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Eleições

Desafio do partido vencedor em Portugal é não repetir exemplo do PSDB com a extrema direita, diz analista

Esquerda teve votação maior que a esperada; avanço do partido Chega marca fim da "exceção ibérica" na Europa

11.mar.2024 às 16h58
São Paulo (SP)
Leandro Melito

Montenegro descartou a inclusão da extrema direita no novo governo - AFP

As eleições parlamentares deste domingo (11) em Portugal terminaram com a vitória da Aliança Democrática (AD) que representa a direita tradicional no país, com 29,49% dos votos e 79 deputados eleitos, seguida pelo Partido Socialista (PS), que representa a esquerda, com 28,66% e 77 deputados – ainda falta a apuração nas zonas eleitorais no exterior, que elegem quatro deputados.

O pleito também foi marcado pela consolidação da extrema direita como a terceira força eleitoral, com o partido Chega, liderado por André Ventura, conquistando 48 cadeiras do parlamento, quatro vezes mais que nas últimas eleições.

A consolidação da extrema direita nessas eleições coloca um desafio para Luís Montenegro, do Partido Social Democrata (PSD) que encabeça a coligação da direita e deve ser indicado ao cargo de primeiro-ministro: não repetir a experiência do PSDB no Brasil que, ao se aliar ao bolsonarismo, perdeu a hegemonia para a extrema direita e permitiu a chegada de Jair Bolsonaro (PL) ao poder. Essa é a avaliação de João Gabriel de Lima, integrante do Observatório da Qualidade da Democracia da Universidade de Lisboa e jornalista brasileiro que vive há 3,5 anos na capital lusitana 

"O objetivo do André Ventura é destronar o PSD da hegemonia à direita. Durante todo o processo eleitoral o Luís Montenegro disse que não ia trazer o Chega pra dentro do governo e afirmou isso no seu discurso de posse. Para o PSD é ruim ter o Chega no governo, porque tem medo de repetir o que aconteceu com o PSDB no Brasil, que é perder a hegemonia pra extrema direita."

Apesar da diferença dos sistemas eleitorais nos dois países, Lima aponta semelhanças na trajetória do PSD com o PSDB. Ambos foram criados após períodos ditatoriais: nasceram como partidos de centro-esquerda e no decorrer das disputadas eleitorais passaram para o campo da direita, onde consolidaram sua hegemonia.

“Assumi dois compromissos na campanha eleitoral e, naturalmente, cumprirei a minha palavra. Nunca faria a mim próprio, ao meu partido e à democracia por tamanha maldade que seria descumprir compromissos que assumi de forma tão clara”, disse Luís Montenegro após a vitória, sobre o "não" ao Chega.  

Pedro Nuno Santos, líder do PS reconheceu a vitória da direita nesse domingo (10) e garantiu que não apresentará nenhuma moção de rejeição à AD. A esquerda, ele aponta, irá liderar a oposição e "nunca deixará a liderança da oposição para o Chega ou para André Ventura". 

"Não há 18,1% de portugueses racistas, xenófobos… há muitos portugueses zangados e que sentem que não foi dada resposta aos seus problemas concretos. Nós queremos recuperar a confiança destes portugueses", disse o líder do PS, que anunciou que vai "trabalhar nos próximos meses para voltar a ter aqueles que estão descontentes".

Para o analista João Gabriel de Lima, o discurso do líder da esquerda indica uma clara intenção de resgatar os votos que a esquerda portuguesa perdeu para a extrema direita nos últimos anos. "Muitos eleitores da extrema direita em Portugal são antigos eleitores de esquerda, que tem agora a missão de reconquistar eleitores, entender quem são esses eleitores que votavam na esquerda e deixaram de votar", aponta ele.

Com base em um estudo publicado da Fundação Friderich Ebert – centro de pesquisas alemão de esquerda ligado ao Partido Social Democrata – Lima aponta que a movimentação da extrema direita em Portugal se assemelha ao caso francês, onde, liderada por Marina Le Pen, promete um estado de bem-estar social, mas sem a presença de imigrantes, prática que o instituto alemão define como chauvinismo de bem-estar social (welfare chauvinism). "O discurso da extrema direita na França chega principalmente para os operários: 'O problema são os imigrantes, não somos contra o estado de bem estar social, mas deve ser apenas para os franceses'", aponta Lima.

Admirador de Le Pen, André Ventura emula esse discurso à sua maneira em Portugal, afirmando que a falta de serviços públicos no país acontece devido à presença de imigrantes. "É grande falácia matemática desfeita por vários estudos, quem sustenta o estado de bem estar social são os imigrantes.  Portugal tem a segunda população mais idosa da Europa e são os imigrantes entre 20 e 49 anos, que pagam pelo estado de bem estar social e usufruem pouco, por serem mais jovens. Mas essa inversão retórica tem funcionado com parte do eleitorado de esquerda", explica João Gabriel de Lima.

Fim da 'exceção ibérica'

A consolidação da extrema direita como a terceira maior força política em Portugal coloca fim à "exceção ibérica" na Europa, onde apenas Espanha e Portugal não tinham visto a consolidação do radicalismo de direita como força política eleitoral. Com a consolidação do partido ultraconservador Vox na Espanha, a exceção passou a ser apenas Portugal, até as eleições deste domingo.

"A maior parte dos países europeus e o próprio Parlamento europeu está dividido entre três forças políticas:  a esquerda tradicional, a direta tradicional e a extrema direita.  Espanha e Portugal ficaram imunes a essa força até agora, mas o Vox se consolidou na Espanha e agora Portugal também passou a ter um partido de extrema direita forte", aponta João Gabriel de Lima.

Editado por: Rodrigo Durao Coelho
Tags: eleiçõesextrema direitaportugal
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