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CULTURA NEGRA

3º Festival Porongos acontece nesta quarta-feira (20) com programação gratuita em Porto Alegre

No feriado de Zumbi, evento faz uma homenagem ao poeta Oliveira Silveira, um dos defensores do Dia da Consciência Negra

20.nov.2024 às 15h01
Porto Alegre (RS)
Redação

Evento gratuito será nesta quarta (20), das 10h às 19h30, no Centro de Educação Ambiental (CEA) do bairro Bom Jesus, em Porto Alegre (RS) - Divulgação

Tendo a cultura negra e periférica como um objetivo e identidade, o Festival Porongos – Concertos Descentralizados chega à 3ª edição. Não por acaso, a festividade ocorrerá na estreia do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, feriado que passa a integrar o calendário de todo o Brasil neste 20 de novembro.

Com programação gratuita, o evento vai movimentar o Centro de Educação Ambiental (CEA) do bairro Bom Jesus, em Porto Alegre (RS). Das 10h às 19h30 desta quarta-feira, o Festival Porongos promete levar atividades artísticas e culturais para a periferia, reconhecendo esse espaço como centro de criatividade, lugar de potência, onde a arte não só reflete a realidade, mas também contribui para sua transformação, tendo o direito à cidade como ferramenta de modo a possibilitar maior acesso à cultura.

Um dos destaques dessa edição é Ravi Lobo, forte expressão do rap baiano que trará seu cartel de ritmo e poesia para solo gaúcho, resultando em um intercâmbio cultural entre Porto Alegre (RS) e Salvador (BA), uma das metas do festival: criar redes de produções negras pelo Brasil e América Latina.

O rapper e compositor é conhecido por suas letras que abordam a vida nas periferias, questões sociais e a luta por justiça. Seu estilo autêntico e suas rimas impactantes refletem as experiências e desafios enfrentados por muitos jovens nas comunidades, enfatizando a importância de diálogos culturais que enriqueçam e conectem diferentes realidades. A vinda de Lobo não só celebra essa troca, mas também reforça o compromisso do festival com a valorização da cultura e da arte em suas múltiplas formas.

Outra presença confirmada é da cantora e compositora Pâmela Amaro, considerada uma das revelações do samba contemporâneo. A artista estará acompanhada da banda Herdeiras do Samba, em um encontro de mulheres na batucada. Somam-se à ela, o performático grupo Espiralar Encruza; a profundidade e a expressividade da música instrumental da banda Kiai; a poesia vibrante do Slam da Bonja; o reggae engajado da Produto Nacional; a provocativa e multimidiática Turmalina; a sabedoria de Mestre Renato Bê-a-Bá, guardião do patrimônio imaterial que é o samba de roda, assim como dos segredos de feitura do tambor inhã; além da tradicional Escola de Samba Copacabana, que encerra a programação. Os Mestres de Cerimônias que vão reger o evento serão os multiartistas Agnes Mariá e Erick Flores.

A quebrada produz

O Festival tem o objetivo de fomentar redes de artistas negros da indústria cultural local e democratizar o acesso às artes e à cultura. Oferece uma programação voltada para diferentes públicos, promovendo atividades que vão desde oficinas literárias e artísticas (que foram feitas entre os meses de setembro e outubro de 2024) até concertos musicais, promovendo reflexões sobre identidade, arte e memória, de modo a impactar cultural e socialmente a comunidade em que se insere.

"É muito gratificante olhar o percurso que o Porongos vem trilhando. O Festival disponibiliza um território negro efêmero de celebração e afirmação de nossa identidade afro-gaúcha", comenta Thaise Machado, coordenadora do projeto e uma de suas idealizadoras.

Segundo ela, para além de um evento, “o festival traz reflexão política de corpos negros livres, a começar pelos lanceiros negros", ressalta. Para Thaise, falar de lanceiros negros demanda responsabilidade. "Compreendo que esse encontro ao redor do festival é mais uma das tecnologias de reexistência que utilizamos para demarcar nosso espaço neste território", afirma.

Thaise acredita que o resultado dessa estratégia é visto pelo impacto cultural e social na comunidade, a exemplo da parceria estabelecida com o Centro Cultural Marli Medeiros (CEMME).

Localizado na Vila Pinto, a instituição surgiu da preocupação das recicladoras em proteger seus filhos dos riscos da rua. Inicialmente, a ideia de um centro cultural em uma comunidade carente não havia sido bem vista por alguns governos. No entanto, a líder comunitária Marli Medeiros persistiu e, com apoio de colaboradores, fundou em 2002 o Centro Cultural James Kulisz (CEJAK), que se tornou CEMME em 2018. A instituição oferece atividades em educação, cultura, lazer e assistência social, visando melhorar as condições de vida da comunidade e formar multiplicadores das ações sociais.


A banda Produto Nacional é uma das atrações aguardadas / Foto: Roger Gloeden

Contracultura

O Festival Porongos surgiu em 2018, como uma provocação acerca das comemorações da Guerra Civil Farroupilha, de modo a colocar luz sobre a história dos lanceiros negros. Esse também foi o ano que durante o acampamento Farroupilha de Porto Alegre, um piquete construiu um espaço de visitação retratando uma senzala e gerando controvérsias.

"A iniciativa provocou indignação do Movimento Negro pela forma equivocada com que o tema foi tratado, ao reforçar estereótipos racistas. Constatamos o quanto é importante construirmos nossas próprias narrativas, iluminando o legado que nossos ancestrais nos deixaram e recontando a história de maneira verdadeira", relembra Thaise.

O nome do Festival faz referência ao Massacre de Porongos, um dos mais trágicos episódios da Revolução Farroupilha, ocorrido em 20 de setembro de 1844. Após a batalha, um grupo de lanceiros negros, que havia lutado ao lado das forças farroupilhas, foi traído e atacado pelas tropas imperiais, resultando na morte de inúmeros deles.

"Essa traição ilustra a complexa dinâmica racial e política da época, evidenciando como os soldados negros, apesar de sua valiosa contribuição, foram frequentemente desconsiderados e traídos", ressalta. "O festival que leva o nome de Porongos busca trazer à tona essa história por tanto tempo apagada dos livros escolares, reconhecendo o sacrifício dos lanceiros negros e promovendo uma reflexão sobre a memória e a justiça social", conclui Thaise.

A escolha da data, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra é, por extensão, uma homenagem a Oliveira Silveira (1941-2009). O poeta gaúcho está diretamente relacionado à criação do Dia da Consciência Negra, que foi oficializado em 2003. Ele foi um dos defensores da proposta, que visa reconhecer e celebrar a cultura negra e a luta contra a discriminação racial no Brasil. Silveira usou sua poesia para trazer à tona as questões sociais e históricas enfrentadas pela população negra, contribuindo para a construção da memória sobre a resistência, simbolizada por Zumbi dos Palmares, traído e assassinado em 20 de novembro de 1695. Assim, a obra e ativismo de Oliveira Silveira ajudaram a fortalecer a importância da data, promovendo a reflexão e o reconhecimento da contribuição negra para a sociedade brasileira.

Atrações

Turmalina

O Coletivo Turmalina combina expressões artísticas visuais e sonoras, com foco nas culturas de raízes africanas, como forma de afirmação da identidade negra. Por meio da música, o coletivo aborda questões de marginalização, apropriação e apagamento histórico, propondo a arte como mecanismo de resistência social. Integrado por DJ Fresh, Elle P, Gugu e Tom Nudes, o grupo utiliza diferentes tecnologias e narrativas para questionar as estruturas dominantes e promover a valorização da cultura negra.

Samba da Roda com Mestre Renato

"O Bê-a-bá do Samba" resgata a tradição do samba por meio da oralidade cantada e da interpretação de saberes por mestres do samba. Com forte base na herança cultural afro-brasileira, o projeto promove uma experiência autêntica de samba de roda, explorando ritmos e narrativas tradicionais que conectam gerações por meio da música e da dança​. Mestre Renato Bê-a-Bá é considerado uma referência no samba de roda no Rio Grande do Sul e um dos últimos guardiões de uma tradição de "fazedores" de tambor, em especial, o tambor inhã, segundo ele, o que dá origem a todos os outros tambores, hoje, existente somente na memória dos velhos mestres tamboreiros.

Spiralar Encruza

A performance "Doce" do coletivo Espiralar Encruza propõe uma experiência colaborativa, na qual o público troca memórias doces, escritas em um painel de algodão, por balas de mel. A obra, criada a partir das memórias do diretor sobre a infância, foi apresentada pela primeira vez em 2022 no III Cinema Negro em Ação. A performance convoca o público a acessar momentos agradáveis de sua vida, conectando sensações a lembranças​.

Pâmela Amaro e as Herdeiras do Samba

Criada pela cantora e compositora Pâmela Amaro, a Roda Herdeiras do Samba reúne mulheres para celebrar as diversas vertentes do samba. O projeto surgiu em 2023, durante o Dia da Mulher Sambista, e seu repertório inclui clássicos do samba e composições autorais, destacando musicistas com experiências variadas. Reconhecida pela crítica como uma das principais renovadoras da linguagem do samba no Brasil, Pâmela Amaro lidera essas rodas, que celebram tanto a tradição quanto a força feminina no gênero. Confira fotos e mais informações no Instagram​.

Kiai

Kiai é um grupo de música instrumental formado em 2014 em Rio Grande/RS, composto por Marcelo Vaz (teclado/piano), Dionísio Souza (baixo/violão) e Lucas Fê (bateria). Combinando composições autorais e arranjos sofisticados, o grupo se destaca pela forte influência do jazz, world music e música improvisada. Seus álbuns, como "Além" (2018) e "Kiai II" (2020), consolidaram sua presença no cenário instrumental. Kiai busca oferecer experiências imersivas ao público, explorando a profundidade e a expressividade da música instrumental.

Slam da Bonja

O Slam da Bonja, fundado em 2018 na Vila Bom Jesus, em Porto Alegre, é um espaço vibrante para a competição de poesia falada. Organizado por Mikaa, campeã gaúcha de Slam, e Bruno Amaral, primeiro campeão do Slam Conexões, o evento celebra a cultura e a expressão artística por meio do "poetry slam". Esse movimento, que teve origem em Chicago, cresceu globalmente e continua a inspirar artistas locais e de periferias, proporcionando uma plataforma para vozes diversas e histórias autênticas.

Produto Nacional

Formada no final dos anos 1980, a banda Produto Nacional mistura samba, jazz, funk, rock, bossa nova e reggae, sendo uma das precursoras do reggae no Brasil. Com dois álbuns marcantes no cenário nacional e participação em diversas coletâneas e prêmios, a banda possui uma sonoridade singular e engajada socialmente. Com mais de 30 anos de estrada, Produto Nacional é uma das bandas de reggae mais longevas em atividade no Sul do Brasil.

Ravi Lobo

Ravi Lobo é um dos MCs mais relevantes da cena hip-hop baiana, com uma carreira que abrange o grupo Rap Nova Era e projetos solo. Seu trabalho é marcado pela versatilidade e pela conexão com a cultura hip-hop, abrangendo desde o rap até estilos como jazz e sound systems. Em 2023, Ravi lançou o álbum "Shakespeare do Gueto 2", com colaborações de grandes nomes da música brasileira. Assista ao videoclipe "Quem bate esquece".

Escola de Samba Copacabana

Fundada em 2 de fevereiro de 1962, por ex-integrantes da Estácio de Sá da Vila Jardim, a Escola de Samba Copacabana tem sua sede no Bairro Bom Jesus, em Porto Alegre. Desfilando com as cores azul, rosa e branco, a Copacabana se destaca por sua tradição e ligação com a comunidade local. Atualmente, é presidida por Antônio Ricardo Silveira, o Chula, que lidera a escola em suas atividades culturais e carnavalescas.

Serviço

3º Festival Porongos – Concertos Descentralizados

Quando: Dia 20 de novembro de 2024, quarta-feira, das 10h às 19h30min. Abertura de portas ao público: 09h45min

Onde: Centro de Educação Ambiental (CEA) – Bom Jesus | Avenida Joaquim Porto Vila Nova, Vila Pinto, 143 – Bom Jesus, Porto Alegre – RS

Quanto: Entrada Franca Sujeita a lotação do espaço

Capacidade Total: 600 pessoas

Classificação Etária: Livre


Editado por: Katia Marko
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