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Trabalho

Mulheres trabalhadoras da saúde e da educação desejam mudanças: equidade de gênero e salarial

Mesmo sendo maioria no setor, profissionais enfrentam sobrecarga, machismo e desvalorização

30.abr.2025 às 19h09
Curitiba (PR)
Ana Carolina Caldas
Mulheres trabalhadoras da saúde e da educação desejam mudanças: equidade de gênero e salarial

Brasil de Fato entrevistou mulheres trabalhadoras da saúde e educação. - Fotografias: Arquivo pessoal

No ano de 2023, o Brasil alcançou um recorde histórico no número de mulheres no mercado de trabalho. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, 43,3 milhões de mulheres estavam ocupadas, número superior ao registrado em 2022 (42,6 milhões). São dados para comemorar, porém longe de serem os ideais para as mulheres que ainda lidam com dificuldades e desafios para se manter no mercado de trabalho.

O Brasil de Fato Paraná conversou com mulheres trabalhadoras das áreas da saúde e da educação, carreiras com predominância feminina. As entrevistadas citaram sobrecarga e desigualdade de gênero e salarial como os principais desafios para se manter no mercado de trabalho. E, entre os sonhos, que as mulheres possam ser respeitadas livre do machismo e misoginia.

Sobrecarga entre o cotidiano e a profissão

Franciely Schadeck, enfermeira socorrista do Samu, enfrenta a rotina com dois empregos. Foto: Arquivo pessoal

A enfermeira socorrista Franciely Schadeck atua no Serviço de Atendimento Móvel (Samu), e esta há dez anos na área da saúde. Apesar de se realizar profissionalmente, ela afirma que precisa ter dois empregos para garantir o sustento. “Os maiores desafios são conciliar os vínculos na enfermagem, pois geralmente precisamos trabalhar em dois lugares para nos manter, e lidar com as tarefas do cotidiano, como cuidar da casa, da família, dormir oito horas, comer bem e ter tempo para se exercitar” cita.

Para ela, o melhor cenário de homenagem às mulheres trabalhadoras seria o reconhecimento. “Desejo que nós, mulheres, sejamos valorizadas e reconhecidas. Ainda em 2025, sofremos preconceito e desvalorização mesmo em serviços nos quais somos indispensáveis”, afirma.

Também da área da saúde, a enfermeira e professora, Olga Estefânia, está hoje aposentada após 54 anos dedicados ao trabalho no Paraná. Ela também cita os desafios das multitarefas das mulheres como um dos principais para permanecer no trabalho.

Aposentada após 54 anos na enfermagem e no magistério, Olga Estefânia relata os desafios de conciliar o trabalho com a maternidade. Foto: Arquivo pessoal

“Ao longo destes 54 anos, a minha vida foi bastante intensa sob o ponto de vista do trabalho formal, assim como desafiadora, pois sou mãe de dois filhos e uma filha”, diz. “Considerando que no período da infância do meu filho a Creche não era uma realidade, dá para imaginar o malabarismo que vivemos naquele momento para prover o nosso sustento e, ao mesmo tempo, cuidar da segurança, da saúde e do desenvolvimento das crianças. Impossível abstrair a trajetória do trabalho institucional da segunda ou terceira jornada que enfrentei. Afinal, como mulher este é o papel que nos é destinado pelo patriarcado na sociedade capitalista”, diz Estefânia.   

Desigualdade de gênero e salarial

Estefânia, que também foi dirigente sindical, destaca a diferença salarial e a violência de gênero como um problema diário para as mulheres.  “Segundo o Relatório de Transparência Salarial e de Igualdade, produzido e divulgado pelo Ministério das Mulheres, as mulheres continuam recebendo, em média, 21% a menos que os homens. Além disso, enfrentamos assédio sexual e moral nos ambientes de trabalho”, afirma.

Ela diz que continua lutando para que o modo capitalista de organização do trabalho seja superado. “Este modo de produção capitalista impacta principalmente na vida das mulheres. E, por isso, também quero ver mais mulheres na luta pela emancipação da nossa classe e libertação do patriarcalismo, machismo e misógina”, diz.

Enfermeira desde os 19 anos, Evelin Moreira enfrentou a linha de frente da pandemia. Foto: Arquivo pessoal

A enfermeira Evelin Moreira, que começou a trabalhar aos 19 anos na área de enfermagem, vê a desigualdades salarial como um dos maiores desafios para a mulher trabalhadora. Ela, que atuou na linha de frente durante a pandemia, diz que há dificuldades para progressão na carreira, devido à desigualdade de gênero.

“Um dos maiores desafios para ser mulher trabalhadora é a desigualdade no mercado de trabalho, especialmente no que se refere à desigualdade salarial, assédio moral e, inclusive, as dificuldades de promoção, pois os homens são naturalmente vistos como prontos e preparados para cargos de liderança”, afirma. Segundo ela, as mulheres são tratadas como incapazes apesar de pesquisas apontarem que as mulheres estudam e se qualificam mais.

Evelin diz que deseja ver mudanças nesse cenário. “Um dos maiores sonhos enquanto mulher trabalhadora é ver a equidade salarial e equidade de gênero chegando a todos os ambientes de trabalho”, conclui.

Mulheres têm maior escolaridade, mas seguem com menor presença em cargos de liderança, aponta IBGE

Apesar de serem maioria entre os formandos do ensino superior, as mulheres ocupam menos cargos de liderança. De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado em 2024, 21% das mulheres concluíram o ensino superior, contra 17% dos homens. Nos cursos presenciais de graduação, elas são 60% dos concluintes.

Ainda assim, a maioria dos cargos gerenciais segue ocupada por homens: 61% contra 39% de mulheres. Os dados evidenciam que a qualificação não garante, por si só, igualdade de oportunidades para as mulheres no mundo do trabalho.

Machismo diante de uma carreira predominantemente feminina

A carreira na área da educação, especialmente nos anos iniciais, tem sido uma das mais desvalorizadas no país, com baixos salários e machismo. Fernanda de Almeida Carvalho, pedagoga e docente de diferentes níveis de ensino, diz que escolheu a profissão por acreditar na transformação social. Ela afirma, no entanto, que ainda enfrenta resistência por ser mulher em uma posição de autoridade.

Professora e pedagoga, Fernanda de Almeida Carvalho enfrenta o machismo dentro e fora da sala de aula. Foto: Arquivo pessoal

Mesmo o magistério sendo ocupado por mulheres trabalhadoras em sua grande maioria, Carvalho diz que o machismo impera nas relações de trabalho e com a comunidade. “Em todas as relações sociais, seja em salas de aulas ou na pedagogia, parece que sempre esperam que sejam homens que estejam à frente. Já presenciei situações em que o responsável pelo aluno pedia para falar com ‘o diretor’, mesmo que tenhamos mulheres como diretoras”, conta.

Por isso, ela diz que continuar na profissão é também uma forma de mudar esse cenário. “Almejo mostrar para meus estudantes que as meninas podem ocupar espaços historicamente reservados aos homens”, diz.

Professora da rede estadual há 15 anos, Evelise Mueller concilia a docência com a maternidade, tarefas domésticas e a gestão do condomínio onde mora. Foto: Arquivo pessoal

Já para a professora da rede estadual de ensino, Evelise Mueller, o maior desafio é superar diariamente a tripla jornada. “Meu maior desafio como mulher trabalhadora é conseguir conciliar todas as demandas que tenho: trabalho, dona de casa, mãe, esposa, trabalho extra e as demandas pessoais. Sou professora estadual concursada há 15 anos, trabalhei em vários colégios e acredito na educação pública de qualidade. E, nas horas vagas, assumi a gestão do condomínio onde moro”, cita.

Diante desse desafio, seu maior sonho é que a desigualdade de gênero seja superada. “Que tenhamos uma sociedade mais igualitária e justa com as mulheres dentro do ambiente corporativo. Bem como uma maternidade e serviços domésticos sejam vistos como encargo de ambos os gêneros e não apenas da mulher”, diz.

Editado por: Mayala Fernandes
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