Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

artigo

Brasil e China: choque de civilizações ou aprendizado mútuo entre civilizações

A diversidade da civilização humana é a característica básica do mundo e a fonte do progresso humano

30.set.2024 às 18h21
Porto Alegre (RS)
Jiang Shixue

Chefe da Assessoria Especial da Presidência da República, Celso Amorim, e chanceler chinês Wang Yi, em Pequim, 23 de maio de 2024. - Ministério das Relações Exteriores da China

Como um dos maiores pensadores da história da humanidade, Confúcio é conhecido por muitas ideias notáveis, uma das quais é a de promover o aprendizado mútuo entre civilizações.

A diversidade da civilização humana é a característica básica do mundo e a fonte do progresso humano. As diferenças em ideologia, sistema social e modelos de desenvolvimento não devem se tornar obstáculo para os intercâmbios entre as civilizações humanas, muito menos motivo para confrontos. Em face de mudanças importantes em curso, a necessidade de promover ainda mais o aprendizado mútuo entre civilizações se tornou cada vez mais proeminente.

Em primeiro lugar, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. O objetivo final dessa uma comunidade é estabelecer parcerias baseadas na igualdade e no entendimento mútuo, criar uma estrutura justa e equitativa construída a partir do desenvolvimento compartilhado, buscar crescimento inclusivo, promover trocas culturais harmoniosas, porém diversas, e construir um sistema ecológico que respeite a natureza e apoie o desenvolvimento verde.

Assim, é evidente que o conceito de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade visa o bem-estar de todos. Este conceito abrange considerações realistas e uma visão orientada para o futuro. Não apenas pinta um quadro de uma bela visão, mas fornece caminhos práticos e planos de ação. De fato, este objetivo não pode ser alcançado da noite para o dia, mas a humanidade não deve abandonar a coragem para perseguí-lo.

Segundo, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a promover a globalização, que é um caminho inevitável para a sociedade humana, um requisito do desenvolvimento da produtividade social e um resultado natural do progresso tecnológico. Também representa uma tendência para um mundo mais unificado. Nessa tendência, a divisão internacional horizontal do trabalho está se tornando mais importante, a alocação de recursos está se estendendo cada vez mais além do escopo dos estados-nação, e a interdependência entre diferentes países cresce cada vez mais. Portanto, a globalização está transformando o mundo em uma comunidade de destino compartilhado, onde a prosperidade ou adversidade de um está ligada a de todos.

No entanto, nesse processo, os estados-nação não desapareceram e as diferenças entre civilizações, ideologias, sistemas sociais e modelos de desenvolvimento continuam a existir. Além disso, juntamente com o avanço da globalização, muitas vezes há uma reação poderosa e persistente de movimentos antiglobalização que frequentemente causam problemas. Portanto, para garantir o progresso contínuo da globalização, é essencial aderir aos princípios de igualdade, aprendizado mútuo, diálogo e inclusão para que a globalização continue avançando, fortalecendo o aprendizado mútuo civilizacional e superando as diferenças entre os distintos interesses nacionais.

Terceiro, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a manter a paz mundial. À medida que a globalização foi avançando, o mundo se tornou uma aldeia global, com o nível de interdependência entre os países aumentando continuamente. Embora a paz e o desenvolvimento sejam os principais temas do dia, ainda há muitos fatores que impedem as impedem de prosperar no mundo, e o "déficit de paz" persiste. Portanto, manter a paz mundial e promover o desenvolvimento global continuam sendo os sonhos e as aspirações duradouras da humanidade.

A teoria do "Choque de Civilizações", de Samuel Huntington é, sem dúvida, falha, mas ao longo da história humana, os conflitos entre civilizações realmente levaram à guerra ou outros tipos de confrontos mortais. Portanto, preencher as lacunas e mal-entendidos entre diferentes civilizações, abordar outros países e povos com uma atitude de igualdade e inclusão, abandonar noções de superioridade civilizacional, arrogância e preconceito, aprofundar a compreensão e tolerância mútuas e aprender uns com os outros enquanto fazemos progresso conjunto são sempre métodos essenciais para manter a paz e o desenvolvimento mundiais. O curso da história prova repetidamente que, sem aprendizado mútuo entre civilizações, distâncias e barreiras surgirão entre indivíduos, nações e países, aumentando assim a dificuldade de coexistência pacífica e aumentando o risco de conflitos e guerras.

Quarto, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a defender e promover os valores compartilhados de toda a humanidade. Paz, desenvolvimento, justiça, equidade, democracia e liberdade são esses valores. São não são apenas a base filosófica da comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade, mas também os objetivos nobres das Nações Unidas. São os princípios fundamentais das novas relações internacionais. Eles fornecem uma base de valor para a construção da comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade e oferecem orientação intelectual para o avanço humano. Refletem o progresso inevitável da história humana de dimensões nacionais para globais e representam o maior denominador comum na busca do progresso por diferentes civilizações.

Os valores compartilhados de toda a humanidade buscam semelhanças entre diferentes indivíduos, nações e países. Além disso, esses valores reconhecem a diversidade e a pluralidade de civilizações, se esforçam para estreitar as diferenças em ideologia, sistemas políticos ou sociais e níveis de desenvolvimento. No entanto, pessoas que vivem em civilizações diferentes geralmente têm entendimentos também diferentes desses valores. Portanto, para promovê-los, é essencial defender compartilhamento e aprendizado mútuos.

Quinto, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a destacar a diversidade e as características distintivas de cada uma. A diversidade é uma característica da natureza e um atributo essencial da civilização humana. Com quase 200 países e mais de 2,5 mil grupos étnicos no mundo, pessoas que vivem em diferentes regiões criaram uma grande variedade de civilizações devido a diferenças em geografia, clima, estilo de vida, tradições culturais e crenças religiosas. Assim, ao longo da história, a diversidade tem sido uma característica fundamental da civilização humana e uma fonte de progresso humano. Em outras palavras, a diversidade de civilizações cria oportunidades para aprendizado e progresso mútuos e destaca o valor da própria civilização.

Sem dúvida, no futuro previsível, mesmo que o mundo se torne cada vez mais uma aldeia global, é improvável que tal diversidade desapareça. Então, para preservar essa diversidade e destacar as características distintivas de diferentes civilizações, os países devem defender os princípios de igualdade, aprendizado mútuo, diálogo e inclusão. Por meio da comunicação e do aprendizado mútuo, devem respeitar uns aos outros, aproveitar os pontos fortes uns dos outros, abraçar uma variedade de perspectivas e coexistir harmoniosamente.

Seis, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a promover o crescimento econômico. As relações internacionais são construídas com base no entendimento mútuo entre as pessoas, e esse entendimento depende das conexões entre corações e mentes. Isso pode ser alcançado fortalecendo os intercâmbios culturais internacionais de diferentes maneiras, como o comércio de produtos culturais e criativos. Várias oportunidades de negócios e empregos podem ser criadas direta ou indiretamente, promovendo assim o crescimento econômico e melhorando os padrões de vida das pessoas. Por exemplo, de acordo com estatísticas da Unesco, em 2019, o valor de exportação de produtos culturais e criativos intimamente relacionados ao aprendizado mútuo civilizacional atingiu US$ 389 bilhões, respondendo por 3,1% do PIB mundial. O número de empregados neste setor constituiu 6,2% da força de trabalho global. Isso demonstra que o aprendizado mútuo entre civilizações não apenas promove o desenvolvimento da civilização espiritual, mas também impulsiona o progresso material.

Sétimo, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a promover a governança global. A globalização não é a causa raiz dos problemas globais, mas à medida que a globalização avança, os problemas globais surgem. Problemas persistentes como mudanças climáticas, degradação ambiental, crimes cibernéticos, surtos de doenças infecciosas, terrorismo, pobreza e fome causaram danos significativos à humanidade.

A solução está na governança global. Como cada país e cada indivíduo que vive em diferentes civilizações são vítimas de vários problemas globais, é natural e essencial que cada país e cada pessoa participe ativamente dessa governança.

Deve-se notar que diferentes países e indivíduos têm entendimentos variados sobre governança global, e suas perspectivas sobre o tema podem diferir significativamente. De acordo com princípios psicológicos, crenças estão intimamente ligadas à cognição de um indivíduo, que está intimamente relacionada a fatores como sistemas políticos, níveis de desenvolvimento econômico, relações sociais e civilizações. Portanto, no avanço da governança global, promover o aprendizado mútuo entre civilizações é um dos meios essenciais para superar diferenças cognitivas em visões sobre o assunto. Somente minimizando essas diferenças cognitivas na maior extensão possível os países poderão trabalhar juntos nesse, reunindo seus esforços e enriquecendo continuamente os conceitos e práticas de governança global.

Por último, mas não menos importante, o aprendizado mútuo entre civilizações ajuda a promover o autoaperfeiçoamento e o progresso da civilização humana. O mundo abriga uma gama diversificada de civilizações. Cada civilização possui seu encanto único e herança profunda, e cada uma é um tesouro espiritual da humanidade. As civilizações não são classificadas por superioridade ou inferioridade, mas sim distinguidas por suas características e diferenças regionais. Como todas as civilizações humanas são iguais em valor, cada uma tem seus pontos fortes e fracos e, portanto, nenhuma civilização é perfeita em todos os sentidos, nem nenhuma civilização é totalmente desprovida de mérito.

A civilização humana requer igualdade como base para a comunicação e o aprendizado mútuo, o que permite o autoaperfeiçoamento e o progresso. O curso da história humana mostra que, à medida que a sociedade avança, a necessidade de aprendizado mútuo aprimorado entre civilizações se torna ainda mais crucial. Isso ocorre porque as civilizações se tornam mais vibrantes por meio da comunicação e mais enriquecidas por meio do aprendizado mútuo. Por um lado, a diversidade é uma característica fundamental do mundo e a essência do fascínio da civilização humana. Por outro lado, cada civilização no mundo carrega a herança espiritual de diferentes países e povos e tem sua própria lógica e necessidade. Portanto, diferentes civilizações só podem se complementar e aumentar suas forças mútuas por meio da comunicação, avançando ainda mais no seu progresso.

Concluindo, o aprendizado mútuo entre civilizações é importante. China e Brasil pertencem a civilizações diferentes. Então, eles precisam aprender um com o outro.

* Jiang Shixue é pesquisador Sênior do Charhar Institute (China).

** Este é um artigo de opinião e não necessariamente expressa a linha editorial do Brasil de Fato.

Editado por: Vivian Virissimo
Tags: brasilchina
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Ciência

Anvisa autoriza testes em humanos da vacina do Butantan contra gripe aviária

DISPUTA

Guardas municipais de Porto Alegre protestam contra projeto do prefeito Melo que muda seu plano de carreira

Câmara

Lula diz que Motta descumpriu acordo e derrubada do IOF foi absurda

Disputa pelo IOF

Haddad minimiza tensão com Congresso após derrubada do IOF: ‘discussão é jurídica, não política’

Cessar-fogo

Hamas exige fim definitivo dos ataques em Gaza após anúncio de Trump

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.