O prefeito de São Leopoldo, Ary Vanazzi (10), protocolou um ofício ao Ministério da Saúde do governo federal pedindo a mudança na portaria e nos critérios para que liberem a distribuição de vacinas conta a dengue no Rio Grande do Sul, que registra em 2024 o ano com maior número de mortes pela doença. Ele reforçou que o município está entre o que têm maior número de casos de dengue no estado e também tem o maior número de óbitos, registrando 11 até o momento.
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"O tema é muito sério, estamos numa grande peleia, viemos aqui hoje no Ministério da Saúde protocolar em nome da nossa comunidade, mas em nome de todo o povo gaúcho, suplicar pela vinda das vacinas para o nosso estado, já dobramos o atendimento, qualificamos nossos espaços de hidratação nos postos de saúde, porém os municípios não estão dando conta sozinhos da proliferação do vírus da dengue", disse o prefeito.
Vanazzi, que também preside a Associação Brasileira de Municípios (ABM), propôs dialogar com outros prefeitos da região e buscar apoio de deputados federais para consolidar a articulação com a União. "Agora nós estamos abrindo uma negociação em nível estadual, tentando conversar com outros prefeitos e deputados para fortalecer esse movimento, sabemos que há uma escassez da vacina, o volume de produção é muito menor que o necessário, mas estamos aqui para fazer esse apelo e lutar pela vacina o mais rápido possível para as nossas comunidades", afirmou.
Recorde histórico de óbitos
O Rio Grande do Sul já registra 67 mortes por dengue em 2024. Este é o ano com mais vítimas na série histórica, superando 2022, quando 66 pessoas morreram por conta da doença. Em 2023, foram 54 óbitos.
O total de casos confirmados de dengue no estado neste ano chega a 56.168, sendo que 47.789 são autóctones, quando a pessoa é contaminada no território gaúcho.
Depois de São Leopoldo, a cidade vizinha, Novo Hamburgo, possui mais óbitos, num total de oito neste ano. As duas cidades da região Metropolitana de Porto Alegre também estão entre as três com maior número de casos confirmados: Santa Rosa, no Noroeste gaúcho, registra 7.463 casos; Novo Hamburgo registra 5.744 casos e São Leopoldo, 5.097.
