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Início Economia

VIAGEM PRESIDENCIAL

Lula volta à China de olho em oportunidades criadas por guerra comercial

Presidente quer que Brasil se beneficie mais de relação com seu maior parceiro comercial

12.maio.2025 às 07h11
Curitiba (PR)
Vinicius Konchinski
Na China, Lula é recebido por Xi Jinping

Lula é recebido pelo presidente chinês, Xi Jinping, na China em 2023 - Ken Ishii / POOL / AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realiza, a partir desta segunda-feira (12), mais uma visita de Estado à China. Será sua quarta vez no país asiático como chefe de Estado e a segunda desde que voltou à Presidência, em 2023.

Esta viagem acontece, no entanto, num contexto diferente. Lula desembarca na China em meio a uma guerra comercial do país contra os Estados Unidos, deflagrada após o presidente Donald Trump anunciar um tarifaço contra produtos importados.

O tarifaço de Trump teve a China como principal alvo. Em abril, o presidente dos EUA anunciou taxas de mais 100% sobre qualquer produto chinês. A China respondeu taxando principalmente produtos agrícolas que os EUA exporta para lá.

O cenário segue tenso desde então. E é exatamente neste momento que Lula chega à ao país asiático, disposto posicionar o Brasil em meio ao conflito comercial e diplomático, e de olho em oportunidades que ele pode trazer.

Queda para indústria, ganho para agro

Um estudo do Núcleo de Estudos em Modelagem Econômica e Ambiental Aplicada (Nemea), do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Faculdade de Ciências Econômicas (Cedeplar), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), já apontou que o tarifaço tende a beneficiar a economia brasileira. No saldo, ganharíamos espaço extra para exportação enquanto China e EUA taxam-se reciprocamente.

Esse ganho, porém, não tende a ser generalizado. Pelo contrário. Ele estaria ligado a um aumento considerável do aumento da exportação da soja brasileira para a China, que tende a reduzir a importação do grão vindo dos EUA.

O ganho com o agro seria tão grande que, numericamente, compensaria uma perda industrial que o tarifaço tende a criar no país. Essa perda é explicada pelo aumento de produtos industrializados chineses no nosso mercado. Parte deles produzidos para atender os EUA, mas redirecionados para cá por conta da guerra comercial.

Em resumo, o tarifaço tende a intensificar uma relação que o Brasil já tem com a China. O país asiático é o maior parceiro comercial brasileiro desde 2009. O Brasil vende mais do que compra dos chineses, é verdade. Acontece que vende principalmente commodities. Enquanto, isso compra industrializados, que geram empregos na China.

“O comércio é muito concentrado na exportação de soja, petróleo e minério de ferro, enquanto importamos produtos industrializados chineses, especialmente de tecnologia. Isso reforça a dependência do Brasil e limita os efeitos positivos sobre o emprego e a estrutura produtiva brasileira”, analisa a economista Diana Chaib, pesquisadora Cedeplar-UFMG.

Lula vai à China para tentar equilibrar essa relação, tentando criar espaço para que a indústria brasileira também possa crescer com o apoio do gigante asiático.

Nova tentativa

Chaib lembra que, quando Lula viajou à China em 2023, equilibrar a relação comercial com o país já era um dos grandes objetivos do governo. Aquela viagem, segundo o Ministério das Relações Internacionais (MRE), resultou “na mais abrangente declaração conjunta emitida pelos dois países” na história. Foram assinados 15 atos governamentais e anunciados 32 acordos empresariais, em áreas como energias renováveis, indústria automotiva, agronegócio, saúde, infraestrutura e outros temas.

Apesar disso tudo, segundo ela, pouco mudou de lá para cá. “Os avanços nesse sentido ainda são bastante tímidos”, afirmou.

O economista Célio Hiratuka, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do Centro de Estudos Brasil-China (Cebc) da universidade, também vê poucas mudanças no período. Pondera que alterar uma relação comercial que movimentou mais de 158 bilhões de dólares (cerca de R$ 900 bilhões) em 2024 não é possível de uma hora para outra.

Hiratuka ressalta que, se o Brasil quer mesmo deixar de exportar principalmente commodities para a China, é ele quem precisa se planejar para isso. O economista afirma que, mesmo com o discurso público de Lula em prol da reindustrialização, ele não vê o governo com uma estratégia tão bem definida para isso.

“Como você tem setores com interesses diferentes atuando sobre o governo brasileiro, não é fácil consolidar uma linha de atuação”, disse ele, lembrando que o agronegócio lucra com as exportações de soja e não teria porque tentar alterá-las.

Nova oportunidade

Para o economista, esse momento de guerra comercial traz oportunidades. Para ele, os EUA tentam conter o avanço da economia chinesa com o tarifaço. A China, por sua vez, se mostra disposta a cooperar de forma mais intensa com seus aliados, entre eles o Brasil, para tentar manter um certo grau de multilateralismo no mundo.

Empresas do país asiático já decidiram abrir fábricas de carros elétricos no país, o que vem ao encontro do anseio brasileiro de reindustrialização. Ao manter o contato com a China mesmo neste momento de tensão com os EUA, o Brasil mostra que está aberto a investimentos chineses independentemente do que Trump acha disso.

Chaib acrescenta ainda que estar aberto a investimentos chineses não quer dizer fechar a porta para os EUA. Para ela, seria simplista dizer que Lula escolheu um lado na guerra comercial só porque decidiu voltar a visitar o território chinês.

“O Brasil precisa afirmar sua soberania e aproveitar a disputa hegemônica para reivindicar espaços de negociação que favoreçam seu desenvolvimento”, disse ela. “O Brasil deve aproveitar essa janela de instabilidade global para redesenhar sua inserção internacional.”

Essa também é a visão do economista Pedro Faria, doutor em história. “O Brasil não deve tornar um partido claro e, sim, usufruir das possibilidade que essa situação cria para quem é capaz de mediar tensões”, afirmou.

Além da rivalidade

Giorgio Romano Schutte, professor de relações internacionais da Universidade Federal do ABC (UFABC) e coordenador do Observatório da Política Externa e da Inserção Internacional do Brasil (Opeb), ressaltou que Lula visita a China – depois de ir à Rússia, para comemoração dos 80 anos da vitória sobre os nazistas na 2ª Guerra Mundial – como presidente do G20 e do grupo dos Brics, o qual ele ajudou a fundar.

Na China, Lula participará, a partir de segunda-feira (12), da cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

Ele, portanto, não vai ao país só para tratar de interesses brasileiros. “Lula está marcando a presença do Brasil em vários tabuleiros”, disse Schutte. “Ele não pode esperar que a China venha para a cúpula do Brics no Brasil [em julho] se não vai a cúpulas realizadas em outros países.”

Apesar da agenda multilateral, na visita à China, 16 protocolos e anúncios serão assinados por Lula e o presidente chinês Xi Jinping. Outros 32 estão em negociação.

Tags: chinaeuatarifas
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