O Partido para o Socialismo e a Libertação (PSL) dos Estados Unidos, rejeitou nesta quinta-feira (22) qualquer tentativa de associação com o assassinato de dois funcionários da embaixada de Israel nos EUA na noite de quarta-feira (21).
“Elias Rodriguez não é membro do PSL. Ele teve uma breve associação com uma filial do PSL que terminou em 2017. Não temos conhecimento de nenhum contato com ele há mais de 7 anos. Não temos nada a ver com este tiroteio e não o apoiamos”, diz a nota divulgada pela direção do partido.
Os funcionários da embaixada israelense, um deles estadunidense, foram mortos a tiros do lado de fora de um museu judaico em Washington, por um atirador que gritou: “Palestina livre”, no momento de sua detenção.
O homem barbudo, vestindo uma jaqueta e camisa branca, gritando “livre, livre Palestina” enquanto era levado, foi identificado pelo chefe da polícia de Washington como Elias Rodriguez, de 30 anos, natural de Chicago que estaria sob custódia.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro isralense, Benjamin Netanyahu classificaram o ataque como um ato anti-semita. “Os libelos de sangue contra Israel são pagos com sangue – e devem ser combatidos sem trégua”, disse Netanyahu em um comunicado, ordenando um reforço na segurança das embaixadas israelenses em todo o mundo. Israel identificou as vítimas como Yaron Lischinsky, um cidadão israelense, e Sarah Lynn Milgrim, uma funcionária estadunidense da embaixada,que formariam um casal.
De acordo com seus perfis no LinkedIn, Lischinsky era assistente de pesquisa na embaixada israelense, enquanto Milgrim trabalhava no departamento de diplomacia pública. Lischinsky era cristão, de acordo com o The Times of Israel, para quem havia trabalhado anteriormente como blogueiro. O ministro das Relações Exteriores da Alemanha disse que ele também tinha um passaporte alemão.
O ataque ocorreu dias após o museu ter recebido subsídio para aumentar a segurança, já que o antissemitismo aumentou em todo o mundo desde a devastadora invasão de Gaza por Israel.
Genocídio
Cerca de 57 pessoas palestinas foram mortas por dia nos ataques israelenses nas últimas semanas. Desde 7 de outubro de 2023, ataques na Faixa de Gaza mataram mais de 53 mil palestinos e deixaram outros 121 mil feridos. De acordo com dados da Agência da ONU para Refugiados Palestinos (Unrwa), ao menos 57 bebês morreram de fome por falta de suplementos alimentícios desde o bloqueio imposto pelo exército israelense em 2 de março.
O Ministério da Saúde de Gaza declarou na quarta (21) que o exército israelense está alvejando deliberadamente geradores elétricos dos poucos hospitais do enclave ainda em funcionamento, para colocá-los fora de atividade. Na semana passada, ataques ao hospital Europeu de Gaza e ao hospital Nasser mataram 18 pessoas, deixando um jornalista ferido.
Segundo a Al Jazeera, 82 pessoas foram assassinadas nesta quarta em bombardeios israelenses, incluindo um bebê de uma semana. Em quinze dias, 886 palestinos morreram em bombardeios.
*Com AFP