Na última quarta-feira (14), o Diário Oficial da Câmara Municipal do Rio publicou a exoneração do advogado criminalista Luís Maurício Martins Gualda do cargo de assessor do vereador Rogério Amorim (PL). Gualda confessou ser autor de um furto cinematográfico em um apartamento em Niterói, na região metropolitana, no dia 7 de fevereiro.
Imagens obtidas pela polícia mostram que, no dia do crime, o advogado chegou para trabalhar no escritório em Niterói às 10h50. Ele usava uma calça jeans e uma camisa verde. Já na saída, às 19h, Gualda estava disfarçado para o furto usando uma máscara de silicone que o deixou careca e vestido de terno e gravata. O crime ocorreu pouco depois, às 19h50.
O ex-assessor de Rogério Amorim recebia um salário de mais de R$15 mil pelo cargo na Câmara, além de trabalhar num escritório particular. Gualda revelou à polícia que dificuldades financeiras teriam motivado o crime. O advogado apontou o amigo Alexandre Ceotto, como autor intelectual da ação.
O empresário Alexandre Ceotto André, ex-candidato a vice-prefeito de Niterói e ex-diretor do Instituto Rio Metrópole, segue foragido.
De acordo com a polícia, foram levados cerca de dez relógios de luxo do apartamento Hotel Orizzonte by Atlântica, localizado no bairro do Gragoatá.
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O Brasil de Fato procurou o mandato do vereador Rogério Amorim para comentar o caso. Por meio de nota, o gabinete informou que Gualda foi exonerado assim que o parlamentar tomou ciência dos fatos:
“O advogado Maurício Gualda foi exonerado do gabinete do vereador Rogério Amorim assim que se tomou conhecimento dos fatos execráveis nos quais esteve envolvido. A conduta criminosa dele é inadmissível e não pode ser tolerada em hipótese alguma.
O trabalho dele era externo e entre suas funções, elaborava pareceres para projetos de lei e também representações feitas a órgãos públicos. O gabinete não tinha conhecimento de outro local de trabalho do ex-advogado. Pelo Estatuto da OAB o advogado é um profissional liberal que só não pode atuar contra a Fazenda que o remunera.”