou uma epidemia de dengue em Boa Vista, Roraima, causada pelos sorotipos 1 e 4, o Brasil registra epidemias em vários locais do país.

A partir daí, a dengue passou a ocorrer de forma continuada, em algumas regiões de forma endêmica e com alternância de períodos de maior incidência e epidemias, com padrão sazonal, isto é, maior incidência em períodos quentes e chuvosos.

Esta situação de ocorrência permanente em baixos níveis, intercalada com altos índices, ou seja, de forma endemo-epidêmica é observada em várias regiões do país.

Quais os principais fatores que ocasionaram essa epidemia?

São diferentes fatores, tais como:

– a grande disseminação do vetor, Aedes aegypti, pelas áreas urbanas do país de difícil combate;
– a existência de populações ainda susceptíveis à infecção por algum dos quatro sorotipos do vírus, o que propicia aumento de casos quando da introdução de um novo sorotipo;
– o crescimento populacional desordenado com saneamento precário, principalmente relacionado à disposição inadequada de resíduos sólidos, devido à expansão crescente do consumo de mercadorias embaladas por materiais capazes de acumular água quando dispostos a céu aberto;
– fatores climáticos como o El Niño, que favoreceram o aumento das temperaturas com ondas de calor prolongadas e chuvas intensas.

O relaxamento das ações de combate em anos seguidos também repercute nos anos subsequentes, pois as ações devem ser permanentes e de forma sistemática, especialmente em áreas urbanas contíguas, já que o mosquito se propaga sem respeitar “fronteiras” ou limites, sejam intermunicipais, sejam interestaduais.

E, ainda, a acomodação da população em relação à continuação dos cuidados intra e peridomiciliares para evitar o acúmulo de água parada, assim como a falta de ações para além do domicílio, na vizinhança ou bairro aonde estejam ocorrendo surtos da doença.

É a primeira vez que temos vacina contra a dengue? Ela será eficaz para conter a epidemia?

Já foi aprovada anteriormente uma vacina contra dengue, do Laboratório francês Sanofi, que era em três doses com seis meses de intervalo e cujos estudos mostraram ser mais segura de ser aplicada em pessoas que já tiveram a doença, pois assim evitaria riscos devido à imunidade cruzada entre os tipos de vírus. Esta dificuldade, de comprovar a infecção anterior, somada a fatores operacionais em aplicar três doses, inviabilizaram o seu uso em larga escala e em situações epidêmicas.

Já o Laboratório japonês Takeda conseguiu uma vacina que com duas doses, com três meses de intervalo, mostrou eficácia para os quatro tipos de vírus próxima de 80% para a doença e 90% para hospitalizações, isto é casos graves.

O Ministério da Saúde brasileiro acertou em comprar esta vacina para usar na nossa situação atual, porém o laboratório não tem como fornecer toda a quantidade que o Brasil precisaria de imediato, por questões de dificuldades na produção. As negociações foram para fornecer cerca de 5 a 6 milhões de doses no primeiro, 9 milhões no segundo ano até chegar a 50 milhões de doses em 5 anos.

Até lá, ainda vamos conviver com epidemias, surtos localizados. As demais medidas de controle do vetor e organização dos serviços para atender precocemente os casos graves continuarão muito necessárias.

Ainda temos uma terceira vacina desenvolvida pelo Butantã em parceria com o laboratório MSD, de vírus atenuado, que está em fase de testes com 16.235 voluntários de 13 estados brasileiros, que devem terminar em 2024. A grande vantagem dela é ter mostrado 79,6% de eficácia em dose única, além de ser tecnologia nacional.


Professora do Departamento de Saúde Comunitária, Eleusis Ronconi Nazareno / Leonardo Bettineli/UFPR

Editado por: Pedro Carrano
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