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Início Economia

PRIVATIZAÇÕES

Copel, empresa de energia do Paraná, contesta ranking da Aneel após queda

Oposição atribui piora no serviço à privatização e a demissões promovidas pelo governo Ratinho Junior (PSD)

14.abr.2025 às 15h30
Atualizado em 24.jun.2025 às 14h28
Curitiba (PR)
Manoel Ramires
Copel, empresa de energia do Paraná, contesta ranking da Aneel após queda

Gestão de Ratinho Junior privatizou a Copel em 2023. - Foto: Jonathan Campons/AEN

A Companhia Paranaense de Energia (Copel), privatizada em 2023, questionou sua antepenúltima posição em um ranking da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que avalia a qualidade do serviço prestado pelas distribuidoras de grande porte no país. A classificação se refere ao desempenho em 2024 e coloca a empresa paranaense na 29ª colocação entre 31 concessionárias avaliadas.

A gestão do governador Ratinho Junior (PSD) é apontada por sindicatos e parlamentares da oposição como responsável pela queda de qualidade nos serviços. Eles atribuem o resultado à política de privatização, à adoção de programas de demissão voluntária e à priorização do lucro por parte da nova gestão da empresa.

A Copel, agora transformada em corporação com ações na bolsa, questiona os critérios do ranking. Em nota, a empresa diz que o ranking divulgado pela Aneel no último dia 2 de abril “traz uma percepção distorcida”, pois não elenca as distribuidoras pelo tempo médio que o cliente fica sem energia durante o período observado, o chamado DEC (Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora), que mede o tempo médio que o cliente fica sem energia ao longo do ano.

Segundo a empresa, esse índice é a métrica mais relevante do setor, e a Copel figura na 5º melhor posição do Brasil. A meta da Aneel para a companhia em 2024 era de 8,35 horas, e o resultado alcançado foi de 7,9 horas. “As metas não são as mesmas para todas as distribuidoras de energia, o que torna a comparação entre elas um exercício assimétrico”, diz a nota.

Copel despencou em ranking após adotar modelo de mercado. Fonte: Aneel

Com privatização, serviço piorou

Por outro lado, a Aneel não alterou a metodologia de classificação de continuidade do serviço nos últimos anos. O que mudou, na avaliação dos especialistas, é a forma como a Copel presta o serviço.

A Copel foi considerada, em 2016, a melhor distribuidora da América Latina pelos seus clientes, era o quarto título do tipo conquistado pela estatal. Em 2017, ainda como empresa pública, ocupava a 19ª posição no ranking. Com a chegada de Ratinho Júnior (PSD) ao governo estadual, em 2019, e a nomeação de Daniel Pimentel para a presidência da companhia, adota-se o conceito econômico de Mindset privado, que busca a maximização dos lucros com a minimização das despesas. O resultado, segundo a oposição, foi um aumento dos dividendos pagos a acionistas e uma queda na qualidade do atendimento à população.

A assessoria do governador foi procurada pela redação do Brasil de Fato – Paraná sobre o assunto, mas não retornou aos questionamentos até a publicação desta reportagem.

Ranking atual mostra Copel entre as últimas colocadas. Fonte: Aneel

Para Alexandre Donizete Martin, presidente do Sindicato dos Eletricitários de Curitiba (Sindenel), este é um cenário que tende a piorar. “A Copel adotou a terceirização, a  redução de quadro de eletricistas e técnicos para acompanhamento nas redes e linhas de transmissão. Isso gera desânimo do quadro funcional restante com as práticas negociais e gerências implementadas pela nova alta gestão. O resultado desta forma de agir começa a se apresentar com possibilidade de piorar mais”, afirma.

Essa política está nos números. Em 2010, a companhia de energia paranaense tinha 8.907 empregados, excluindo as controladas. Essa quantidade caiu para 6.538 em 2021 — uma redução de 30%. No mesmo período, o número de trabalhadores terceirizados passou de 5.225 para 8.420. Os dados estão nos registros do Ministério Público do Trabalho, na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e na divulgação da Copel, sendo compilados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PR).

Desde a privatização, oposição e entidades discutem piora no serviço da Copel. Foto: Orlando Kissner / Alep | Foto: Orlando Kissner / ALEP

Privatização e demissões

A mudança de uma empresa com interesse público para uma companhia voltada ao mercado resultou em queda de desempenho da Copel no ranking da Aneel. Em 2022, a empresa ocupava a 22ª posição. No ano seguinte, após afirmar durante a campanha eleitoral que não privatizaria a estatal, o governador Ratinho Junior vendeu parte das ações do governo do Paraná e transformou a companhia em uma corporação.

Com a privatização, foi implantado um Programa de Demissões Voluntárias (PDV) que resultou no desligamento de mais de 1,4 mil trabalhadores — incluindo funcionários responsáveis pela distribuição e pelo religamento de energia em casos de queda no fornecimento.

O efeito está no ranking de 2024, que coloca a Copel em 29ª lugar entre as 31 concessionárias de grande porte. O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores (PT) Paraná e líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Arilson Chiorato, avalia que o governador é totalmente responsável por essa queda da qualidade do serviço da Copel.

“Ratinho mentiu dizendo que não ia vender a Copel. Ratinho operou e conseguiu colocar a companhia para servir ao mercado financeiro. Ratinho, como governador, ainda é o maior acionista da empresa e cabe a ele determinar que os investimentos sejam feitos para conter essas constantes quedas de energia que têm acontecido em todo Paraná. Ratinho não vai terceirizar sua responsabilidade pelos apagões no Paraná”, afirma o parlamentar.

Novas demissões

Os reflexos da mudança também são sentidos internamente. Trabalhadores que permaneceram na empresa relatam clima de insegurança, medo de demissão e perseguições.

A companhia abriu um novo processo de desligamento, considerado mais desfavorável do que o PDV anterior.

“Estão dando a conta pra quem reclama da Copel. Seja dentro da empresa ou em rede social. Nos recursos humanos, tem uma funcionária que monitora a rede social. Se algum funcionário reclamar, está recebendo advertência”, afirma uma fonte sob condição de anonimato.

Editado por: Ana Carolina Caldas e Mayala Fernandes
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