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'Tinha um bar no meio do caminho': Mouzar Benedito lança livro de crônicas nesta quinta (4)

Escritor e 'contador de causos' mostra histórias vividas em botecos da capital paulista

Brasil de Fato | São Paulo (SP) |
Livro conta histórias vividas ou presenciadas pelo autor - Divulgação

Os apaixonados por bares têm um compromisso nesta quinta-feira (4), em São Paulo. O escritor Mouzar Benedito lança seu mais novo livro, Tinha um Bar no Meio do Caminho, com histórias vividas em botecos da capital paulista.

O título da obra faz referência a No Meio do Caminho, um dos poemas mais conhecidos da literatura brasileira, de Carlos Drummond de Andrade. Em uma cidade com incontáveis bares, Mouzar pôde ouvir e participar de muitas histórias, que agora estão contadas no livro.

"Na leitura de Tinha um bar no meio do caminho, certamente você vai rir, se identificar e identificar pessoas que já conheceu ou conhece, e também sentir a nostalgia ou mesmo saber de alguns lugares que já não existem fisicamente, mas que permanecem vivíssimos no imaginário de muitos", escreveu o jornalista Glauco Faria, que assina a orelha do livro.

Mouzar conta que já pensava em escrever o livro há algumas décadas, quando estava em Havana (Cuba), onde não era fácil encontrar "bons botecos". Essa dificuldade, inclusive, está narrada em uma das crônicas de Tinha um Bar no Meio do Caminho.

Os textos trazem lembranças divertidas de histórias que aconteceram (ou começaram) em "botecos de esquina". O autor afirma que o leitor não vai encontrar recomendações ou indicações, até pelo fato de muitos dos botecos citados já terem fechado as portas.

O lançamento acontece nesta quinta-feira, às 19h, e, como não poderia deixar de ser, acontece em um bar: o Canto Madalena (Rua Medeiros de Albuquerque, 471, perto do Beco do Batman). Quem não puder comparecer, pode entrar em contato com a Editora Limiar pelo site oficial e fazer a encomenda.

Contador de causos

Por seis anos e meio, Mouzar Benedito contou alguns de seus 'causos' aqui no Brasil de Fato. A sugestão veio do próprio. "Propus que, para dar um respiro no noticiário, houvesse um causo em cada edição. Cada vez, contado por alguma pessoa diferente, variando de região. Mas propuseram que fosse eu o contador dos causos. De início, vacilei, mas acabei topando, achando que pouco tempo depois me substituiriam", disse.

Em sua despedida, em dezembro do ano passado, com o bom humor habitual, ele disse que tinha se cansado. Apesar de não haver novas publicações, os mais de 300 textos estão disponíveis, e ajudam a contar a história do Brasil nas últimas décadas. Para ler as crônicas gratuitamente, clique aqui.

Edição: Thalita Pires