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Memória

Morre Luiza Batista, militante histórica pelos direitos das trabalhadoras domésticas

Símbolo da luta da categoria, liderança enfrentava um câncer, mas nunca deixou de atuar no movimento

02.mar.2025 às 11h22
Campinas, SP
Redação
Morre Luiza Batista, militante histórica pelos direitos das trabalhadoras domésticas

Luiza Batista começou a trabalhar como empregada doméstica aos 9 anos e se tornou referência na luta por dignidade - Luiza Batista deixa um legado de luta por direitos - CUT / PE

A sindicalista e militante Luiza Batista faleceu de câncer aos 68 anos, neste sábado (1º). Ela trabalhava como empregada doméstica desde a infância e se firmou como uma das maiores vozes de defesa dessas trabalhadoras no Brasil e internacionalmente.

O sepultamento de Luiza Batista acontece neste domingo (2), a partir das 7h da manhã, no Cerimonial Baptista, que fica na rua Pedro Afonso, nº 438, bairro de Santo Amaro, centro do Recife. O sepultamento acontece às 14h, no Cemitério de Santo Amaro.

Trajetória

A ativista nasceu em 1956, na cidade de São Lourenço da Mata, em Pernambuco. O pai era cortador de cana, e faleceu quando ela tinha 6 anos. A partir daí, a família viveu desafios constantes e chegou a morar na rua.

Aos 9 anos, Luiza Batista teve seu primeiro emprego como doméstica, em Recife, capital pernambucana. Em plena ditadura civil-militar, a menina trabalhava na casa de uma família simpatizante do regime, onde cuidava de outra criança e não recebia salário.

No local, ela sofreu maus tratos e agressões físicas. Resgatada pela mãe, passou a vender milho em frente à histórica Igreja do Espinheiro, em Recife. Aos 12 anos, voltou ao trabalho doméstico.

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Seu primeiro contato com a militância se deu na luta pela moradia. Na década de 1980, Luiza Batista começou a participar das reuniões do Conselho de Moradores do Morro da Conceição, que reivindicava terras para as famílias da região.

Essa luta resultou na criação do bairro Passarinho, onde a militante viveu até o fim da vida e ajudou a fundar o Espaço Mulher. Décadas depois, já nos anos 2000 teve contato com a defesa dos direitos das trabalhadoras domésticas.

Em 2006, por meio do Projeto Trabalho Doméstico Cidadão conheceu mulheres que já integravam a diretoria do Sindicato das Domésticas de Pernambuco (SINDOMÉSTICA/PE). A experiência a motivou a se filiar ao sindicato e a participar ativamente das reuniões.

No ano de 2009, Luiza Batista foi eleita presidenta da entidade, cargo que ocupou por dois mandatos, totalizando nove anos à frente da instituição. Durante sua atuação, costurou apoio com organizações nacionais, como a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e organizou congressos nacionais e estaduais.

:: Luiza Batista: “É uma questão cultural de não valorizar o trabalho doméstico” ::

A militância estadual levou a liderança a ser escolhida como presidenta da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad), em 2016. Na entidade, ela participou ativamente da luta até o fim da vida e virou referência.

Repercussão

A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (Fenatrad) divulgou uma nota de pesar junto com o Conselho Nacional dos Trabalhadores Domésticos (CNTD), ambas entidades que Luiza presidia. “É um momento de luto para os movimentos sociais, sindical e para as brasileiras e brasileiros que lutam por justiça social. Também é um momento de luto em nível internacional para o movimento sindical das trabalhadoras domésticas”, diz o texto, destacando que ela foi uma das maiores líderes sindicais das domésticas na história da América Latina.

O Ministério das Mulheres também divulgou uma nota de pesar. Assinada pela ministra Cida Gonçalves, a manifestação pontua a importância da militante no fortalecimento e formação de lideranças.

“Recebi com profunda tristeza a notícia do falecimento de Luiza Batista neste sábado, 1° de março. Luiza era coordenadora-geral da Fenatrad – Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas – e uma das principais lideranças na luta pelos direitos das domésticas no Brasil. Fez história ao construir outras lideranças políticas entre as domésticas e a lutar contra as desigualdades na categoria, incluindo o trabalho análogo à escravidão.”

A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ), que também foi empregada doméstica, prestou homenagem a Luiza Batista em suas redes. “Luiza nos ensinou, com seu afeto, alegria, sabedoria e coragem. Sua presença será sempre lembrada e honrada em cada batalha por dignidade e igualdade”, diz a nota publicada nas redes sociais da parlamentar. A palavra “afeto” aparece com frequência nos relatos de quem conviveu com Batista. Sua atitude positiva, carinhosa e atenciosa foram uma marca de sua liderança.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) de Pernambuco também emitiu uma nota de luto, destacando os exemplos de “simplicidade, humildade, compromisso, determinação, ousadia, poesia e alegria”. Batista compôs o frevo do bloco carnavalesco e feminista da CUT, o Mulheres CUTucando. “As mulheres estão na rua lutando, tá cutucando, tá cutucando”. O texto também menciona que mesmo durante a luta contra o câncer, Luiza manteve sua atenção e dedicação à às entidades sindicais das quais participava.

O Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco também prestou uma homenagem a Batista, destacando sua “coragem e compromisso”. “A partida de Luiza representa uma grande perda para os movimentos sociais e sindicais (…). Sua história segue viva na memória de todas que acreditam em um mundo mais justo, igualitário e fraterno”.

Editado por: Raquel Setz
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