A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo, considerada a maior do mundo, chega à sua 29ª edição no próximo 22 de junho e terá, neste ano de 2025, o tema do envelhecimento sob o mote “memória, resistência e futuro”. A proposta é, segundo a associação que organiza o evento, “gerar reflexão sobre os cuidados com o envelhecimento da comunidade e também da necessidade de celebrar as histórias deste grupo”.
As drag queens Silvetty Montilla e Helena Black serão as apresentadoras oficiais da parada, que terá o primeiro trio formado exclusivamente por pessoas LGBTQIA+ com 60 anos ou mais. O nome do carro de som será “memória”.
O evento, que deve reunir cerca de três milhões de pessoas na av. Paulista, será antecedido por uma série de atividades que abordam bem-estar, longevidade e o direito à vida plena em todas as fases da vida.
A partir de 29 de maio entra em cartaz no Museu da Diversidade Sexual a exposição “O mais profundo é a pele”, com curadoria de André Fischer. As fotografias de Rafael Medina retratam marcas do envelhecimento em corpos de pessoas LGBTQIA+ cujas trajetórias contam, também, a história do movimento no Brasil.
Em 19 de junho acontece a 24ª edição da Feira Cultural da Diversidade LGBT+ no Memorial da América Latina, destacando experiências empreendedoras de pessoas com mais de 50 anos.
A Corrida do Orgulho LGBT+, com um percurso de 5km, está marcada para o dia 21 de junho às 8h. A atividade acontece dentro e no entorno do Shopping SP Market.
“Tenho me dedicado à atividade física, mantendo uma rotina de exercícios e cuidando da saúde, mesmo em meio às muitas demandas que antecedem o Mês do Orgulho. Cuidar do corpo e encontrar locais acolhedores e de incentivo à ocupação dos corpos reafirma a importância do tema”, afirma Nelson Matias Pereira, presidente da Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo (APOLGBT-SP).
Na véspera da parada deste ano, Pereira completa 59 anos. “É essa herança de luta que a Parada SP homenageia em 2025: corpos que resistiram e que continuam a inspirar gerações”, finaliza.