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Início Internacional

Forças Bolivarianas

Venezuela realiza exercícios militares em todo o território para afastar ‘ameaças externas’

Escudo Bolivariano é realizado anualmente e, neste ano, mobiliza 150 mil militares

22.jan.2025 às 21h41
Caracas (Venezuela)
Lorenzo Santiago

Nicolás Maduro participou da abertura dos exercícios e destacou importância da defesa territorial - Prensa Presidencial

As Forças Armadas da Venezuela realizam nesta quarta (22) e quinta-feira (23) uma nova bateria de exercícios militares. Chamados de Escudo Bolivariano, os exercícios são realizados em todas as regiões do país e mobilizam cerca de 150 mil militares. O responsável pelas operações é o Alto Mando Militar, que inclui, além das 5 forças, o Ministério da Defesa.

Ao todo, serão 290 exercícios que mobilizarão 159 navios, 50 aviões e 250 veículos militares pesados, como tanques e artilharia. O exercício é realizado anualmente e completa sua 10ª edição em 2025. Segundo o comandante das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB), general Domingo Hernández Lárez, o Escudo Bolivariano começou como treinamento militar, mas se desenvolveu e se transformou em uma conjugação de forças populares, militares e policiais.

Os exercícios são realizados em meio a denúncias do governo contra supostas tentativas de ataques internos, que seriam realizados pela extrema direita venezuelana, e externos. O presidente Nicolás Maduro afirmou que as forças de segurança conseguiram desarticular planos golpistas nos últimos anos e “desmembrar grupos pelas suas raízes”.

“Este deve ser o exercício mais completo e perfeito do ponto de vista da defesa do território. Se queres a paz, prepara-te para defendê-la e construí-la. Temos o controle total sobre os instrumentos para facilitar cenários intervencionistas na Venezuela que foram coordenados pela direita interna e global, e que a nação tem enfrentado com sucesso. Temos conseguido desmembrar estes grupos criminosos pelas suas raízes. Com algumas exceções, esses grupos foram derrotados e eliminados”, afirmou o presidente.

Em setembro, o governo anunciou ter apreendido 400 fuzis e 6 pessoas envolvidas no que as forças de segurança chamaram de um “plano de desestabilização” que tinha como objetivo matar o presidente Nicolás Maduro e a vice Delcy Rodríguez. 

Além de envolver venezuelanos, o governo denunciou a participação de outras lideranças globais. Naquela ocasião, o ministro do Interior e Justiça, Diosdado Cabello, apresentou os armamentos e munições apreendidos que tinham uma inscrição afirmando que as armas são de uso exclusivo dos Estados Unidos e não poderiam ser negociados. 

Os exercícios dessa vez tiveram como foco a defesa territorial principalmente na fronteira com a Colômbia. A região é motivo de preocupação para o governo da Venezuela, que, ao longo de 2024, denunciou uma série de planos que seriam realizados nos estados de Táchira, do lado venezuelano, e La Guajira, em território colombiano. 

A primeira das denúncias foi feita pelo Maduro em março de 2024. Na ocasião, o mandatário afirmou que o ex-presidente da Colômbia Álvaro Uribe e o fundador do partido opositor venezuelano Vontade Popular, Leopoldo López, planejaram “ataques terroristas” contra a Venezuela. Segundo o mandatário, os planos estavam sendo articulados com paramilitares para serem realizados na fronteira com a Colômbia.

Uribe pediu em 12 de janeiro que o governo de seu país promovesse uma intervenção militar na Venezuela para impor “novas eleições”. Em discurso para apoiadores em Cúcuta, cidade que faz fronteira com a Venezuela, ele chamou Maduro de “golpista e ditador”. 

Em resposta, a Assembleia Nacional da Venezuela aprovou uma moção nesta terça (22) declarando tanto Uribe quanto o ex-presidente colombiano Iván Duque como “inimigos públicos”. 

Para o chefe do programa de mestrado de História Militar da Universidade Militar Bolivariana de Venezuela, Henry Navas Nieves, os exercícios são uma forma não só de colocar à prova a capacidade militar venezuelana, como também mostrar força de auto defesa em meio a um contexto de “ameaças externas”. Como exemplo, ele lembrou dos recentes exercícios militares realizados pela Guiana com os Estados Unidos.

“Nós não podemos ignorar que nosso país é alvo de ameaças de ataques de diferentes frentes, que representam uma ameaça à soberania nacional. A própria Guiana já está realizando operações militares com os Estados Unidos. Um elemento fundamental é a dissuasão e persuasão para qualquer um que pretenda ameaçar a soberania nacional. Esses exercícios são usados para apresentar uma linha de que não vai ser simples atacar a Venezuela”, afirmou ao Brasil de Fato. 

Outro ponto destacado pelo professor é que os exercícios são usados também para mostrar uma articulação entre Forças Armadas e sociedade civil. A estrutura militar da Venezuela é diferente do Brasil. Além do Exército, Marinha e Aeronáutica, o país conta também com a Guarda Nacional Bolivariana e a Milícia Bolivariana. 

A Guarda é responsável por fazer o trabalho de polícia administrativa, investigações criminais – como a polícia civil brasileira – e auxiliar outras forças no país, a partir da ocupação do território. Já a Milícia Bolivariana é um grupo formado em 2009 que tem pessoas da sociedade civil em seus quadros, não militares. Eles, no entanto, recebem treinamento para defesa pessoal e fiscalização do território em seus diferentes contextos (urbano e rural).

De acordo com o professor, essa orientação é fundamental para uma mudança na mentalidade do venezuelano em relação à defesa da soberania nacional.

“Nos exercícios se divulga nossa doutrina militar, que está além das forças armadas, mas também incluem o povo venezuelano, respeitando o princípio de responsabilidade. Onde todos são responsáveis pela defesa, e isso faz parte da nossa história, desde a independência. Os venezuelanos têm acesso a nossa estrutura de alguma maneira”, disse. 

Ele enfatizou que os exercícios são também uma forma de mostrar compromisso das forças com o governo. Depois das eleições de 28 de julho de 2024, as Forças Armadas responderam um comunicado da oposição que pedia uma “desobediência dos militares” para “respeitar o resultado” do pleito. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, disse que esse movimento foi um "pedido de golpe". Na nota, o candidato derrotado nas eleições venezuelanas Edmundo González Urrutia se autoproclamou "presidente eleito" do país e voltou a afirmar, sem provas, que o presidente reeleito, Nicolás Maduro, não teve mais de 30% dos votos.

Ameaças externas

Desde sua primeira posse em 2013, Nicolás Maduro enfrenta uma série de planos e operações para derrubar o governo. Desde a oposição, até articulações externas, o presidente já lidou e denunciou uma série de ataques promovidos pela direita. O primeiro deles executivo foi registrado em junho de 2013.

Naquele mês, nove pessoas foram presas na Venezuela. Elas seriam integrantes do grupo paramilitar colombiano Los Rastrojos. A ideia era ocupar Caracas em um ataque que agruparia outros paramilitares no país. O plano foi descoberto pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) e desmobilizado pelas forças de segurança. 

Um dos primeiros planos denunciados por Maduro que teve a participação dos Estados Unidos foi o chamado “Golpe Azul”, ou “Operação Jericó”, que teria sido organizado por um grupo de militares venezuelanos da Aeronáutica com o governo dos EUA. A ideia era usar um avião para atacar o palácio Miraflores durante as comemorações do Dia da Juventude. O plano também foi interceptado pelo governo da Venezuela.

Um dos episódios mais importantes do governo Maduro foi a tentativa de golpe de Estado no país em 2020. A chamada Operação Gedeón tinha como objetivo derrubar o governo de Nicolás Maduro a partir de ataques em diferentes lugares do país. Ao todo, 29 pessoas foram condenadas por “traição a pátria, conspiração com governo estrangeiro, rebelião, associação, tráfico ilegal de armas de guerra, terrorismo e financiamento do terrorismo”.

Na ocasião, uma lancha com 10 homens armados com fuzis, metralhadoras e uma pistola tentou aportar na praia Macuto, costa do estado de La Guaira, cerca de 50 km da capital Caracas. Segundo o GPS da própria embarcação, a viagem começou na Colômbia. O plano envolvia também ataques por terra. As Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (Fanb) conseguiram interceptar e desmobilizar a operação.

Outros planos também foram denunciados já em 2024. Em janeiro, o Ministério Público anunciou que foram desmobilizadas 5 tentativas de golpe de Estado durante 2023 que incluíam a morte do presidente, Nicolás Maduro, e do ministro da Defesa, Vladimir Padrino López.  Na ocasião, foram realizadas 32 prisões de pessoas acusadas de conspiração.

Editado por: Leandro Melito
Tags: caracasestados unidoseuaforças armadasguiananicolas madurovenezuela
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